Caio do Valle - O Estado de S. Paulo
06 Junho 2014 | 19h 20
Tendência é que a greve seja mantida neste sábado. Sindicato voltou a sugerir liberação das catracas, mas proposta não foi aceita
Sindicalistas presentes à audiência se disseram insatisfeitos com a pouca flexibilidade demonstrada pelo Metrô, representado por seu presidente, Luiz Antonio Carvalho Pacheco, para avançar nas negociações. O próprio relator do processo no TRT, o desembargador Rafael Pugliese, pediu várias vezes aos representantes da empresa para tentar subir um pouco a proposta do reajuste salarial, de 8,7%. "Não dá, excelência", disse Carvalho Pacheco.
O advogado do Metrô, Nelson Mannrich, afirmou que entrou em contato com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e mesmo assim não há como ampliar a oferta. O Ministério Público sugeriu aumento de 9,2%. O sindicato pede reajuste de 12,2%, mas se mostrou disposto a negociar uma proposta na casa dos dois dígitos.
O dirigente do Sindicato dos Metroviários, Paulo Pasin, sugeriu novamente na audiência que o governo aceite a liberação das catracas, para que a população não seja prejudicada com a paralisação.
"O senhor governador não tem essa prerrogativa e poderia sofrer um processo criminal. É uma questão que morre no início", disse o presidente do Metrô, alegando que a medida levaria a uma renúncia de receita em uma empresa mista com capital estatal. Por isso, ele registrou que não permitirá o "catracaço" nas estações.
O processo segue para julgamento na manhã de domingo.
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