domingo, 16 de dezembro de 2012

Presidente se surpreende ao ver que Corinthians é 'mundialmente conhecido'



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LUCAS REIS
SANDRO MACEDO
ENVIADOS ESPECIAIS A YOKOHAMA
Mundial de ClubesO presidente do Corinthians, Mário Gobbi, conta que já está satisfeito: vencendo ou não o Chelsea neste domingo, para ele o time já é campeão do mundo. "Estar entre os dois melhores do mundo é um título", disse o cartola à Folha, na tarde de sexta, no hotel em que o clube está hospedado, em Yokohama.
Gobbi falou ainda sobre a perplexidade da Fifa com a torcida corintiana, os frutos da excursão pelo Japão e disse que, se depender do clube, Tite continuará no cargo por tempo indeterminado. "Queremos que ele permaneça por um bom tempo."
Folha - Falta o título para o Corinthians cumprir seu papel no Japão?
Mário Gobbi - Chegar entre os dois maiores clubes do mundo já é um título. É só pensar quantos clubes há no mundo. Isso por si só é um título. O que o Corinthians já ganhou com isso tudo, a saída do Brasil, tudo o que aconteceu nesta viagem provou para nós claramente que o Corinthians hoje é um time mundial e não apenas um time brasileiro. Isso pode ser visto por todos. Mas há uma cultura de ter um campeão. E só um pode ser campeão, são dois grandes times, e a decisão vai ser feita em 90 minutos. Isso implica que, quem errar menos e quem tiver numa tarde, noite, feliz vai levar o título.
Eduardo Knapp - 06.jul.12/Folhapress
Mario Gobbi, presidente do Corinthians
Mario Gobbi, presidente do Corinthians
O senhor classificaria a decisão como o maior jogo da história do Corinthians?
Tratando-se de Corinthians, é difícil dizer qual é o maior jogo, qual o maior título, qual foi o maior momento da história, tal é a quantidade de títulos, de momentos, de fatos, que a história mostra. Eu diria que este estará com certeza dentre os maiores momentos da vida do clube.
Depois de ganhar o mundo, qual seria a ambição do clube?
Não dá para ser mais do que campeão do mundo, só sendo bicampeão e, depois, tri. Mas, na cultura do futebol que vivemos, mesmo que a gente ganhe o título dos títulos, pois estar entre os dois já é um título, [não é suficiente]. Agora, vencer domingo seria o título dos títulos. Mesmo vencendo, vão passar dois, três dias e vamos ouvir que tem que ganhar o Paulista, a Libertadores. A vida no futebol nunca te satisfaz, e você nunca pode dizer "missão cumprida", pois sempre tem um desafio novo pela frente.
O que te surpreendeu nesta jornada ao Japão?
Não sabíamos o quanto o Corinthians era um clube mundialmente conhecido e querido. Por onde passamos, Dubai, Tóquio, Nagoya, Yokohama, você viu a multidão que acompanha o time. Pessoas que residem nesses países. O Corinthians quebrou as fronteiras há muito tempo. E nós só nos deparamos com isso vindo para o Mundial. Sair de São Paulo e jogar para 32 mil pessoas é jogar no Pacaembu. O Corinthians não é um time desconhecido, muito pelo contrário. Este foi o grande fato novo, pelo menos para mim, ver o quanto ele é conhecido.
E as impressões da Fifa?
Todos estavam entusiasmados com a hipótese de ter o Corinthians no Mundial, todos ficaram profundamente chocados, no bom sentido, ou melhor, impressionados, com a despedida no aeroporto, com a repercussão que o Corinthians teve antes mesmo da chegada. Tudo o que se movimentou no Japão, em Dubai, com o Corinthians vindo para cá, foi algo que impressionou demais o mundo do lado de cá. Incluindo a Fifa, assim como a Conmebol sentiu o termômetro neste ano [na Libertadores].
Pelo Corinthians, Tite fica no clube por mais quanto tempo?
Vivemos um momento de muito prazer e alegria de ver o trabalho que o Tite faz aqui. Então, se depender do Corinthians, nós queremos que ele permaneça por um bom tempo aqui. Não temos razão, motivo, vontade nenhuma de trocar o nosso técnico.
Folhapress
O presidente Mário Gobbi e os jogadores do Corinthians no trem-bala rumo a Yokohama
O presidente Mário Gobbi e os jogadores do Corinthians no trem-bala rumo a Yokohama

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