quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Vereadores do PSD decidem não apoiar Fernando Haddad e estragam plano ambicioso de Kassab


Pé na porta – O plano do prefeito Gilberto Kassab de garantir apoio ao petista Fernando Haddad na Câmara paulistana, o que poderia lhe colocar em melhor posição na fila de ministeriáveis, foi por água abaixo. Tudo porque o líder do PSD na Câmara Municipal de São Paulo, vereador Marco Aurélio Cunha decidiu que a posição do partido em relação ao próximo prefeito será de neutralidade.
De acordo com o líder do PSD, a posição da bancada deve valer para 2012 e tem o endosso de Kassab, que liberou os vereadores para decidir. “Ele disse que a opção é toda nossa”, afirmou. “Ele pode até sugerir e acho que podemos ouvi-lo por causa do tino político que ele tem”, complementou Cunha.
O PSD elegeu sete vereadores e poderá ter um oitavo, caso Antonio Carlos Rodrigues (PR) assuma vaga no Senado Federal na vaga da petista Marta Suplicy, que recebeu o Ministério da Cultura em troca do apoio a Haddad. Com a eventual saída de Rodrigues, assume o primeiro suplente da coligação, Coronel Camilo (PSD).
Marco Aurélio afirmou que o partido apoiará projetos de interesse da cidade de São Paulo e quer liberdade para votar contra quando entender que a ideia não é boa. “O PSD não será um partido de porta fechada, estanque, oposição por oposição”, afirmou. “Tem hora que vamos concordar, tem hora que vamos ajudar, tem hora que vamos reclamar”, afirmou.
O líder lembrou que não negocia participação no governo de Fernando Haddad e que o relacionamento do PSD com o governo Dilma Rousseff interferirá na posição da legenda em São Paulo. “Somos um grupo em que o diálogo é a melhor opção”, afirmou. O líder da bancada afirma também que os vereadores terão liberdade para se posicionar. “Há liberdade para seguir. Vamos tentar ser o mais democráticos possível”, afirmou.
  
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