quarta-feira, 2 de maio de 2012

Eu sou neguinha, eu sou neguinha.



Acabar com o racismo passa por não admitir a ideia de raça, e não por fazer uma raça prevalecer sobre outras.

O BRASIL TEM DE ACERTAR uma certa conta com os negros, é o que dizem. Eu acho muito bem. Calote é coisa feia, estou de acordo. Só uma coisinha: o Brasil, me desculpem, não sou eu. Não conheço tal sujeito e, ao que me consta, ninguém conhece. Brasil é o nome (feio) que se dá a certo território cujos habitantes (índios, negros, morenos, brancos, amarelos) falam determinada língua e cantam (pessimamente) determinado hino. Brasil, como toda nação, é uma entidade ficcional que, por convenção (e não só, mas também porque é melhor não mexer com o tal do “detentor do monopólio da força”) nós aceitamos como coisa real. Como se houvesse braços e pernas no Brasil. Como se houvesse coração e vísceras. Como se houvesse cérebro, razão e vontade. No Brasil.

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