quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Reflexões: General Valmir Fonseca Azevedo Pereira



 General Valmir Fonseca Azevedo Pereira
Reflexões:
O nosso jeitinho frouxo e cretino de serLá se vai mais um ano, e a cada dia torna-se impossível continuar sendo orgulhoso de ser brasileiro. Estamos em paz com a nossa consciência (?), pois não importa se vivemos sob a ditadura da corrupção e que o peculato não é crime, mas sinal de inteligência (gostou do elogio Lupi?), e o que interessa é que vivemos despreocupados e que o problema é dos outros, não nos interessando se os outros são VOCÊS.
Depois, que do nada viramos um tudo e passamos a usufruir de carros, mulheres, riquezas, poder e impunidade. Nós atingimos o panteão da esbórnia institucionalizada sem o menor esforço. Não importa que o País esteja estratificado, o que importa é que vivemos em êxtase.
No País, testemunhamos um verdadeiro milagre em andamento, que promete durar mais vinte, trinta anos.  Não adianta falar que a carga tributária do brasileiro está próxima de 40% do PIB, e que o país tem um dos piores índices de qualificação e eficiência de seus serviços públicos.
Não importa que o país acumule troféus de incompetência, seja no IDH, o 84º lugar; no analfabetismo, o 95º; na mortalidade infantil, o 106º; na renda per capita, o 71º; e ocupe apenas o 52º lugar entre 110 países melhor para se viver, 
e que estamos no primeiro lugar do mundo em corrupção, com mais de R$ 80 bilhões desviados do bolso de VOCÊS.
Se alguém afirma que o metrô de Brasília é o mais caro do mundo, não podemos deixar de falar com a boca cheia, que nada devemos às mais avançadas nações do mundo. Sim, quantos países atingiram tal situação?
Quantos países podem taxar os remédios, e o brasileiro é um doente crônico, com 33,9% de impostos, que pagamos sem o menor muxoxo?
O que importa, se temos apenas 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, e uma participação no comércio mundial em torno de 2%, e que a nossa d­ívida interna está só em um trilhão e 500 bilhões de reais?
Sem contar, que patrocinamos uma bolsa-família que paga para cinco filhos, e até os quinze anos de idade. E, conforme a necessidade de cooptação de votos, o atual benemérito desgoverno pode ampliar o leque, pois sabe que alguém sempre pagará a conta.
Devemos apedrejar os que soltam vitupérios contra esta maravilhosa gestão, alegando que no período de janeiro a outubro de 2011, o Governo Federal já gastou R$ 197,7 bilhões de juros da dívida pública.
Esse valor astronômico é superior à soma dos orçamentos anuais da saúde e da educação, que somaram R$ 143 bilhões.
Não importa que a presidenta no exterior, impossibilitada de negar-se a dar uma entrevista não diga coisa com coisa e, para piorar, tropece nas palavras, que soam com gritante incoerência. No País, atém-se a um texto pobre, elaborado para não colocar em circuito sua imensa teia de neurônios mortos (provavelmente, durante as sessões de tortura).
Não importa que nada de grandioso tenha sido construído nos últimos dez anos para sedimentar necessidade futuras, seja na infraestrutura seja na educação, pois acreditamos piamente que Deus é brasileiro, e ele nos proverá.
Não temos escolas, nem hospitais, mas teremos imensos e majestosos estádios de futebol, pois nossa sêde de circo é imensurável. Quanto ao pão, haverá sempre uma bolsa com uma cesta fornecida por ELLES, às suas expensas.
Com a inflação subindo, para 2012, modifiquemos os índices dos seus componentes e, ela diminuirá.
Viram como é fácil?
Sim, estamos orgulhosos, pois apesar de tudo, aumentamos o nosso já elevado índice de aceitação, tanto do EX como da atual presidente.
Sim, somos calhordas, mas quem não é, somos jeitosos, somos coniventes, malandros, aproveitadores e, sabiamente, mandamos o futuro para o inferno.
É isso aí gente, ninguém vive de valores, ninguém está preocupado com honestidade, com princípios, com justiça, abdicamos de pruridos que na prática tolhem espertezas.
Por tudo, estamos eufóricos, que se preocupem com o amanhã aqueles que vierem no futuro. A vida atual é boa, não a estraguemos lendo jornais e revistas aos serviços da fajuta oposição.
O nosso espelho é a metamorfose ambulante, exemplo de que tudo se pode. E, no espelho, refletimos a imagem de nosso mestre, e como a dele, as nossas faces enchem-se de orgulho.
Nós somos os caras.
De fato, somos honoris em causa própria, em patifarias, em malandrices; o que trocando em miúdos, nos eleva aos píncaros do gênero cafajeste de ser dos vivaldinos.

Brasília, DF, 02 janeiro de 2013
General Valmir Fonseca Azevedo Pereira

Você já viu veículos nessas situações?


Imagem 18/18: Algumas senhoras vão ficar sem as unhas feitas em Londres, na Inglaterra! O motorista de um Porsche Boxster consegui entrar com tudo em um salão de beleza especializado em fazer a mão da mulherada, no bairro de Surbiton. Será que estragou o esmalte prata do carro? Reprodução/
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ONG verde profetiza: apocalipse aconteceu há pouco. Mas, nós nem soubemos!



Posted: 22 Sep 2012 11:30 PM PDT
Não é piada. Pretende ser algo muito sério. A ONG Global Footprint Network - GFN anunciou que no dia 22 de agosto a humanidade acabou de consumir todos os recursos naturais que o planeta é capaz de produzir num ano.

Essa data fatídica, estipulada a partir de cômodos escritórios governamentais e de saborosos restaurantes pagos pelos impostos dos cidadãos, foi levada muito a sério pelo jet-set ambientalista.

O dia foi batizado de 'Global Overshoot Day', ou o 'Dia da ultrapassagem'.


O ex-frei Leonardo Boff, que de teólogo pró-marxista passou sem renegar seu passado a teólogo do extremismo verde, tem explorado essa data até em discursos na ONU.

O ex-frei Leonardo Boff, teólogo do panteísmo verde,
deu a 'catastrófica' notícia em discurso no Dia da Terra na ONU
Se o leitor acha isto por demais histriônico, contrário à realidade que entra pelos olhos no dia-a-dia, prepare-se porque ainda tem mais.

A claque 'verde' rasgou as vestiduras diante daquilo que o pretensamente sério diário socialista parisiense 'Le Monde' qualificou de 'má notícia para o planeta'.

O catastrofismo do GFN e dos que dizem acreditar em seus prognósticos acrescenta outro elemento indutor ao pânico: o 'dia da ultrapassagem' está acontecendo cada vez mais cedo.

Se em 2012 ele aconteceu 36 dias antes que em 2011, em 2005 os limites teriam estourado em 20 de outubro, e em 2000, em 1º de novembro.

Neste ritmo não falta muito para não se poder nem mesmo começar o ano, pois não haveria disponibilidade de recursos alimentares, energéticos e outros, básicos para a subsistência do planeta.

O disparate é demais, mas tem suas arapucas para pôr no ridículo a quem não está advertido sobre as artimanhas do ambientalismo.

Na primeira embromação, os especialistas da ONG esclarecem que não é que a Terra parou de produzir - basta olhar o prato todos os dias.

Eles acrescentam que seus sábios cálculos apontam que no ritmo atual de consumo, não poderíamos estar consumindo mais do que consumimos até 22 de agosto.

O lama Gangchen Rinpoche, mestre tântrico e curandeiro do Tibete,
comemora a teoria que justificaria o niilismo de sua religião
negadora de tudo quanto existe.
Foto e artigo no site da Global Footprint Network
Todo o que consumimos desde essa data em diante é mediante crédito: 'nós estamos vivendo a crédito até o fim do ano', explica 'Le Monde', e essa dívida mais cedo ou mais tarde tornar-se-á impagável e o planeta parará.

Fiéis ao dirigismo totalitário verde, os peritos do GFN calcularam todos recursos da Terra, compararam a capacidade de produção de cada hectare e o consumo dos cidadãos. Na balança, incluíram o lixo gerado.

O resultado desse cálculo cerebrino é que, segundo Mathis Wackerngel, fundador do grupo GFN, 'um déficit ecológico está se abrindo de maneira exponencial há 50 anos'.

O GFN tenta pôr em termos compreensíveis essa construção descolada da realidade, dizendo que uma só Terra já não basta para atender às necessidades atuais da humanidade e absorver o lixo que ela produz.

No momento atual, seriam necessárias uma Terra e meia para satisfazer aos homens.

Mas, como é que a humanidade continua vivendo e progredindo? Não faça essa pergunta, pois ela é reveladora de mentalidade retrógrada, ecologicamente incorreta, sem sensibilidade ambiental, e, pior que tudo, capitalista.
Mathis Wackerngel,fundador da ONG Global Footprint Network - GFN

Pois é na diatribe anticapitalista e antiocidental que vai dar esse bicho de sete cabeças.

A lista de culpados de 'consumismo' é encabeçada pelo Qatar, o Kuwait e os Emirados Árabes Unidos. Seria preciso cinco planetas, segundo o delirante cálculo, só para absorver a produção de C02 do Qatar.

Dos 149 países analisados segundo estes critérios enviesados, há 60 que são réus. Não é preciso dizê-lo: trata-se dos países industrializados onde ainda vigoram a propriedade privada e a livre iniciativa.

E a China, a maior poluidora mundial?

Na hora de falar dela, o relatório do GFN abunda em comiserações e condescendências: no fim das escusas, Pequim acaba fora do número dos réus.

O relatório do GFN foi realizado com o contributo de um dos movimentos mais militantemente contrários à civilização ocidental: a World Wildlife Foundation - WWF. Esta outra ONG acrescenta mais estatísticas e considerações apocalípticas afins com o seu objetivo ideológico anticivilizatório.

E se o leitor achar que talvez com algumas concessões em matéria de gastos de matérias primas ou energia - que sob certos pontos de vista são excessivos - poder-se-ia impedir o Apocalipse aqui profetizado, pode 'tirar o cavalo da chuva'.
Pelo rebuscado, porém esdruxulo cálculo,
seriam precisos cinco planetas para os homens viverem
no nível de vida dos americanos.
Leia-se: não sonhemos mais em progredir nem melhorar

Para Mathis Wackerngel, fundador do grupo GFN, nem a austeridade nem o desenvolvimento poderão evitar a queda final do sistema que ordena o mundo atual.

A Terra, diz ele, ficou sem regeneração e por causa disso a economia descambará em qualquer hipótese. O cataclismo final, segundo ele, ocorrerá infalivelmente, seja de um modo planificado ou por desastre inevitável.

A sabedoria resolveria estes e muitos outros problemas, mas quando ela não existe nos espíritos, os profetas da irracionalidade não só pregam absurdos como trabalham com poderosos apoios para que eles se tornem uma sinistra realidade.
Fonte: Verde a nova cor do comunismo.

VÍDEO DE ADRENALINA NA VEIA: demonstração de perícia quase sobre-humana num carro, em plenas ruas loucas de San Francisco



Manobras alucinantes, de tirar o fôlego!
Manobras alucinantes nas ruas de San Francisco: o carro voa, derrapa e corcoveia
Não é um foguete de Fórmula-1, mas um New Fiesta de corrida de 252 cavalos de potência que voa, derrapa, corcoveia e canta pneus percorrendo, a toda velocidade, algumas das ruas mais complicadas de San Francisco, conhecida por suas ladeiras, rampas e curvas que desafiam automóveis de qualquer potência e motoristas de todas as habilidades.
Trata-se de um vídeo “promo” arrasador da Ford, intitulado Gymkhana Five — San Francisco como um Playground Urbano, dirigido pelo cineasta Ben Conrad. O fantástico piloto é Ken Block, e Travis Patrana na moto ao lado – e vejam o que eles fazem:

Produção da Petrobras continua a cair



Começou bem o ano para a Petrobras….
A produção de petróleo da Petrobras em janeiro caiu 6,9% em comparação a janeiro de 2012, de acordo com fontes oficiais.
Em relação ao mês anterior, dezembro, o desempenho também foi frágil:  queda de 3,3%. É um percentual de queda maior do que o esperado pelo mercado.
Em 24 de abril de 2006, fanfarrão, Lula dizia em alto em bom som que a autossuficiência do Brasil havia, enfim, chegado. Fala Lula:
- A autossuficiência significa que somos donos do nosso nariz. A Petrobras conseguiu o seu intento que o povo brasileiro buscou durante cinqeenta anos: ser autossuficiente.
Por Lauro Jardim

Chalita, um peemedebista da linha “temerista”, tenta transformar dever em conspiração. Ou: Gravata com câmera embutida? Ou: A cara da riqueza



Tá bom. Vamos botar as coisas no seu devido lugar. Alexandre de Moraes, advogado do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP) é homem experiente. Já exerceu cargo estadual e municipal. Vem dos quadros do Ministério Público. Quando membro do DEM — depois se filiou ao PMDB —, foi primeiro um supersecretário da gestão Gilberto Kassab na Prefeitura, até ser demitido e virar desafeto. Chalita tem o direito (e dinheiro para tanto) de contratar os melhores advogados. Mas nem ele nem seus advogados têm o direito de distorcer os fatos, seja o deputado culpado ou inocente.
Com a sabedoria que lhes é peculiar e a influência consequente, conseguiram emplacar como reportagem relevante (não é!!!), na imprensa, um fato que remete a uma falácia. O fato: o deputado Walter Feldman (PSDB-SP), ora migrando para as hostes marineiras, então um dos coordenadores da campanha de Serra à Prefeitura, encaminhou Roberto Grobman, que acusa Chalita de ter comandado um esquema criminoso, para o Ministério Público. O Estadão viu nisso conteúdo para uma reportagem, que ganhou certo sotaque de jornalismo investigativo. A falácia: não há nada de errado ou de conspiratório nisso, mas apenas o cumprimento de uma obrigação. A campanha tucana à Prefeitura não levou Grobman ao horário eleitoral para detonar Chalita, então candidato à Prefeitura pelo PMDB. Se alguém sabe da existência de um crime ou tem ciência de que alguém diz ter presenciado crimes, acionar o Ministério Público não é exatamente um direito, mas um dever. E Alexandre de Moraes sabe disso muito bem. Não se fez isso à socapa.
PMDB
A tentativa de envolver o PSDB nessa confusão é tática diversionista. Chalita é peça central, em São Paulo, do PMDB. Hoje, é homem de Michel Temer, vice-presidente da República. Tem sido usado para tentar desestabilizar a base de apoio ao governador Geraldo Alckmin em São Paulo, não o contrário. “Ah, mas o Alckmin diz que confia em Chalita…” Vamos aguardar a apuração dos fatos, caso a apuração prossiga (e se espera que sim). A confiança existe até o momento em que deixa de existir. Ou não foi assim — e por obra do trabalho investigativo da imprensa — que SETE ministros deixaram de contar com a confiança de Dilma? Há algumas diferenças entre Alckmin e Chalita: um é classe-média; teve de conferir algumas palestras para ganhar o pão quando estava sem mandato;  o outro é milionário. As versões para tanta riqueza são um tanto nebulosas, confusas mesmo. Em 2011, VEJA publicou uma reportagem sobre a fabulosa multiplicação de sua fortuna: quase 2.000% em 12 anos. A venda dos livros seria parte importante desse ímpeto. Saber detalhes, números etc. desse sucesso se mostrou tarefa impossível: tudo considerado dado sigiloso. Não! Não estou condenando o deputado ou sugerindo que seja culpado disso ou daquilo. Não me cabe.  Estou dizendo que há elementos suficientes para que se faça uma rigorosa investigação. Mas volto ao ponto.
O fato é que o PMDB comprou, em sentido metafórico, é claro!, o passe de Chalita. Ontem, na festa do partido para José Sarney, quando Dilma contou mais algumas lorotas sobre o passado, lá estava o deputado todo pimpão. Exerceu, por exemplo, papel fundamental na guerra religiosa que o PT promoveu na eleição de 2010 — sim, foi o PT que deu início àquele troço. Usou a sua condição de “católico” para as manobras muito pouco pias do petismo. Agora que a chapa esquentou, parece haver certo esforço de torná-lo apenas um tucano desgarrado, dissidente. Não! Chalita é um peemedebista da linha “temerista”, com serviços prestados ao dilmismo. “E se fez lambança quando secretário de um governo tucano?” Que pague, ora! Qual a dúvida?
Documentos e suposta ameaça de morte
Grobman, que acusa Chalita, entregou nesta quarta ao Ministério Público documentos digitalizados com o que seriam indícios ou provas de ilegalidades cometidas por Chalita. Vamos ver. Entra na história até uma “gravata com câmera embutida, sem fio e com receptor”. Será que Chalita não usa aquelas suas gravatas apenas para ficar bonito? Ele também diz ter sido ameaçado de morte. Leiam trechos da reportagem de Bruno Boghossian, no Estadão Online.
*
O analista de sistemas Roberto Grobman, delator do deputado federal Gabriel Chalita (PMDB-SP), entregou nesta quarta feira, 27, ao promotor de Justiça Nadir Campos Junior um CD com documentos digitalizados que comprovariam improbidade do ex-secretário de Educação.
São cópias de e-mails e números de contas bancárias por onde teriam transitado valores em favor das empresas Valverde Audio e Vídeo e Foneplan Comércio. A primeira, afirma Grobman, instalou automação no apartamento de Chalita e recebeu US$ 79.723 no exterior, na conta 005498139630 do Bank Of América. O valor, disse Grobman, saiu de duas contas de uma offshore do empresário Chaim Zaher, do Grupo COC, no Safra National Bank de Nova York e de Miami. A Foneplan recebeu R$ 93.237 no Brasil para fornecer telões. “Foi propina para Chalita, que prometeu contratar empresas do COC para prestar serviços à Fundação para o Desenvolvimento da Educação ou para a própria Secretaria de Educação”, declarou Grobman.
Grobman também entregou cópias de e-mails que ele próprio encaminhou em novembro de 2003, dias 7 e 12, a Paulo Barbosa, então secretário-adjunto de Educação do governo Geraldo Alckmin. As correspondências se referem à “compra de produtos de segurança” para Chalita, incluindo “gravata com câmera embutida, sem fio e com receptor”, peça cotada em US$ 575, além de um telefone celular com câmera transmissora embutida ao preço de US$ 595. No e-mail, Grobman pede autorização de Paulo Barbosa para efetuar a aquisição.
Nadir disse haver “fortes indícios” contra Chalita de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito e que pretende investigar acusações de que o parlamentar teria recebido pagamentos de empresas quando era secretário de Educação de São Paulo, entre 2002 e 2006. O promotor pedirá aos Estados Unidos o rastreamento do pagamento que teria sido realizado para fornecedor de Chalita. “Isso reforça a perspectiva de enriquecimento ilícito, a partir da compra e reforma do apartamento”, disse o promotor.
Nadir também afirma que há indícios de que o grupo educacional COC pagou R$ 600 mil por uma reforma no apartamento de Chalita e que comprou 34 mil cópias de um livro do deputado. Na mesma época, a Secretaria de Educação teria firmado contrato de R$ 2,5 milhões com a empresa.
(…)
Chalita também será investigado por suspeita de desviar de suas funções duas servidoras da Secretaria de Educação para que elas escrevessem dois livros publicados em seu nome, “Pedagogia do amor” e “Mulheres que mudaram o mundo”.
O promotor suspeita que Chalita teria enriquecido ilicitamente no cargo, o que seria comprovado pela compra de dois apartamentos: um em Higienópolis, em São Paulo, por R$ 4,5 milhões, e outro no Rio de Janeiro, por R$ 2,5 milhões, em 2005. “Se ele não tinha recursos suficientes para adquirir esses dois apartamentos, há hipótese de enriquecimento ilícito e caminha-se para a abertura de uma ação civil”, disse o promotor.
(…)
O promotor também vai analisar doações eleitorais feitas nos últimos anos às candidaturas de Chalita e de Paulo Alexandre Barbosa, então secretário-adjunto da Educação e atual prefeito de Santos pelo PMDB. O objetivo é identificar pagamentos que teriam sido feitos por fornecedores da Secretaria de Educação.
Nadir disse estar sofrendo pressão de deputados estaduais da Assembleia Legislativa de São Paulo e de deputados federais. “Independentemente de qualquer tipo de pressão, nós somos disciplinados.” Ele falou sobre suposta prescrição das infrações atribuídas a Chalita. “Não nos cabe indagar por que esses fatos surgiram seis anos e meio depois. São imprescritíveis, segundo a Constituição Federal, e serão investigados salvo se meus superiores disserem que não posso investigá-los.”
Grobman, que diz ter trabalhado como assessor informal na secretaria, afirma que Chalita recebeu R$ 50 milhões em propina de empresários que assinaram contratos com a pasta. O analista confirmou que foi levado em outubro ao Ministério Público pelo jornalista Ivo Patarra, que à época trabalhava na campanha de José Serra (PSDB) à Prefeitura de São Paulo.
(…)
Ameaças

Grobman contou que foi ameaçado, no último dia 4, em Perdizes, onde mora. Um homem “calvo, que calçava tênis nike, calça jeans e camisa marrom, apontou para o delator um revólver envolvoto em jornal e lhe teria dito. “Para de falar.” Desde esta quarta feira, 27, Grobman já está sob proteção da assessoria militar do gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo.
(…)

Por Reinaldo Azevedo

Defensor Público quer mandar para a cadeia mulher que salvou a vida do pai, tirando-o da Cracolândia. E ele certamente se acha um homem bom e justo, um verdadeiro humanista!



Cuidado, leitor!
Caso você esteja na contingência de ter de apelar a algum remédio para salvar a vida de seu pai, de seu filho, de algum ente querido, certifique-se de que não haja um “defensor público” no seu encalço, tentando mandá-lo para a cadeia. Do que falo? Antes, uma consideração prévia.
Sinceramente, eu detesto escrever determinados textos. Chega a me dar o famoso “bode”, um misto de indignação e nojo, mas aí lembro que me auto-outorguei não uma missão (que missionário não sou!), mas uma tarefa: denunciar a crueldade, especialmente quando ela enverga as vestes da defesa dos direitos humanos. “E por que essa questão em particular, Reinaldo?” Porque ela tem um alcance geral: foi em defesa “do homem”, de um suposto “homem emancipado do reino da necessidade”, que se cometeram as maiores brutalidades da história. Denunciar o falso humanista é um ato em favor da civilidade e da civilização.
É o que me ocorre lendo um impressionante material que me foi enviado por um leitor. Ele participa de uma grupo de debates do Yahoo intitulado “Fórum Permanente de Acompanhamento da Políticas Públicas para a População em Situação de Rua de São Paulo.” Certamente é gente boa, tanto é que está indignado também. Mas o nome do fórum é complicado. “População em situação de rua” é expressão que enfurece  o meu apreço pela linguagem e pelos fatos. Trata-se de uma tentativa, feita pelos bacanas “que NÃO estão em situação de rua”, de transformar pobres-coitados que nada têm numa categoria sociológica e, acreditem!, até política. Já há até movimentos nacionais (no plural; há mais de um!) de “populações em situação de rua”. A pergunta óbvia e sem resposta é esta: quem consegue organizar uma espécie de sindicato nacional dessa natureza não sai da rua por quê? Mas sigamos.
Participa desse fórum um defensor público de São Paulo chamado Carlos Weis. É um conhecido deste blog. Há aqui uma série de posts que resume a sua atuação na Defensoria Pública. Ele foi um dos líderes da resistência à retomada da Cracolândia, em São Paulo, pelo estado de direito. O artigo mais eloquente, publicado no dia 12 de janeiro do ano passado tinha o seguinte título:“Exploração dos desgraçados – Defensores cercam rua, armam tenda e tentam, na prática, recriar a cracolândia com um grupo de viciados, que estão consumindo crack; uma das defensoras levava no bolso convite para churrasco no local”O líder da manifestação era… Carlos Weis!
A indignidade
CRATOD é 
o  Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas do Estado de São Paulo. É a entidade que deve ser inicialmente acionada para a internação involuntária de viciados em crack. Ali, como informo no post anterior, conjugam-se vários atendimentos: médico, jurídico e psicológico. Tudo devidamente acompanhado pelo Ministério Público. Desde o começo, a Defensoria Pública de São Paulo, sabe-se lá movida por qual ideologia ou saber específico, se opôs à retomada da Cracolândia e ao programa que, entendo — e entende a maioria dos especialistas —, tenta devolver à vida aqueles que dela já se despediram.
A droga não destrói apenas o viciado. Também causa severos traumas nas pessoas que com ele convivem. Como alertou em artigo no Globo, publicado no dia 26, o psiquiatra Rodrigo Godoy Fonseca, antes que o viciado em crack vá morar na rua, há um longo calvário de sofrimento seu e da família. Vale dizer: os que mantêm relações afetivas com ele são também vítimas; eu diria que também essas pessoas, em certo sentido, estão psiquicamente doentes, tal é seu sofrimento.
Comentei aqui a abordagem indigna que uma repórter fez da ação de uma senhora que foi buscar seu pai na Cracolândia, onde só a morte o esperava. O homem já vinha de períodos de abstinência e recaída na droga. Ela tentou convencê-lo a acompanhá-la até o CRATOD. Ele não quis. Então esta mulher corajosa contou que deu ao pai um comprimido de Lexotan. Ele se acalmou, e ela pôde, então, conduzi-lo para o tratamento. Título da indignidade publicada em jornal: “Filha dopa pai para tentar internação compulsória em SP”. Era evidente a tentativa do texto de demonizar a mulher.
E Carlos Weis com isso?
No tal fórum do Yahoo, ele vai lá, como diz, “prestar contas”, como se fosse aquele o ambiente adequado. Demonstra, basta atentar para o sentido das palavras, que não é mesmo admirador do programa que está em curso em São Paulo, mas vá lá, admite que a Defensoria acompanha o trabalho. Muito bem.
Weis reconhece que ninguém está sendo levado “à força” para o CRATOD. E cita como um espécie de exceção aquela pobre senhora que deu um Lexotan a seu pai para, na prática, livrá-lo da morte. Sabem o que quer este homem generoso, amante do povo, da bondade e da Justiça? Que ela seja processada com base no Artigo 148 do Código Penal. Weis quer que aquela mulher corra o risco de ficar até CINCO ANOS NA CADEIA. Transcrevo trecho do Artigo 148, que ele evoca:
Art. 148 – Privar alguém de sua liberdade, mediante sequestro ou cárcere privado: 
Pena – reclusão, de um a três anos.
§ 1º – A pena é de reclusão, de dois a cinco anos:
I – se a vítima é ascendente, descendente ou cônjuge do agente;
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge do agente ou maior de 60 (sessenta) anos. (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
I – se a vítima é ascendente, descendente, cônjuge ou companheiro do agente ou maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 11.106, de 2005)
(…)
Para este defensor público, aquela filha “sequestrou” o pai. Weis fez parte do grupo de defensores públicos que chegaram a armar tendas na Cracolândia para impedir a ação da Polícia. Os traficantes, por óbvio, circulavam por lá livremente. Mas quer mandar para a cadeia uma filha que salvou a vida de seu pai. Reproduzo parte de sua mensagem no fórum. Retomo depois.
Antes e depois
Eu peço que vocês vejam uma reportagem do “Bom dia Brasil” (está aqui;infelizmente, A Globo não fornece código para incorporação). Vemos o estado em que Ana Paula — é o nome dela — encontrou seu pai na Cracolândia e como ele estava dias depois. Sem o efeito da droga, mostra-se um homem sereno, agradável até, que sente falta dos netos. A filha, num testemunho que chega a emocionar, diz estar com “saudade” do pai — do pai que ela teve, que, não obstante, está vivo. O crack é isto: a morte em vida. Nesse mesmo vídeo, uma doméstica de quatro filhos conta que a família se dispersou. Um deles, viciado, tomou conta da casa. Os outros três foram distribuídos em casas de parentes e vizinhos.
Mas Weis é um homem bom e quer mandar Ana Paula, aquela senhora que conseguiu salvar a vida do pai, para a cadeia, quem sabe com a pena máxima para o seu “crime”: cinco anos.
Ideologia? Crueldade? Equívoco simplesmente? Uma soma de todas essas coisas? Avaliem vocês. Eu, reitero, ao ler a mensagem daquele senhor, fiquei entre a indignação e o asco.
Por Reinaldo Azevedo

“Fatos que não correspondem à verdade” impõem indenização



Da coluna Radarde Lauro Jardim. Volto depois:
Ali Kamel, o número 1 do jornalismo da Globo, obteve ontem uma vitória na Justiça do Rio de Janeiro contra o blogueiro e apresentador de programa de variedades da Record, Paulo Henrique Amorim.
De acordo com a sentença, Amorim terá que pagar uma indenização de 50 000 reais a Kamel. Motivo: Amorim escreveu diversos textos associando Kamel ao racismo. Diz o juiz Rossidelio da Fonte, da 35ª Vara Cível:
“Quando um jornalista como réu divulga fatos que não correspondem à verdade, ou envolve cidadão sem averiguar a procedência de suas fontes e a veracidade das informações, levando os leitores a concluírem que o autor é racista ou apoia práticas racistas, há evidente responsabilidade passível da obrigação de indenizar.”
Ainda cabe recurso à decisão.
VolteiPublico a informação com a área de comentários fechada. Não quero dar azo a especulações as mais variadas sobre sentenças judiciais. A Justiça não é campo para manifestações dessa natureza. O que me interessa, nesse caso, é o trecho da sentença do juiz que expressa, a meu ver, o necessário norte ético.
Por Reinaldo Azevedo

Mesmo a serviço de Lula, Cid Gomes, governador do Ceará, é sonoramente vaiado por petistas



Pois é… A caravana ambulante que comemora os 10 anos da chegada do PT ao poder (pouca gente se dá conta do cerne autoritário de uma comemoração como essa; ainda volto ao assunto em texto mais alentado) desembarcou em Fortaleza, capital do Ceará. Cidade e estado são administrados pelo PSB — pelo prefeito Roberto Cláudio e pelo governador Cid Gomes, irmão de Ciro.
Ambos foram sonoramente vaiados pelos petistas, embora os irmãos Gomes estejam, no momento, cumprindo uma tarefa encomendada por Lula: tirar Eduardo Campos, governador de Pernambuco, do caminho. Ciro já declarou que o líder máximo de seu partido não pode ser candidatar à Presidência porque não tem proposta para o Brasil. Nesta quinta, foi a vez de Cid dar a sua estocadinha: defendeu que o PSB tenha o lugar de vice na chapa de Dilma em 2014 — vale dizer: que Campos não se candidate.
Por Reinaldo Azevedo

Jogos e preces: a vida dos corintianos presos na Bolívia



VEJA entrou no presídio onde estão confinados os doze torcedores brasileiros acusados pela promotoria boliviana de participarem da morte de adolescente

Alexandre Salvador, de Oruro (Bolívia)
Tiago dos Santos Ferreira e Raphael Castilho de Araújo no Centro Penitenciário São Pedro, em Oruro
Tiago dos Santos Ferreira e Raphael Castilho de Araújo no Centro Penitenciário São Pedro, em Oruro (Luiz Maximiano)
Por volta das 14 horas desta quinta-feira, a reportagem de VEJA acompanhou a entrega do almoço aos doze torcedores do Corinthians detidos pela polícia boliviana e acusados pelo ministério público local de participar direta ou indiretamente da morte do jovem Kevin Espada, durante a partida entre San José e Corinthians na quarta-feira passada, 20. As refeições foram compradas no centro de Oruro por outros dois membros da torcida organizada Gaviões da Fiel que acompanham o caso,  e levadas ao centro penitenciário San Pedro.
Ao entrar no centro penitenciário San Pedro, os dirigentes da organizada que estão levando as marmitas com arroz, feijão e carne são recebidos aos gritos de “Corinthians” pelos presidiários bolivianos, que também lhes pedem dinheiro e comida. Subindo uma escada lateral, chega-se a uma ala isolada do presídio, justamente onde estão os brasileiros. “No início, era para nos proteger dos outros detentos. Chegamos aqui e o clima estava pesado. Os outros presos gritavam ‘San José, San José’ para nós”, disse Tadeu de Macedo Andrade, um dos corintianos presos em Oruro. A entrada dessa ala é protegida por um guarda.
Logo depois de passar pela porta trancada com cadeado e pelo guarda estão as duas celas onde dormem os torcedores brasileiros. Em uma delas já existe a inscrição “Pavilhão Nove” acima da porta. Dentro, os corintianos rabiscaram na parede dizeres que expõem a sua revolta como “Os 12 Inocentes” e “Presos por amor ao Corinthians”. O espaço é pequeno e os colchões no chão mal acomodam cada um dos presos. Dormem seis torcedores em cada cela. Ambas ficam sem ventilação quando a porta é trancada pelos carcereiros, às 22 horas.
Seguindo mais a frente há um pequeno pátio coberto, que dá para meia dúzia de celas, além de um espaço para visitas e um banheiro. Os corintianos dividem esse espaço com presos comuns, que também estão isolados dos demais por questões de segurança. “Esses caras estão jurados de morte. Se descerem lá para o pátio central serão esfaqueados na certa”, disse Fabio Neves Domingos, outro corintiano detido na penitenciária de San Pedro.
Embora tenha uma vizinhança pouco confiável, os brasileiros já circulam livremente entre as outras alas da penitenciária, disputam partidas de vôlei e futebol com os outros internos e têm regalias inexistentes nos presídios brasileiros. A maior delas: existe um telefone público no pátio exclusivo dos brasileiros, que fica à sua disposição das 9 da manhã as 9 da noite. É por meio desse orelhão que os torcedores corintianos entram em contato com familiares, amigos e com o advogado do grupo.
Além das refeições trazidas por seus companheiros que estão aqui em Oruro, os brasileiros também recebem a visita diária de um casal de missionários evangélicos locais. Eles trazem mimos como bolo e café. Após conversarem individualmente com os torcedores, eles reúnem todos da ala isolada onde estão os brasileiros para uma prece e a leitura de passagens bíblicas.