segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Jovem é resgatada três dias depois de carro cair em barranco em SP


Com fraturas e debilitada, vítima não conseguiu sair do local do acidente para pedir ajuda

30 de janeiro de 2012 | 14h 42

Chico Siqueira e Priscila Trindade - Estadão.com.br - atualizado às 17h43
SÃO PAULO - Após esperar por três dias, uma jovem de 19 anos foi resgatada após perder o controle do veículo em que estava e cair em um barranco às margens da Rodovia Eliéser Montenegro Magalhães, nas proximidades do município de Populina, no interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais.
Jovem foi encontrada dentro da água - Dario Stecker dos Santos/AE
Dario Stecker dos Santos/AE
Jovem foi encontrada dentro da água
A comerciária Caroline Laila Soares, de 19 anos, tinha ido visitar um amigo em Jales (SP), na noite de quinta, quando dormiu no volante e perdeu o controle do carro, um Fiat Uno, que saiu da pista, capotou numa ribanceira e caiu no córrego. Ela conseguiu se soltar do cinto e descer se arrastando do carro, mas fraturas e ferimentos em diversas partes do corpo, a impediram de ir até a pista pedir socorro.
Durante três dias, ela bebeu água do riacho para sobreviver. No começo da noite de domingo, um funcionário de uma usina que tinha ido à rodovia esperar a carona de um amigo, ouviu os gritos e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência(Samu) e o Corpo de Bombeiros, que chegaram ao local às 20 horas.
Caroline foi socorrida e encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Fernandópolis, onde permanece internada. Segundo a enfermeira Irislene Maldonado, primeira profissional das equipes de resgate a chegar no local, a moça foi encontrada deitada no córrego, com água até os ombros, com hipotermia, fratura na perna esquerda e hematomas por todo o corpo.
Ela recebeu medicação intravenosa ainda no local e foi coberta com mantas térmicas para combater a hipotermia. "Ela estava muito debilitada e não sei como conseguiu sobreviver porque a água estava muito fria", contou. "Tivemos de usar de técnicas de salvamento com rapel para retirarmos a vitima de lá", disse o 2º tenente Cássio Koitsi, comandante da base de Corpo de Bombeiros de Fernandópolis.
Segundo ele, o local que a moça caiu, de uma altura de aproximadamente 10 metros, tinha pouca visibilidade, devido a uma mata, por isso ninguém conseguiu ver o carro dela tombado verticalmente dentro do córrego. "Ela também tinha pouca força, ela gritava, mas ninguém escutava os gritos", afirmou.

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