quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Prisão de ex-diretores do Banco Nacional encerra um dos capítulos negros do sistema financeiro





Sol quadrado – A Polícia Federal prendeu, na manhã desta terça-feira (3), quatro ex-dirigentes do Banco Nacional, que sofreu intervenção e foi liquidado pelo Banco Central do Brasil, ainda na década de 1990. Com penas que variam de 8 a 17 anos de reclusão, Marcos Magalhães Pinto, Arnoldo Oliveira, Clarimundo Santana e Omar Bruno Correia foram condenados pela 1ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro, de forma definitiva, por crimes contra o sistema financeiro.
O advogado Nélio Machado, que defende o ex-banqueiro Marcos Magalhães Pinto, informou que ingressará na Justiça, ainda nesta terça, com pedido de habeas corpus em favor do seu cliente. De acordo com o criminalista, os advogados dos outros condenados devem fazer o mesmo. Segundo informou a Polícia Federal, os presos foram encaminhados a unidades do sistema prisional fluminense após serem submetidos à exame de corpo de delito.
Na sentença proferida pela Justiça, o réu Marcos Magalhães Pinto foi condenado a 8 anos e 2 meses de prisão; Clarimundo Santana, a 15 anos e 1 mês; Arnoldo Oliveira a 17 anos e 1 mês; e Omar Bruno Correia, a 8 anos e 10 meses de prisão. Todos os condenados terão de cumprir a pena inicialmente em regime fechado.
No ápice do escândalo que levou à quebra e à liquidação do Banco Nacional, descobriu-se que dirigentes da instituição financeira chegaram a abrir centenas de contas fantasmas em um mesmo endereço, o que evidenciou o viés criminoso da operação que supostamente serviria para salvar o banco que apostou na carreira do piloto Ayrton Senna.
Logo após a decretação da intervenção no banco Nacional, o ucho.info descobriu diversas propriedades registradas, em Miami, em nome da instituição e de seus controladores. O Banco Central chegou a mostrar interesse pela reportagem, mas possivelmente o caso caiu no esquecimento.

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