terça-feira, 30 de julho de 2013

Sem dinheiro para indenizar as empresas de energia, governo deve sacrificar redução da conta de luz





Quem pariu que o embale – Quando o ucho.info afirmou que o anúncio da redução das tarifas de energia era mais um factóide com a chancela do governo petista de Dilma Rousseff, muitos discordaram, mas a realidade é uma só: na política e no capitalismo não é servido almoço de graça. Com a antecipação da renovação dos contratos, as empresas geradoras de energia que aderiram ao plano exigiram uma compensação financeira, que em algum momento seria paga pelo Tesouro Nacional, ou seja, com o suado do dinheiro do contribuinte.
Essa manobra embusteira fez com que a conta de luz tivesse uma redução no valor, mas ao final o consumidor desembolsará a mesma quantia ou mais. Com os recentes cortes no orçamento, o Tesouro não terá condições de arcar com as indenizações às elétricas. O valor que tem grandes chances de ser repassado aos consumidores é de R$ 6,7 bilhões.
Muitos dos consumidores que podem ser surpreendidos a qualquer momento com o rateio da conta acreditaram na mágica mentirosa de Dilma Rousseff, que à época precisava anunciar alguma medida para conter a inflação, mesmo que com base na utopia, o que de forma indireta reforçaria seu projeto de reeleição.
De acordo com dados da movimentação financeira do fundo setorial, de onde deveria sair o total a ser pago, o governo pagou R$ 7,9 bilhões em janeiro às empresas que optaram pelo recebimento à vista do valor das indenizações. Restou um saldo a pagar de R$ 12,1 bilhões, a ser quitado em parcelas mensais ao longo dos próximos quatro anos. Três parcelas foram pagas em fevereiro, março e abril, somando R$ 1,5 bilhão. Considerando que ainda não foram disponibilizados ao público os dados dos meses de maio, junho e julho, é factível a previsão de que idêntico R$ 1,5 bilhão tenha sido pago nesse período. Calculadora na mão, chega-se a um saldo de aproximadamente R$ 9,1 bilhões a serem pagos em indenizações.
Descontado o saldo do fundo setorial que é de R$ 2,4 bilhões, há um buraco financeiro de pelo menos R$ 6,7 bilhões, em números atuais, para honrar o combinado. Esses valores serão atualizados pelo IPCA e acrescidos de remuneração de 5,59% ao ano. Resumindo, o governo mirabolante de Dilma Vana Rousseff não tem dinheiro para pagar a conta, devendo o incauto consumidor se preparar para o pior. Se por um lado essa reviravolta prejudicará milhões de brasileiros, por outro pode ser benéfica no médio prazo, caso os eleitores se lembrem desse truque no momento de votar.
  

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