sábado, 7 de julho de 2012

Tribunal de Contas, Ministério Público e Polícia Federal cercam prefeito petista de Palmas. Provas se acumulam.


CoronelLeaks




Apontado na prestação de contas do PT de Palmas como doador de um showmício nas eleições de 2004, o sócio de uma empresa no Tocantins negou ter colaborado com a campanha do prefeito petista da cidade, Raul Filho. Na prestação enviada pelo PT à Justiça Eleitoral, em 2004, a RJ Comunicações aparecia doando um show de R$ 30 mil de Amado Batista. Nesta semana, Filho disse que o show havia sido pago por Carlinhos Cachoeira. 

O Tribunal de Contas e o Ministério Público do TO investigam contratos da Prefeitura de Palmas com a empreiteira Delta, responsável pela limpeza urbana na cidade. Cachoeira é apontado pela PF como sócio oculto da Delta. A declaração do prefeito sobre o show foi feita após a divulgação de vídeo gravado na época da campanha em que aparece com Cachoeira. Ambos tratam na ocasião de um "grande show" para ajudá-lo e discutem o que seriam possibilidades de contratos na prefeitura em troca de apoio na campanha.

As prestações de contas do PT e de Filho à época, porém, não indicam valor ou serviço doado por Cachoeira. Na prestação de Filho aparecem só doações do comitê do PT, no valor de R$ 503,68 mil. Questionado sobre o show, Rodrigo Trancoso, sócio da RJ, disse que a empresa é uma agência de publicidade e que a informação era "um equívoco" da reportagem. Após a Folha repassar dados da nota fiscal, o empresário disse que consultaria seu contador. Procurado novamente, ele não respondeu. 

O presidente do PT-TO, Donizeti Nogueira -que era do comitê financeiro da sigla em 2004-, afirmou não se lembrar de shows nem da prestação de contas. O escritório de Amado Batista disse não ter dados sobre contratos da época. A assessoria de Raul Filho disse que ele só vai se manifestar após seu depoimento à CPI do Cachoeira. Também nesta semana, a Procuradoria Regional Eleitoral do TO denunciou Filho e a primeira-dama, a deputada estadual Solange Duailibe (PT), sob acusação de uso de documentos falsos para justificar a origem de R$ 130 mil arrecadados na campanha de Solange em 2010. Os dois disseram que não iriam comentar a denúncia por não terem sido notificados.

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