quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Laudo aponta que Marcelo Pesseghini ficou de tocaia à espera da mãe






Segundo investigação, garoto de 13 anos executou o pai e escondeu-se no banheiro
05 de setembro de 2013 | 17h 19



Luciano Bottini Filho - O Estado de S. Paulo


Laudos apresentados pelo Instituto de Criminalística (IC) de São Paulo à polícia apontam que Marcelo Pesseghini, de 13 anos, esperou no banheiro da casa pela chegada da mãe, a cabo da PM Andréia Pesseghini, depois de ter executado o próprio pai, o sargento da Rota Luís Marcelo Pesseghini, no crime ocorrido no começo de agosto na Vila Brasilândia, zona norte de São Paulo. A investigação indica que Andréia estaria de joelhos sobre o corpo do marido, provavelmente lamentando sua morte, quando o garoto realizou o disparo.

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Reprodução
Tragédia ocorreu na Vila Brasilândia, na zona norte

A cena do crime foi descrita pela perícia técnica que examinou os assassinatos e realizou nove laudos e 35 exames sobre o caso. O adolescente também é suspeito de matar a avó, a tia-avó e depois se suicidar. O pai estaria dormindo no momento que foi executado, assim como a avó do garoto. Segundo a análise dos peritos, a tia-avó, que estava nos fundos da casa no mesmo quarto, foi acordada com o tiro contra a avó e em seguida recebeu dois disparos.

Na manhã desta quinta-feira, dia 5, estiveram presentes no Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) seis parentes e um padre ligado à família Pesseghini. Eles permaneceram por cerca de quatro horas conversando com a polícia, que apresentou as provas e depoimentos coletados até agora. Segundo a polícia, nenhum questionamento foi feito em relação às investigações.

"A família ainda acredita que não foi o Marcelo. Nós estamos aguardando a chegada de todos os laudos. Se o perito falar (que o menino é o culpado), a gente vai ter que aceitar e ficar quieto", afirmou o tio-avô de Marcelo, Sebastião de Oliveira Costa.

O delegado-geral da Polícia Civil, Mauricio Blazeck, afirmou que tudo o que foi feito no inquérito foi apresentado aos familiares e indicou que Marcelo é o principal suspeito dos crimes. Blazeck explicou que é natural a resistência da famílisa em uma tragédia como esta.

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