Alojamentos depredados e saqueados no meio da caatinga, ao lado de um canal tomado pelo mato e corroído pela erosão, formam o cenário de abandono em vários trechos das obras da transposição das águas do rio São Francisco, projeto federal de R$ 6,8 bilhões iniciado em 2007 e parcialmente paralisado há cerca de um ano.
A informação é da reportagem de Fábio Guibu, publicada na edição desta sexta-feira da Folha (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
A Folha percorreu cerca de cem quilômetros do eixo leste da transposição, a partir de Floresta (PE), onde está localizado um dos pontos de captação de água do projeto.
O Exército continua trabalhando no local, mas os consórcios privados abandonaram as obras, reclamando a revisão dos seus contratos.
As máquinas foram retiradas, e milhares de trabalhadores, demitidos. Nas frentes de trabalho, os galpões foram saqueados e só restaram a estrutura deles.
Nas agrovilas, o movimento intenso dos primeiros anos do projeto acabou. A paralisação das obras trouxe prejuízo aos comerciantes e devolveu ao campo os lavradores contratados como operários nas obras.
Imagens: Fabio Braga / Entrevistas: Fabio Braga e Fábio Guibu / Edição: Douglas Lambert
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O projeto de transposição prevê a construção de dois canais para levar água do rio São Francisco a 12 milhões de pessoas de 390 municípios do Agreste e sertão em Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, até 2025.
Leia a reportagem completa na edição desta sexta-feira da Folha, que já está nas bancas.
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