terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O vergonhoso "Creche Zero" de Dilma e Haddad desemprega mães e cria pobreza.



Depois do nascimento do filho, hoje com dez meses, Aparecida Lopes Cândido abandonou o emprego com carteira assinada em uma fábrica de roupas. O trabalho lhe rendia mais que um salário mínimo e gratificações no fim do mês que completavam o orçamento. 'Gostava muito de trabalhar fora e quero voltar. O problema é que não encontro creche para o meu filho e fica muito caro pagar alguém.'

Aparecida mora em frente a uma das três creches que estão sendo construídas com recursos da União em Santo Antônio do Descoberto, no entorno de Brasília. Há um ano ela acompanha o ritmo lento da obra, que ao custo de R$ 1,4 milhão deveria ter sido concluída em setembro do ano passado, segundo o governo. As outras duas unidades ainda estão no chão, apesar de o prazo para conclusão das obras terminar em junho deste ano. Cada obra custará R$ 1,2 milhão. 'Minha filha vai estar alfabetizada e essa creche não vai ficar pronta', reclama Aparecida Dione Ribeiro, que mora em frente à obra do centro da cidade. 'Parei de estudar para ficar em casa e a minha menina chora quando vê a irmã mais velha indo para a creche.'

Para cumprir uma promessa de campanha feita pela presidente Dilma Rousseff, o Ministério da Educação terá que inaugurar pelo menos 178 creches por mês, ou cinco por dia, até o fim de 2014. Na disputa presidencial de 2010, Dilma afirmou que iria construir 6.427 creches até o fim de seu mandato, mas a promessa está longe de se concretizar. O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pelo ProInfância - que cuida da construção dessas creches - pagou até agora R$ 383 milhões dos R$ 2,3 bilhões empenhados. No primeiro ano de governo, a execução do ProInfância ficou em 16%. Nenhuma obra foi concluída. (Do Estadão)

Dilma dá mais dinheiro para Cuba importar vodca e chocolate do Brasil. Ajuda já passa de U$ 1,3 bilhão para ilha-prisão.



Ontem, este Blog informou que o dinheiro que o Brasil dá para Cuba comprar do Brasil serviu para impoirtar vodca e chocolate em 2011. Foram mais de U$ 1,3 bilhão para um grupelho de comunistas assassinos lambuzarem os beiços e tomarem pileques por conta do contribuinte brasileiro. Mas não pára aí. Dilma está levando mais um caminhão de dinheiro para os inimigos do "império". Veja matéria abaixo do Estadão.

A presidente Dilma Rousseff chegaria ontem à noite em Havana para sua primeira visita oficial a Cuba. A julgar pelos sinais enviados por Brasília, o governo cubano tem mais razões para ser otimista do que a dissidência. Dilma leva à ilha mais uma linha de crédito, dessa vez de US$ 523 milhões. Com isso, o financiamento brasileiro à ilha chega a US$ 1,37 bilhão. Com a visita da presidente brasileira, o regime cubano - que investe em algumas mudanças econômicas para tentar tirar a ilha da inércia financeira - espera do Brasil mais investimentos pesados em obras de infraestrutura. Por seu lado, os dissidentes, apesar de todos os sinais contrários vindos de Brasília, ainda acreditavam ontem que o governo brasileiro não manteria a tradicional indiferença às violações dos direitos humanos no país.

O Itamaraty não esconde que o propósito da visita de Dilma é econômico e comercial. O Ministério das Relações Exteriores tem reiterado que o Brasil não tem intenção de tratar publicamente de temas espinhosos, como a repressão cubana. A avaliação do Brasil, de acordo com o chanceler Antonio Patriota, é a de que "a situação dos direitos humanos em Cuba não é emergencial". Incluir na agenda presidencial encontros com opositores do regime, mesmo que para tratar de direitos humanos - na teoria, um tema caro à presidente - não cairia muito bem. 

O que interessa ao governo brasileiro é incentivar o regime cubano a seguir adiante com as mudanças econômicas. A avaliação da diplomacia brasileira é a de que ajudar Cuba a avançar economicamente é a melhor colaboração que se pode dar ao país. Por isso, o País vai financiar do término do Porto de Mariel, uma obra de US$ 683 milhões, até a compra de alimentos e máquinas. O comércio entre os dois países cresceu 31% de 2010 para 2011, chegando a US$ 642 milhões. No entanto, essa é quase uma via de mão única: apenas US$ 92 milhões são de exportações cubanas, especialmente medicamentos.

Há pouco para Cuba vender e muito para comprar. Chegam do Brasil equipamentos agrícolas, sapatos, produtos de beleza, café, em alguns momentos, até açúcar. Hoje extremamente dependente da Venezuela, que garante praticamente todo o petróleo usado na ilha a preço de custo, os cubanos repetem uma situação que já viveram nos anos 70 e 80 com a União Soviética, antes de Moscou falir e abandonar Cuba à própria sorte. "A Venezuela é nossa nova URSS. O equilíbrio cubano hoje se chama Hugo Chávez", avalia o economista Oscar Espinosa Chepe. "Há muito potencial, especialmente na agricultura, mas é preciso investimento. É preciso buscar investimentos estrangeiros reais, buscar um país mais sério." 

Pelo menos três diferentes grupos de dissidentes pediram audiência a Dilma ou a alguém de sua comitiva, mas não receberam resposta. "O que podemos esperar é que a presidente fale das pessoas, do povo cubano. Ela pode falar muito perto de Raúl e Fidel Castro, nós não podemos. Gostaria que essa visita marcasse o antes e o depois", disse a blogueira e colunista do Estado Yoani Sánchez. Outros têm expectativa mais modesta: imaginam que pelo menos a presidente não dará declarações como a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou o dissidente Orlando Zapata, morto durante sua visita ao país, em 2010, a presos comuns "de São Paulo ou do Rio". "Sabemos que Dilma não fará o mesmo, mas também não temos esperança de que falará por nós", afirmou José Daniel Ferrer García, da União Patriótica Cubana, grupo ao qual pertencia Wilman Villar Mendoza, dissidente que morreu dia 19, depois de uma greve de fome de 48 dias em uma prisão cubana. A viúva de Villar, Maritza, chegou ontem a Havana, vinda de Santiago, para denunciar a morte do marido.

Longe de dissidentes, Dilma chega a Cuba com linha de crédito milionária


Presidente desembarcaria ontem em Havana levando plano para fazer empréstimos à ilha castrista alcançarem US$ 1,37 bilhão

30 de janeiro de 2012 | 21h 50

Lisandra Paraguassu/ ENVIADA ESPECIAL/ HAVANA
HAVANA - A presidente Dilma Rousseff chegaria ontem à noite em Havana para sua primeira visita oficial a Cuba. A julgar pelos sinais enviados por Brasília, o governo cubano tem mais razões para ser otimista do que a dissidência. Dilma leva à ilha mais uma linha de crédito, dessa vez de US$ 523 milhões. Com isso, o financiamento brasileiro à ilha chega a US$ 1,37 bilhão.
Coletiva de imprensa de Maritza Pelegrino, esposa do lider morto, Wilnam Pelegrino - Wilson Pedrosa/AE
Wilson Pedrosa/AE
Coletiva de imprensa de Maritza Pelegrino, esposa do lider morto, Wilnam Pelegrino
Com a visita da presidente brasileira, o regime cubano - que investe em algumas mudanças econômicas para tentar tirar a ilha da inércia financeira - espera do Brasil mais investimentos pesados em obras de infraestrutura. Por seu lado, os dissidentes, apesar de todos os sinais contrários vindos de Brasília, ainda acreditavam ontem que o governo brasileiro não manteria a tradicional indiferença às violações dos direitos humanos no país.
O Itamaraty não esconde que o propósito da visita de Dilma é econômico e comercial. O Ministério das Relações Exteriores tem reiterado que o Brasil não tem intenção de tratar publicamente de temas espinhosos, como a repressão cubana.
A avaliação do Brasil, de acordo com o chanceler Antonio Patriota, é a de que "a situação dos direitos humanos em Cuba não é emergencial". Incluir na agenda presidencial encontros com opositores do regime, mesmo que para tratar de direitos humanos - na teoria, um tema caro à presidente - não cairia muito bem.
O que interessa ao governo brasileiro é incentivar o regime cubano a seguir adiante com as mudanças econômicas. A avaliação da diplomacia brasileira é a de que ajudar Cuba a avançar economicamente é a melhor colaboração que se pode dar ao país. Por isso, o País vai financiar do término do Porto de Mariel, uma obra de US$ 683 milhões, até a compra de alimentos e máquinas. O comércio entre os dois países cresceu 31% de 2010 para 2011, chegando a US$ 642 milhões. No entanto, essa é quase uma via de mão única: apenas US$ 92 milhões são de exportações cubanas, especialmente medicamentos.
Há pouco para Cuba vender e muito para comprar. Chegam do Brasil equipamentos agrícolas, sapatos, produtos de beleza, café, em alguns momentos, até açúcar.
Hoje extremamente dependente da Venezuela, que garante praticamente todo o petróleo usado na ilha a preço de custo, os cubanos repetem uma situação que já viveram nos anos 70 e 80 com a União Soviética, antes de Moscou falir e abandonar Cuba à própria sorte. "A Venezuela é nossa nova URSS. O equilíbrio cubano hoje se chama Hugo Chávez", avalia o economista Oscar Espinosa Chepe. "Há muito potencial, especialmente na agricultura, mas é preciso investimento. É preciso buscar investimentos estrangeiros reais, buscar um país mais sério."
Pelo menos três diferentes grupos de dissidentes pediram audiência a Dilma ou a alguém de sua comitiva, mas não receberam resposta.
"O que podemos esperar é que a presidente fale das pessoas, do povo cubano. Ela pode falar muito perto de Raúl e Fidel Castro, nós não podemos. Gostaria que essa visita marcasse o antes e o depois", disse a blogueira e colunista do Estado Yoani Sánchez.
Outros têm expectativa mais modesta: imaginam que pelo menos a presidente não dará declarações como a do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que comparou o dissidente Orlando Zapata, morto durante sua visita ao país, em 2010, a presos comuns "de São Paulo ou do Rio".
"Sabemos que Dilma não fará o mesmo, mas também não temos esperança de que falará por nós", afirmou José Daniel Ferrer García, da União Patriótica Cubana, grupo ao qual pertencia Wilman Villar Mendoza, dissidente que morreu dia 19, depois de uma greve de fome de 48 dias em uma prisão cubana. A viúva de Villar, Maritza, chegou ontem a Havana, vinda de Santiago, para denunciar a morte do marido.
 

Maria do Rosário, a desumana dos Direitos Humanos


CoronelLeaks

Ausente da comitiva de Dilma em Cuba, Maria do Rosário (Direitos Humanos) explica que já tinha viagem marcada para o Haiti. E completa: "A marca de Cuba não é a violação de direitos humanos, e sim ter sofrido uma violação histórica, o embargo americano".(Do Painel da Folha)

O que menos se espera de uma ministra de Direitos Humanos é que ela acoberte assassinos. Que seja cúmplice de milhares de mortes. Daria para escrever um livro em cima desta declaração nojenta, abjeta, cínica e criminosa contra tudo o que se entende por Direitos Humanos. Mas vamos dar um presente para a Maria do Rosário: um porta-retrato para a sua mesa. Nele está o atual presidente cubano, Raul Castro, vedando os olhos de um preso político para ser executado com um tiro de pistola na cabeça, sem julgamento, ao melhor estilo Che Guevara.Ontem este assassino apertou a mão da Presidente da República do Brasil. Ontem este assassino recebeu mais alguns milhões de dólares. Faça bom proveito, Maria do Rosário.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Carta à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Washington)



O Sistema Interamericano de Direitos Humanos não pode substituir a justiça dos Estados signatários, nem complementá-la. É só um sistema subsidiário. Isto significa que só tem competência ante um caso de comprovada inatividade da justiça do Estado signatário, em causas qualificadas como de lesa-humanidade.

Paris, 22 de janeiro de 2012
Para María Isabel Rivero
Diretora de Imprensa e Difusão
Comissão Interamericana de Direitos Humanos
mrivero@oas.org
Estimada doutora Rivero,
Respondo a sua amável mensagem eletrônica de ontem. O “processamento de um caso”, como a senhora diz, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, pode ser tudo menos uma coisa: um “processamento” que prescinde dos princípios gerais e universais de Direito.
A senhora me confirma que houve um processo adiantado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos e que o informe de 132 páginas deste, que alguém entregou sub-repticiamente à imprensa colombiana, existe e é um documento acabado e autêntico, porém secreto, pois a senhora continua classificando-o como “confidencial”, quando na realidade esse informe já perdeu, de fato, esse caráter.
É um informe autêntico que terá conseqüências para a Colômbia, porém que, ao mesmo tempo, não pode ser dado a conhecer aos cidadãos colombianos.
Tudo isso é não só estranho senão contrário às normas democráticas.
Segundo a imprensa colombiana, o informe da Comissão “reconhece” que após o sangrento assalto realizado, em novembro de 1985, por um movimento terrorista contra o Palácio da Justiça de Bogotá, o Estado colombiano fez “desaparecer” onze civis e uma guerrilheira, e que por esse fatos o Estado colombiano deve ser condenado. O Estado colombiano, segundo esse informe, deve “procurar os corpos e conseguir a completa identificação das 11 pessoas declaradas como desaparecidas”. Esse informe afirma que a Comissão “reconheceu a responsabilidade do Estado no desaparecimento e posterior assassinato do magistrado auxiliar do Conselho de Estado, Carlos Horacio Urán Rojas”. Segundo a imprensa colombiana, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, nesse informe, dá um prazo de dois meses ao Estado colombiano para sancionar “os culpados, localizar os desaparecidos e reparar às famílias”.
As citadas conclusões da Comissão, ao estar longe de constituir fatos provados, pois só refletem as alegações de uma das partes (os “peticionários”), se antecipam de maneira abusiva e substituem de fato a justiça civil colombiana, a qual ainda investiga esses mesmos fatos e não chegou a provar nada de maneira definitiva.
Em sua mensagem de ontem a senhora acusa o Estado colombiano de haver “filtrado” à imprensa o “informe de fundo”. A senhora tem razão. Segundo minhas fontes, esse documento poderia ter sido entregue por um funcionário da Chancelaria colombiana a uma revista bogotana.
Essa “filtração” viola o Artigo 12, parágrafo 3 do regulamento da Comissão Interamericana de Direitos Humanos que diz: “O Secretário Executivo, o Secretário Adjunto e o pessoal da Secretaria Executiva deverão guardar a mais absoluta reserva sobre todos os assuntos que a Comissão considere confidenciais”. Viola também outros artigos do mesmo Regulamento, como os Artigos 20, 43 parágrafo 2, 44 parágrafo 2, 47 e 59. Esse fato, e o conteúdo do informe de 132 páginas, provam que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos viola a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, sobretudo seus Artigos 8 (garantias judiciais) e 9 (princípio de legalidade e retroatividade), e viola seus próprios regulamentos de funcionamento interno.
A Convenção americana proíbe os processos secretos e as sentenças secretas. Proíbe os processos nos quais as partes não são ouvidas. O Artigo 8, parágrafo 5, diz: 5. “O processo penal deve ser público, salvo no que seja necessário para preservar os interesses da justiça”.
O Artigo 8 da Convenção Americana diz que durante o processo toda pessoa inculpada “tem direito, em plena igualdade, às seguintes garantias mínimas: a. direito do inculpado de ser assistido gratuitamente por tradutor ou intérprete, se não compreende ou não fala o idioma do tribunal; b. comunicação prévia e detalhada ao inculpado da acusação formulada; c. concessão ao inculpado do tempo e dos meios adequados para a preparação de sua defesa; d. direito do inculpado de se defender pessoalmente ou de ser assistido por um defensor de sua escolha e de se comunicar livre e privadamente com seu defensor; e. direito irrenunciável de ser assistido por um defensor proporcionado pelo Estado, remunerado ou não segundo a legislação interna, se o inculpado não se defender por si mesmo nem nomear defensor dentro do prazo estabelecido pela lei; f. direito da defesa de interrogar as testemunhas presentes no tribunal e de obter o comparecimento, como testemunhas ou peritos, de outras pessoas que possam lançar luz sobre os fatos; g. direito a não ser obrigado a depor contra si mesmo nem a se declarar culpado, e h. direito de recorrer da sentença ante o juiz ou tribunal superior”. (Verhttp://www.oas.org/es/cidh/mandato/documentos_basicos.asp).
Nenhum desses direitos pôde ser exercido pelos militares colombianos mencionados no “processamento” e no “informe de fundo” da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Sem haver convidado os advogados dos militares acusados na Colômbia pelos fatos do Palácio da Justiça a se expressar e a atuar em direito, não se pode dizer que esse “processamento” seja a culminação de uma instrução ou investigação judicial adiantada com as garantias que a Convenção Americana prevê sobre Direitos Humanos e o direito penal de qualquer país civilizado.
Tudo isso é uma burla dos princípios e dos valores que a Convenção Americana defende sobre Direitos Humanos.
Este “processamento” tem como objetivo não só condenar o Estado colombiano, senão pesar de maneira abusiva, insidiosa e brutal nos processos penais que se executam em Bogotá sobre os fatos do Palácio da Justiça. Esses processos, repito, não culminaram. As sentenças não adquiriram o estatuto de coisa julgada. Portanto, o “processamento” da Comissão Interamericana de Direitos Humanos aparece como uma intromissão paralela e abusiva.
Nos processos de Bogotá os acusados não são o Estado Colombiano, senão vários oficiais aposentados de alta posição das Forças Militares da Colômbia. Estes não participaram nem foram ouvidos no “processamento” executado pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos em Washington e agora devem, não obstante, suportar o peso desse pretendido “informe de fundo” que foi feito pelas suas costas e dado a conhecer de maneira capciosa.
Todavia, é de conhecimento público na Colômbia que os acusados nesses processos em Bogotá rechaçam vigorosamente todas as acusações que lhes fazem, em particular aquele de ter ordenado o “desaparecimento” de pessoas. Por outra parte, todos eles conseguiram provar sua plena inocência. Grande parte da opinião pública colombiana espera que a justiça absolva esses oficiais aposentados nos próximos meses.
O “processamento” da Comissão aparece então não só como um obstáculo ao devido processo na Colômbia, mas como o protótipo de um novo tipo muito questionável de justiça penal internacional: é um processo no qual a parte A e a parte B (o que a senhora chama o Estado colombiano e os “peticionários”) interagem com o resultado de que, no final, a parte C (os militares julgados em Bogotá) é a que recebe, de fato, a sanção, apesar de que o ator processual C nunca foi convidado para atuar nem a se defender em direito.
Tudo isso é monstruoso, ilegal e detestável. Ao agir dessa maneira, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos não aparece como um modelo de transparência e justiça.
É como se a Comissão Interamericana de Direitos Humanos dispusesse de normas ou usos internos que permitem marginalizar as pessoas naturais que são investigadas pela Comissão, que lhe permite impedir que elas tenham advogados de defesa, que lhe permite negar àqueles o direito à defesa, à informação e ao conhecimento do “processamento”.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos age como se fosse perfeitamente justo e equilibrado que os únicos sujeitos processuais que conhecem o desenrolar da investigação sejam o “peticionário”, os investigadores e o Estado acusado, enquanto que as pessoas privadas que são objeto de acusações, fundadas ou não, do “peticionário”, ou dos investigadores, são excluídas totalmente desse “processamento”.
Isso constitui uma violação ao direito de defesa, exigência fundamental de todo procedimento penal. Pior, isso constitui uma violação à Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem, sobretudo em seus Artigos II, XVII, XVIII e XXVI.
O Sistema Interamericano de Direitos Humanos não pode substituir a justiça dos Estados signatários, nem complementá-la. É só um sistema subsidiário. Isto significa que só tem competência ante um caso de comprovada inatividade da justiça do Estado signatário, em causas qualificadas como de lesa-humanidade. O caso do Palácio da Justiça de Bogotá não pode ser objeto de atuações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, nem da Corte Interamericana de Direitos Humanos, pois a justiça colombiana funciona e executa processos sobre esse episódio e estes não chegaram à sua fase culminante.
Talvez essa acumulação de anomalias no Direito explique porque o “informe de fundo” da Comissão foi posto em circulação de maneira ilegítima: como a “filtração” de um documento que não pode ser dado a conhecer em sua integridade à opinião pública colombiana, como uma sentença secreta que, ao mesmo tempo, aspira a ter um impacto sobre o curso dos processos em Bogotá nos quais só os defensores do Palácio da Justiça foram acusados, privados da liberdade e condenados em primeira instância.
Isso explica os inúmeros erros de interpretação da imprensa colombiana sobre o que diz o informe de 132 páginas e sobre a confusão acerca das atribuições da Comissão Interamericana de Direitos Humanos e da Corte Interamericana de Direitos Humanos.
Para evitar tais erros e impedir que o “informe de fundo” da Comissão continue sendo utilizado por alguns como instrumento de linchamento midiático dos oficiais processados em Bogotá, o que não parece ser o objetivo da Comissão, rogo-lhe tornar público esse documento. Em caso contrário, rogo-lhe ter a amabilidade de advertir publicamente que o revelado pela imprensa colombiana nestes dias acerca da Comissão Interamericana de Direitos Humanos não tem nenhuma validade, pois encontra-se, como a senhora diz, “em uma etapa processual confidencial”.
Rogo-lhe fazer chegar uma cópia dessa carta aos sete magistrados que compõem a Comissão - Dinah Shelton, José de Jesús Orozco Henríquez, Rodrigo Escobar Gil, Felipe González, Tracy Robinson, Rosa María Ortiz e Rose-Marie Belle Antoine - que talvez não estejam inteirados do grande mal-estar que a publicação desse informe “confidencial” causou na Colômbia.
Cordialmente,
Eduardo Mackenzie
Jornalista

From: Rivero, Maria Isabel
Sent: Saturday, January 21, 2012 9:09 PM
To: Eduardo Mackenzie
Subject: RE: solicitação de um informe sobre a Colômbia
Estimado Eduardo:
O Estado obviamente teve oportunidade de se defender. Não uma vez, senão todas as vezes que quis apresentar informação e documentação, ao longo de todos os anos que durou o processo. Além disso, foi o Estado quem filtrou à imprensa o informe de fundo, segundo o que nos informaram os meios de comunicação que o publicaram.
As duas partes do processo foram muito ativas e participaram de todas as etapas processuais. As duas partes em um caso ante o sistema interamericano são os peticionários e o Estado.
A CIDH nunca emite nenhuma decisão sobre admissibilidade nem fundo de um caso sem participação de ambas as partes. Seria uma violação da Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que é a que os Estados aprovaram e é onde se estabelece como se processa uma denúncia na CIDH.
Convido-o a se informar primeiro sobre como é o processamento de um caso na CIDH lendo ao menos os documentos básicos do sistema interamericano de direitos humanos, disponíveis emhttp://www.oas.org/es/cidh/mandato/documentos_basicos.asp. Certamente, se depois de lê-los lhe ficarem dúvidas, continuo à sua inteira disposição para qualquer consulta que deseje realizar.
Saudações cordiais,
Maria Isabel


Tradução: Graça Salgueiro

Jovem é resgatada três dias depois de carro cair em barranco em SP


Com fraturas e debilitada, vítima não conseguiu sair do local do acidente para pedir ajuda

30 de janeiro de 2012 | 14h 42

Chico Siqueira e Priscila Trindade - Estadão.com.br - atualizado às 17h43
SÃO PAULO - Após esperar por três dias, uma jovem de 19 anos foi resgatada após perder o controle do veículo em que estava e cair em um barranco às margens da Rodovia Eliéser Montenegro Magalhães, nas proximidades do município de Populina, no interior de São Paulo, na divisa com Minas Gerais.
Jovem foi encontrada dentro da água - Dario Stecker dos Santos/AE
Dario Stecker dos Santos/AE
Jovem foi encontrada dentro da água
A comerciária Caroline Laila Soares, de 19 anos, tinha ido visitar um amigo em Jales (SP), na noite de quinta, quando dormiu no volante e perdeu o controle do carro, um Fiat Uno, que saiu da pista, capotou numa ribanceira e caiu no córrego. Ela conseguiu se soltar do cinto e descer se arrastando do carro, mas fraturas e ferimentos em diversas partes do corpo, a impediram de ir até a pista pedir socorro.
Durante três dias, ela bebeu água do riacho para sobreviver. No começo da noite de domingo, um funcionário de uma usina que tinha ido à rodovia esperar a carona de um amigo, ouviu os gritos e chamou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência(Samu) e o Corpo de Bombeiros, que chegaram ao local às 20 horas.
Caroline foi socorrida e encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Fernandópolis, onde permanece internada. Segundo a enfermeira Irislene Maldonado, primeira profissional das equipes de resgate a chegar no local, a moça foi encontrada deitada no córrego, com água até os ombros, com hipotermia, fratura na perna esquerda e hematomas por todo o corpo.
Ela recebeu medicação intravenosa ainda no local e foi coberta com mantas térmicas para combater a hipotermia. "Ela estava muito debilitada e não sei como conseguiu sobreviver porque a água estava muito fria", contou. "Tivemos de usar de técnicas de salvamento com rapel para retirarmos a vitima de lá", disse o 2º tenente Cássio Koitsi, comandante da base de Corpo de Bombeiros de Fernandópolis.
Segundo ele, o local que a moça caiu, de uma altura de aproximadamente 10 metros, tinha pouca visibilidade, devido a uma mata, por isso ninguém conseguiu ver o carro dela tombado verticalmente dentro do córrego. "Ela também tinha pouca força, ela gritava, mas ninguém escutava os gritos", afirmou.

Deputado federal morre em acidente de trânsito no Paraná



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DE CURITIBA
O deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR) morreu na tarde desta segunda-feira (30) vítima de um acidente de trânsito na PR-239, perto do município paranaense de Assis Chateaubriand (574 km de Curitiba).
O acidente ocorreu por volta das 17h. Segundo sua assessoria, Micheletto estava sozinho em seu Corolla, que bateu contra uma caminhonete. O deputado, que morreu na hora, viajava até um sítio que mantinha no oeste do Estado.
Alan Marques - 2.jun.2006/Folhapress
O deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR)
O deputado federal Moacir Micheletto (PMDB-PR)
Agrônomo, Micheletto tinha 69 anos, era filiado ao PMDB desde 1982 e definia a si mesmo como "a voz da agricultura" --ele era coordenador político da Frente Parlamentar da Agropecuária.
Em 2007, seu nome foi cogitado pelo partido para ocupar o Ministério da Agricultura, no segundo governo de Lula, mas a indicação não foi levada pela cúpula do PMDB ao presidente.
O político estava em seu quarto mandato como deputado federal (antes, havia assumido a cadeira de deputado na condição de suplente por duas vezes, em 1993 e 1997).
No lugar de Micheletto, assume o também peemedebista Odílio Balbinotti (PMDB-PR), 70, ex-deputado federal por quatro mandatos.
Tal como Micheletto, Balbinotti também é vinculado à bancada ruralista e havia sido cogitado como ministro da Agricultura, em 2007, mas desistiu depois da revelação de suspeitas de irregularidades.

GRAVÍSSIMO Engavetamento na Flórida mata cinco brasileiros



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Atualizado às 14h23.
Ao menos cinco brasileiros morreram em um grave acidente que matou dez pessoas de deixou 18 feridas no estado americano da Flórida neste domingo (29).
Os brasileiros estavam na cidade de Gainesville, próxima a Orlando, para participar de uma conferência evangélica. Eles representavam a igreja Ministério Internacional da Restauração.
Segundo o apóstolo Renê Terra Nova, as vítimas pertenciam à mesma família e apenas uma adolescente de 15 anos sobreviveu, mas foi internada em estado grave com ferimentos no braço e hemorragia.
Morreram no acidente o casal de pastores José Júnior do Carmo e Adriana do Carmo, a filha deles Letícia --todos moradores de Atlanta --além de um irmão do pastor e sua mulher.
Matt Stamey-29.jan.12/Associated Press
Equipes de resgate trabalham em estrada onde acidente múltiplo deixou ao menos 10 mortos na Flórida
Equipes de resgate trabalham em estrada onde acidente múltiplo deixou ao menos 10 mortos na Flórida
O consulado brasileiro em Atlanta afirmou ter sido procurado, mas não confirmou as identidades nem o número de vítimas brasileiras.
A conferência evangélica foi realizada em Orlando de quinta-feira até a noite de sábado (28), e contou com a participação de brasileiros e americanos --o evento foi realizado em inglês e português.
ACIDENTE
O acidente envolveu pelo menos 6 veículos pesados e 12 carros de passeio nos dois sentidos da rodovia I-75, que corta a Flórida de norte a sul. Muitos veículos ficaram presos uns aos outros, e alguns foram tomados por incêndios.
De acordo com a Patrulha de Estradas da Flórida, o engavetamento pode ter sido provocado pela falta de visibilidade na estrada. Um incêndio florestal ocorrido na região provocou muita fumaça, e a situação foi agravada pela neblina.
"Você podia ouvir os carros bater uns nos outros. As pessoas estavam chorando. As pessoas estavam gritando. Foi uma loucura ", disse o motorista Steven Camps, 23, que sobreviveu ao acidente. "Se eu pudesse lhe dar uma ideia do que parecia, eu diria que parecia o fim do mundo."
Camps disse que seu carro foi atingido duas vezes, mas ele e outro amigo conseguiram saltar para fora e se esconder na grama do acostamento. "Foi acontecendo nos dois lados da estrada, então não havia para onde ir."
O resgate dos corpos e vítimas também foi prejudicado pelas fumaça e neblina. Quando os bombeiros chegaram, tiveram que se guiar pelos gemidos para encontrar as vítimas, que estavam espalhadas por mais de 1,5 km de destroços.
Oficiais informaram que a rodovia havia sido fechada momentos antes do primeiro acidente e reaberta quando a visibilidade melhorou. O tenente Patrick Riordan, porta-voz da Patrulha Rodoviária da Flórida, disse que não tinha certeza de quanto tempo se passou entre a reabertura e o acidente.
Investigadores locais tentam determinar se o incêndio que provocou a fumaça foi intencional, já que não houve queima controlada na área e nenhum registro de queda de raios.
As pistas da rodovia haviam sido reabertas na noite de ontem, mas as autoridades fecharam a estrada novamente hoje de manhã devido à baixa visibilidade.

Wando passa por cirurgia cardíaca e seu estado "é gravíssimo"


Do UOL, no Rio
  • Almeida Rocha/Folhapress
    O cantor Wando faz temporada no bar da Brahma (17/6/2010)
    O cantor Wando faz temporada no bar da Brahma (17/6/2010)
O cantor Wando, de 66 anos, passou por uma cirurgia cardíaca e está na UTI do hospital Biocor em Nova Lima, região metropolitana de Belo Horizonte. A informação foi confirmada na manhã desta segunda-feira (30) pela assessoria de imprensa da unidade, que adiantou que o estado de Wando “é gravíssimo”.
Segundo boletim médico divulgado pela assessoria do hospital, Vanderley Alves dos Reis - nome completo de Wando - foi internado na última sexta-feira (27) com problemas cardíacos graves. Ele foi submetido a uma angioplastia coronariana em caráter de urgência para desobstrução das artérias do coração. No momento, está na UTI, sob efeito de sedativos, e respira com ajuda de aparelhos.
Wando começou a lidar com música aos 20 anos de idade, em Minas Gerais, onde nasceu. Ele formou uma banda na cidade de Congonhas e com ela tocou em bailes e festas da região. Mais tarde, passou a compor as próprias músicas, alcançando sucesso com “Nega de Obaluaê”, de sua autoria.
Seu início de carreira foi pontuado pela gravação de sambas compostos por ele próprio e outros de compositores desconhecidos. No entanto, do segundo disco em diante, fez uma opção clara pelo repertório romântico-brega, recheado de canções com conteúdo sensual e erótico. Um de seus maiores sucessos é “Fogo e Paixão”.

Wando exibe as calcinhas que joga para as fãs em seus shows

Foto 3 de 11 - Cantor Wando exibe calcinha vermelha com seu nome antes de subir ao palco em São Paulo (17/6/2010) Almeida Rocha/Folhapress
Seus discos têm títulos sugestivos como “Ui-Wando de Paixão”, “Vulgar” e “Comum É Não Morrer de Amor”, “Obsceno”, “Depois da Cama”, “Tenda dos Prazeres” e “Mulheres” – que lhe rendeu o título de cantor mais erótico do Brasil.
Os cenários de seus shows são, em geral, banheiras, camas e haréns. Wando também é conhecido por distribuir calcinhas perfumadas ao público feminino.