Durante as experiências, os cientistas expuseram o chip preenchido com água do mar a um campo elétrico, que separou os sais e outras propriedades encontradas no líquido. No estudo, foi aplicada apenas uma carga de três volts de eletricidade, fazendo com que as propriedades da água do mar ficassem retidas em uma parte da estrutura do chip. O dispositivo tem um microcanal com duas ramificações: quando estas partes se unem, um eletrodo neutraliza alguns dos íons de cloreto presentes na água, criando uma zona de redução de íons, cujo campo elétrico é maior que no restante do chip.
De acordo com os pesquisadores, o dispositivo consegue filtrar a água do mar a uma velocidade de um nano litro por vez – mas, como o método demanda baixos custos e quase nenhum impacto ambiental, a técnica torna-se viável para ser aplicada depois de seu aprimoramento. A equipe que criou o chip diz que, atualmente, o processo consegue retirar apenas 25% dos sais marinhos, mas afirma que esforços vêm sendo realizados para que o dispositivo consiga remover até 99% do sal, o suficiente para atingir o nível de água própria para consumo.
A escassez de água potável é um dos problemas ambientais mais preocupantes no planeta: de acordo com estudo publicado em 2012, cerca de 800 milhões de pessoas não têm acesso ao recurso. Além disso, a ONU alerta que quase metade da população mundial pode sofrer com a falta de água potável até 2030, principalmente nos países em desenvolvimento, como a China e a índia, além das localidades extremamente carentes do continente africano. (Com informações do Treehugger e do CicloVivo)
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