domingo, 21 de julho de 2013

Atiradores de precisão, do esquadrão da Guarda Suíça, tomarão posições de cobertura no pátio externo do Santuário de Aparecida

Snipers estão entre ‘arcanjos’ do papa


20 de julho de 2013 | 17h 55

Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo
Os arcanjos do papa Francisco, um esquadrão da Guarda Suíça, vão trabalhar pesado em Aparecida, na quarta-feira. São esperados 200 mil peregrinos, talvez mais do que isso. Jorge Bergoglio vai percorrer quatro vias da cidade em carro aberto e atravessará a multidão. Por sua decisão, o papamóvel vai rodar a, no máximo, 10 km por hora.
Time de forças especiais também foi empregado em maio de 2007, durante visita de Bento XVI - Filipe Araujo/AE
Filipe Araujo/AE
Time de forças especiais também foi empregado em maio de 2007, durante visita de Bento XVI
A indicação é de que desembarcará para cumprimentar os fiéis diretamente. Um pesadelo para o esquadrão designado pelo Ufficio Centrale di Vigillanzia do Vaticano para a viagem do pontífice ao Brasil. O tamanho do grupo é uma informação reservada. Todavia, não deve envolver menos de quatro agentes. Vão atuar ao lado do time da Polícia Federal.
O Centro de Coordenação de Defesa de Área de São Paulo, comandado pelo general William Abrahão, terá 4.040 militares envolvidos nos procedimentos no cenário de Aparecida. Hoje haverá um ensaio da operação.
Embora o programa considere que o papa viajará do Rio diretamente para Aparecida de helicóptero, as equipes de segurança gostariam que ele usasse nesse percurso, na ida e na volta, o jato presidencial VC-2, montado sobre o grande Emb-190 produzido pela Embraer. Nesse caso, o avião pousaria no aeroporto de São José dos Campos e, aí sim, o curto trajeto até o Santuário, cerca de 70 quilômetros, poderia ser feito de helicóptero. A previsão do tempo para a região na quarta-feira é de chuva fina e frio, entre 10°C e 17°C. O birreator oficial tem 38 poltronas regulares, no padrão de classe executiva, mais sofás e assentos especiais na ala privativa. A comitiva papal é de 40 pessoas.
Durante as aproximadamente oito horas, o período de permanência de Francisco em Aparecida, quatro helicópteros militares do Cavex, o Comando de Aviação do Exército, de Taubaté, permanecerão no ar. Levarão equipes de intervenção rápida antiterrorismo e de resgate. Uma das aeronaves estará equipada com um sistema ótico digital “Olho de Águia”, que permite observação de grande distância em alta resolução.
O time de forças especiais foi empregado em 2007, na garantia do Campo de Marte, na missa celebrada por Bento XVI. Chegaram muito cedo, com seus uniformes negros e armas especiais. Rapidamente desapareceram de vista, ocupando discretamente posições no alto dos hangares. Deve ser assim no santuário. Atiradores de precisão, os snipers, tomarão posições de cobertura da imensa praça. No teto das torres, por exemplo. Eles são capazes de atingir alvos a 800 metros.
Pedidos singelos. Uma pequena surpresa: as solicitações diretas da assessoria pessoal de Bergoglio têm sido “simples, quase singelas”, segundo um policial federal da força-tarefa criada para atuar na visita pontifícia. “Sempre que possível” - logo, não é uma exigência - que haja móveis claros nas acomodações. Frutas frescas são bem recebidas, e pratos leves, tipo caldo de legumes. Isso facilita o controle dos alimentos - a refeição mais forte será churrasco e todos os dias haverá bolos e pão de queijo. Em Aparecida, eventuais necessidades de atendimento médico da comitiva serão no Hospital de Taubaté.

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