terça-feira, 3 de janeiro de 2012

EUA ignoram aviso do Irã e vão manter operações no Golfo


General iraniano disse que porta-aviões americano devia ficar longe do local

O porta-aviões USS John C. Stennis (à frente) foi aconselhado por general iraniano a não voltar ao Golfo Pérsico
O porta-aviões USS John C. Stennis (à frente) foi aconselhado por general iraniano a não voltar ao Golfo Pérsico(Reuters)
Os Estados Unidos desprezaram a advertência do Irã para manter um porta-aviões longe do Estreito de Ormuz e declararam nesta terça-feira que vão continuar normalmente com suas operações no Golfo Pérsico. De acordo com o Pentágono, o tráfego de navios de guerra dos Estados Unidos pelo Estreito de Ormuz – porta de entrada do Golfo – é necessário para o abastecimento das missões de Washington na região e não será interrompido.
Na última quinta-feira, o porta-aviões americano John C. Stennis e seu grupo de batalha deixaram o Golfo Pérsico. Nesta terça, em Teerã, o chefe das Forças Armadas iranianas, general Ataolah Salehí, disse que a embarcação não deveria retornar ao local. "Aconselhamos ao navio americano que saiu do Estreito de Ormuz e se dirigiu ao Mar de Omã que não retorne ao Golfo Pérsico", declarou Salehí. O alerta foi feito um dia depois de a Marinha iraniana ter completado dez dias de exercícios na entrada do Golfo, com os testes de três mísseis com capacidade de afundar navios.
O porta-voz do Pentágono, George Little, destacou em comunicado que os Estados Unidos seguirão mobilizando suas unidades militares no Golfo de acordo com suas necessidades, apesar das ameaças iranianas. O comunicado acrescenta que "os movimentos dos porta-aviões no Golfo Pérsico e no Estreito de Ormuz – via estratégica para o trânsito marítimo do petróleo – respondem a um compromisso militar americano de longa data".
"Nossas passagens pelo Estreito de Ormuz acontecem conforme à lei internacional que garante o direito de passagem a nossos navios", salientou Little. "Estamos comprometidos com a proteção das regras do comércio marítimo, base da prosperidade internacional, e essa é uma das razões principais da presença militar (dos Estados Unidos) na região", concluiu o porta-voz.
Sanções – Também nesta terça-feira, a França pediu o endurecimento das sanções contra o Irã para pressionar a república islâmica a abandonar seu controverso programa nuclear. O ministro das Relações Exteriores francês, Alain Juppé, pediu aos países da União Europeia para seguir o exemplo dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha e impor um bloqueio ao petróleo iraniano e ao Banco Central do país. Juppé sugeriu a reunião de 30 de janeiro dos países membros do bloco para anunciar as medidas.
"A França quer sanções mais duras, e o presidente (Nicolas Sarkozy) fez duas propostas concretas nessa frente, sendo a primeira a de congelar os bens do Banco Central iraniano, uma medida dura, e a segunda um embargo às exportações iranianas de petróleo", declarou o chanceler francês.
(Com agências France-Presse e EFE)

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