terça-feira, 31 de julho de 2012

Foro de SP: "a paz das FARC só chegará quando a guerrilha estiver no governo"



Não é coisa de delírio. Há alguns dias, NTN24 entrevistou o deputado venezuelano Rodrigo Cabezas, coordenador do Foro de São Paulo (FSP) em Caracas que, ante a pergunta de por que as FARC continuavam vinculadas como um dos membros fundadores do Foro de São Paulo, uma entidade que tem partidos de governo em países amigos da Colômbia, respondeu que só estavam como delegados oficiais de nosso país os representantes do Polo Democratico Alternativo.
Bem, isso deveria nos tranqüilizar. Saber que as FARC não participaram como delegados oficiais, embora continuassem figurando como membros fundadores do FSP, e que o Polo Democratico Alternativo esteve lá representando esses interesses, é uma brisa de esperança para o povo colombiano, diariamente golpeado - e de morte - pelos terroristas farianos que, entre outras coisas, têm o costume de apoiar candidaturas do Polo Democratico.

Governo só negocia se caminhoneiros pararem bloqueios



Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos, o governo está sensível às reivindicações da categoria, mas só negocia se bloqueios terminarem 

31 de julho de 2012 | 15h 40

Anne Warth, da Agência Estado
BRASÍLIA - O governo não vai negociar com os caminhoneiros parados, informou o presidente da Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), Diumar Bueno, após se reunir com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos. Segundo Bueno, o ministro sinalizou que, se o movimento for encerrado, haverá uma nova reunião com a categoria no dia 8 de agosto. "O governo não vai negociar com grevistas. Há necessidade de desobstrução das rodovias", afirmou. "O governo está sensível às nossas reivindicações e acha possível atender a algumas delas, mas só se os bloqueios forem retirados."

Bueno afirmou nesta terça-feira que os caminhoneiros estão sendo coagidos por uma minoria que decidiu aderir à greve da categoria. "A maioria dos caminhoneiros está sendo obrigada a parar nos bloqueios, sob ameaças e agressões", afirmou. De acordo com Bueno, a greve não teve adesão geral, mas os pontos de bloqueio estão montados em pontos de grande visibilidade e movimentação de cargas, principalmente no Rio de Janeiro e no Paraná. No Rio, seriam 3 mil caminhoneiros parados, em um universo de mais de um milhão de caminhoneiros autônomos.

O sindicalista questionou a representatividade do Movimento União Brasil Caminhoneiro (MUBC), que lidera a greve. "É um movimento desorganizado, que não representa a categoria. Quem financia esse movimento? Os caminhoneiros autônomos estão sendo enganados", disse, sugerindo que alguns empresários do setor estariam financiando o movimento. "Não apoiamos a greve. O movimento está denegrindo a imagem dos caminhoneiros", afirmou, ressaltando que três caminhoneiros já morreram desde o início do movimento.

Também contrário à greve, o presidente da União Nacional dos Caminhoneiros (Unicam), José Araújo da Silva, conhecido como China, pediu ajustes na lei que extingue a carta-frete. "Os grevistas defendem o fim desse mecanismo, mas nós achamos que a lei deve ser ajustada, e não revogada. O governo está disposto a abrir uma audiência pública para discutir isso. Não há necessidade de parar o País por isso", afirmou.

A Unicam reivindica ainda que o Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), taxa criado pela ANTT , seja paga também pelas empresas, e não apenas para os autônomos, como é feito hoje. Silva pede ainda que o prazo de vigência da lei que estabelece a jornada e o tempo de descanso para caminhoneiros seja prorrogado por 180 dias. Desde ontem, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) está aplicado multas aos caminhoneiros que não descansarem 11 horas a cada 24 horas e pararem meia hora a cada quatro horas na direção. China defende ainda a construção de pontos de apoio aos caminhoneiros a cada 200 quilômetros nas estradas. O artigo do projeto de lei que dispunha sobre essa questão foi vetado pela presidente Dilma Rousseff
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Cristina Kirchner, a “Loca”, mobiliza agora presidiários para sua tropa de choque fascistoide





Em maio deste ano, a VEJA publicou uma reportagem de Tatiana Gianini sobre o Grupo La Cámpora, criada por Máximo,  filho de Cristina e Néstor Kirchner, para atuar, literalmente, como tropa de choque do governo. Trata-se de uma organização de caráter fascitoide que tem o claro objetivo de intimidar opositores e a imprensa e de mobilizar fanáticos para perseguir os “inimigos”. Cristina, é visível, caminha para o buraco. E vai arrastando junto o país. Agora se descobre que sua administração está mobilizando presidiários para participar de manifestações governistas. Leiam trecho de texto de Janaina Figueiredo no Globo Online. Volto em seguida:
Apanhada no centro de um escândalo desencadeado pela divulgação de vídeos que mostram presos participando de atos políticos organizados por grupos vinculados ao kirchnerismo, a Casa Rosada tentou nesta segunda-feira minimizar o impacto de uma denúncia que já chegou aos tribunais portenhos. O ministro da Justiça, Julio Alak, assegurou que os presos obtiveram autorização judicial para presenciar “eventos culturais”. Porém, imagens divulgadas pelo jornal “Clarín” provam que os detentos estiveram em reuniões políticas convocadas por movimentos de jovens kirchneristas.
Nesta segunda-feira, partidos opositores anunciaram a decisão de apresentar uma denúncia penal contra o chefe do Serviço Penitenciário Federal, Víctor Hortel. No Congresso, a bancada opositora exigiu que o ministro da Justiça dê explicações.
(…)
As informações publicadas pelo “Clarín” foram confirmadas pelo ex-dirigente kirchnerista Sergio Schoklender, que este ano passou quase dois meses detido por um caso de fraude ao Estado. Segundo ele, até pouco tempo um forte aliado do governo, o movimento La Cámpora — fundado e liderado por Máximo, filho mais velho da presidente Cristina Kirchner — tem cada vez mais poder em prisões de Buenos Aires, onde “está organizando forças de choque”. Deputados da oposição confirmaram ainda a realização de inspeções nas principais penitenciárias da capital para averiguar a influência dos jovens K.
O caso que provocou mais debate foi o do músico Eduardo Vázquez, ex-baterista do grupo Callejeros, condenado a 25 anos de prisão pela morte da mulher. Em 24 de junho, pouco tempo após o fim de seu julgamento, ele tocou num encontro do polêmico Vatayón Militante, grupo cujos integrantes se dizem peronistas e soldados de Cristina. Contrariando a versão oficial, o próprio advogado do músico negou ter solicitado permissões para que ele pudesse presenciar encontros políticos ou culturais.
Segundo o “Clarín”, nos últimos meses dezenas de presos foram vistos em atos políticos kirchneristas. A Casa Rosada argumentou que todos contaram com a devida autorização e que se tratava de eventos culturais. O governo e seus aliados acusaram o “Clarín” e setores da direita de estarem por trás de uma nova “operação” contra a presidente. “Tudo faz parte de uma política de reinserção dos presos na sociedade, que tem resultados positivos”, argumentou o senador e ex-chefe de Gabinete Aníbal Fernández.
(…)
VolteiAssim caminha a democracia em nosso continente. Ontem, o Estadão trouxe umartigo de Juan Forrero, publicado originalmente no Washington Post, cujo título é “Novos autoritários na América Latina”. Trata justamente da prática de governos latino-americanos que, embora tenham chegado ao poder por intermédio das urnas, sabotam a democracia de modo sistemático. O texto observa que as duas democracias mais “vibrantes” do continente, a dos EUA e a do Brasil, não estão nem aí; são omissas a respeito.
Bem, “omissa” certamente é a americana, com Barack Obama, o “progressista” de manual. O governo brasileiro é bem mais do que isso: é conivente com todos os arreganhos autoritários desses tiranetes. Hugo Chávez veio ao Brasil para tratar de seu ingresso no Mercosul, patrocinado justamente por Dilma Rousseff e Cristina, a “Loca”, que agora passou a mobilizar presidiários para a sua tropa de choque.
Não por acaso, todos os autoritários se mobilizaram em defesa de Fernando Lugo quando foi deposto, segundo as regras da Constituição, pelo Parlamento. Afirmei então que os autoritários do continente estavam, na verdade, atuando em defesa própria. Reivindicam, na prática, o direito de sabotar a democracia.
Por Reinaldo Azevedo

Dois dias depois de tentar atingir ministro do Supremo, máfia resolve atacar a VEJA. Quem será o próximo? O procurador-geral da República?





Faz dois dias, veio a público aquilo que deveria ser uma “bomba” contra Gilmar Mendes: uma suposta lista de gente que teria recebido propina de Marcos Valério. A estrovenga teria sido elaborada em março de 1999 e, pasmem!, assinada por Marcos Valério. Vale dizer: o empresário não só admitiria o crime — no caso, corrupção ativa — como ainda assinaria embaixo. Gilmar aparece ali, em março de 1999, como titular da AGU. Ele só foi indicado para o cargo em janeiro do ano seguinte. Na lista, também está o agora senador Delcídio Amaral (MS), um petista. Mas não um petista qualquer: foi presidente da CPMI dos Correios, que apurou uma boa parte da lambança dos mensaleiros. Em 1999, ele nem havia se candidatado ainda a cargo eletivo. Por que alguém se interessaria em, digamos, comprá-lo? Isso fala sobre a seriedade da lista. A “bomba” falhou. Armada por ineptos.
O artefato explosivo desta segunda envolve Andressa, a mulher de Carlinhos Cachoeira, e o juiz federal Alderico Rocha Santos. A história que veio a público, se verdadeira fosse, atingiria em cheio a imagem da VEJA e do jornalista Policarpo Júnior. Mas se trata, evidentemente, de uma armação estúpida. Quem está por trás e com quais propósitos é algo que terá de ser apurado na instância adequada. Vamos ver. A história já começa toda errada.
Segundo Rocha Santos, Andressa insistiu em falar com ele mesmo sem a presença dos seus (dela) advogados. Tanto ela fez, diz, que ele acabou concordando. Já aí, dados os antecedentes da turma, não é doutor?, está dando um primeiro mau passo. Mas ele se precaveu. Só aceitou receber Andressa na presença de uma assessora sua. Tá. Digamos. No curso do bate-papo, ela alega que tem questões pessoais a tratar, que dizia respeito à sua vida pessoal. Solicitou que a assessora saísse, com o que o doutor Rocha Santos concedeu.
O segundo mau passo — este, então, impensável. Se não me engano, e não me engano, este juiz substitui um outro, que se disse ameaçado pela quadrilha de Cachoeira. Considerando que o doutor Rocha Santos não é consultor sentimental, não é conselheiro matrimonial nem pertence à Vara da Família, o que Andressa teria a lhe dizer ou informar que não devesse ser feito pelos trâmites normais? Àquela altura, tudo ali era anormal. Ele tem fama de rigoroso, e nada sei que o desabone. Nesse caso, o procedimento não foi o melhor, certo?
Segundo a versão do juiz, ela então lhe disse que Cachoeira teria contratado Policarpo, da VEJA, para fazer um dossiê contra ele. Caso seu marido não fosse beneficiado por um habeas corpus, o dossiê seria tornado público. É mesmo, é?
Vamos ver…Numa história que começou toda errada e continuou no erro, o desfecho não poderia mesmo ser grande coisa. O juiz oferece, como evidência de que Andressa esteve com ele e fez a chantagem, imagens de sua presença no prédio da Justiça Federal e um papel em que ela escreveu três nomes que o implicariam em coisas suspeitas. Encaminhou na quinta-feira um relato do que teria acontecido ao Ministério Público. A mulher de Cachoeira prestou depoimento à PF e terá de pagar fiança de R$ 100 mil; caso contrário, pode ter a prisão preventiva decretada.
O papel dos safados é mesmo tentar manchar a reputação das pessoas honradas. Acompanhamos, desde o início da CPI do Cachoeira, as sem-vergonhices que se tentaram contra VEJA, em particular contra Policarpo. Quem não se lembra das supostas 200 ligações havidas entre o jornalista e o bicheiro? Eram duas… Ainda que fossem 2 mil, elas provariam o quê? Provado está, dada a transcrição das gravações, que lá estava um jornalista em busca de informação.
Digo, pois, com alguma ironia, que os vagabundos cumprem o seu papel ao acusar a revista e seu jornalista de conspirações dessa natureza, mas abusam da estupidez dos que lhes dão crédito ao inferir, então, que ambos são idiotas. Por óbvio, nem um nem outro se dariam a tal desfrute. Mas digamos que sim; digamos que essa fosse a ética vigente por aqui. Só tomados por rematada imbecilidade VEJA e Policarpo correriam esse risco, dado o ambiente intoxicado.
Não, não! Eles sabem que revista e profissional são decentes e não fazem esse tipo de jogo sujo. Sabem também que não estão lidando com idiotas. Mas apostam, sim, tudo na ignorância daqueles que lhes dão crédito. VEJA já deu início aos devidos procedimentos legais. O chiqueiro financiado por dinheiro público, no entanto, faz a festa e se encarrega de tratar a história como se verdade fosse.
Quem e o quê estão por trás disso? Qual é a hipótese?Começo pelo “quê”. É evidente que se trata de mais um passo na inútil tentativa da canalha de atacar a VEJA. O resultado tem sido contraproducente. Mais eles batem e rosnam, mais a revista e produtos jornalísticos a ela associados se consolidam como referência de milhões de pessoas. Não se conformam.
Não posso dizer com certeza de “quem” é a mão que balança o berço. Posso, no máximo, estabelecer alguns caminhos lógicos. Descarto, por exemplo, que Dona Andressa tenha tido só uma ideia infeliz: “Vou lá, chantageio o juiz, uso o nome da VEJA, ele fica com medo e faz o que eu quero. E vou fazer isso sozinha”. Não, acho que não! Até porque a moça é formada em direito. Pode não ser uma “jurista”, mas idiota não é.
Vamos cuidar aqui de uma hipótese, e tenho o direito de levantar algumas. Tudo tendo ocorrido como relata o juiz, não estaria querendo Andressa provocar justamente o efeito que provocou? Poderia alguém, com pleno conhecimento da parte pantanosa da Justiça e da polícia, ter convencido o senhor Cachoeira de que o preço de uma aliviada na situação é botar VEJA na linha de tiro? Não sei se foi assim; não estou dizendo que tenha sido assim, mas sustento que se trata de algo absolutamente plausível. Afinal, como diz a canalha mensaleira (sim, ela mesma!), “VEJA tem de ir para o banco dos réus”. A revista incomoda os candidatos a tiranetes do Brasil.
Sou lógicoSou uma pessoa lógica. Tenho claro que nada disso estaria acontecendo sem os dois maus passos dados pelo juiz Rocha Santos. Na presença de seus advogados, certamente Andressa não faria o que fez. Acho que o doutor Márcio Thomaz Bastos, que defende Cachoeira, não endossa esses procedimentos. Ou estou enganado? Também não teria acontecido se a assessora do meritíssimo tivesse testemunhado toda a conversa. Se tudo aconteceu como o relatado,  foi a conveniência de um encontro privado que permitiu o assédio e a divulgação de uma mentira asquerosa.
VEJA vai cobrar na Justiça o agravo. É o que lhe cabe fazer. E vai continuar a noticiar o que tem de ser noticiado. No sábado, houve a tentativa de intimidar um ministro do Supremo; na segunda, um ataque à revista. Comecei a contagem regressiva para que surja uma “bomba” contra o procurador-geral. E assim vai.
O país está sendo assombrado por uma máfia. Denunciá-la, combatê-la e condená-la — viram, senhores ministros do Supremo? — é um dever moral, ético e legal.
Texto originalmente publicado às 19h34 desta segunda
Por Reinaldo Azevedo

PF deflagra busca em ONG e empresas de ex-jogadora Karina Rodrigues


Operação Gol de Mão apura desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte

31 de julho de 2012 | 9h 47


Ricardo Brandt - O Estado de S.Paulo
CAMPINAS - A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 31, uma operação de busca e apreensão na residência da ex-jogadora de basquete Karina Rodrigues, na sede da organização não-governamental (ONG) 'Pra Frente Brasil', gerenciada por ela, e em outros cinco endereços que seriam usados por empresas fantasmas e laranjas, nas cidades de Jaguariúna e Pedreira, interior de São Paulo.
A Operação Gol de Mão, da PF e da Controladoria Geral da União (CGU), apura desvio de recursos do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. A ONG foi um dos pivôs do escândalo que derrubou no ano passado o então ministro Orlando Silva, do PC do B.
De 2007 a 2011, a entidade recebeu mais de R$ 30 milhões da União em convênios com municípios paulistas. As suspeitas são que boa parte desse dinheiro tenha sido desviado. Segundo a investigação, as contratações feitas pela ONG para implantar 180 núcleos de esporte educacional no Estado de São Paulo, promovendo a prática de esportes para 180 mil crianças, adolescentes e jovens, seriam direcionadas para empresas de parentes, pessoas ligadas à ex-atleta e para laranjas.
Nas investigações, constatou-se que os programas desenvolvidos pela entidade da ex-jogadora atendiam até cinco vezes menos crianças carentes do que o previsto nos convênios. O fornecimento de lanches também era fraudado por meio de uma empresa que está registrada no nome de um assessor de Karina, que é atualmente vereadora em Jaguariúna pelo PC do B. Ela não foi localizada. 

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    LULA CONFIRMA: O MENSALÃO EXISTIU

    MEC destaca redação que chama Venezuela de ditadura



    Agência Estado

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    Após mudar os critérios de correção da redação do próximo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), o Ministério da Educação (MEC) lançou nesta segunda-feira o guia de redação da prova com o objetivo de orientar os alunos. Uma das redações destacadas como bom exemplo de texto chama a Venezuela de "ditadura" e erra a grafia do presidente daquele país. O conteúdo já está disponível no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep): www.inep.gov.br.
    O guia, de 48 páginas, foi elaborado pela equipe da Diretoria de Avaliação da Educação Básica (Daeb) do instituto para esclarecer o que é um texto dissertativo-argumentativo, detalhar os critérios de correção e apresentar exemplos deprovas que conseguiram a pontuação máxima (1 mil pontos). O Enem está marcado para os dias 3 e 4 de novembro.
    Segundo a Pasta, serão rodadas inicialmente 1,7 milhão de cópias, que serão distribuídas até setembro para alunos eprofessores de escolas públicas do País.
    Em maio, o MEC anunciou mudanças na forma de correção da redação do Enem; a principal delas foi a redução da nota de discrepância de 300 para 200 pontos, o que vai levar a um aumento do número de textos que serão revisados. A Pasta também instituiu uma nota de discrepância dentro de cada uma das cinco competências da redação - superior a 80 pontos. "O filtro é muito mais rigoroso e agora está público e transparente o que se espera de cada competência, onde é avaliado, onde pode perder pontos, tanto o corretor quanto alunos sabem antecipadamente os parâmetros", disse o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em encontro com jornalistas.
    Uma das competências avaliadas é o domínio da norma culta da língua escrita. Logo no primeiro exemplo, o manual destaca a redação "O fim do Grande Irmão", feita por uma estudante do Rio de Janeiro. Ao comentar o uso indiscriminado das redes sociais, a aluna destaca que perfis em redes como Facebook e Twitter servem como "ferramenta política e social para aumentar a credibilidade de determinadas personalidades, como ocorre com Hugo Chaves em sua ditadura na Venezuela". O certo é Hugo Chávez. "A participante demonstra ter compreendido a proposta da redação e desenvolvido o tema dentro dos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo", diz o guia. "No desenvolvimento, são apresentados os argumentos que comprovam a opinião negativa da participante sobre a ação das redes sociais".
    O presidente do Inep, Luiz Cláudio Costa, disse que a estudante usou "a norma culta com perfeição" e aportuguesou o nome do presidente venezuelano. "A comissão entendeu que isso não dá para penalizar. Não é um erro que cause nenhum dano ao conhecimento da estudante", afirmou. Questionado se não causava constrangimentos ao governo destacar uma redação que chama de ditadura a Venezuela, Luiz Cláudio respondeu: "A redação não é avaliada pela sua ideologia. O Brasil é uma democracia que respeita a liberdade de expressão, respeitamos a posição política de cada estudante, independentemente de concordamos ou não".
    A partir deste ano, um acordo firmado com o Ministério Público Federal (MPF) permitirá que os estudantes tenham acesso às redações corrigidas apenas para fins pedagógicos. "O que estamos discutindo são os procedimentos de segurança para que (os alunos) tenham acesso. É um direito individual e isso tem de ser preservado, estamos construindo como vão ser os procedimentos", afirmou Mercadante.

    Em São Paulo, campanhas fazem guerra de representações jurídicas


    Advogados dos principais candidatos à Prefeitura de SP estimam mover, cada um, 400 representações contra seus oponentes até outubro

    30 de julho de 2012 | 3h 05

    Bruno Lupion, de O Estado de S.Paulo
    Entre a batalha da militância nas ruas, com bandeiras e carros de som, e a disputa pela empatia do eleitor no horário político em rádio e TV, há um terceiro front das campanhas que pode ser decisivo na vitória de um candidato: a guerra de representações jurídicas.
    Em São Paulo, os advogados dos principais candidatos à prefeitura estimam mover, cada um, cerca de 400 representações até outubro. Em sua maioria, pedidos para que a Justiça Eleitoral retire programas do ar, reduza os minutos de exposição dos adversários ou autorize a veiculação de direito de resposta.
    O ápice da disputa ocorre durante o horário eleitoral, quando os advogados assistem a todos os programas dos concorrentes para mapear ofensas ou o uso de técnicas vedadas pela lei, como montagem, trucagem ou computação gráfica. O trabalho, porém, começa antes da campanha, no momento de registro da candidatura, quando qualquer inconsistência pode ser fatal: nestas eleições, a Justiça já indeferiu o registro de 122 candidaturas a prefeito, 111 a vice-prefeito e 3.763 a vereador.
    Esse serviço não sai barato. Neste ano, o preço para prestar assessoria jurídica por três meses às maiores campanhas à prefeitura paulistana não é menor que R$ 1 milhão. Em 2008, Gilberto Kassab, então candidato pelo DEM, pagou pouco mais que isso ao escritório Malheiros, Penteado, Toledo, Almeida Prado, que hoje assessora a campanha de José Serra (PSDB). Geraldo Alckmin gastou R$ 750 mil com as bancas Mendes Advogados e Alckmin Advogados, e Marta Suplicy, R$ 450 mil com o escritório Silveira, Andrade Advogados, de acordo com as declarações à Justiça Eleitoral. Segundo os advogados, desde então o serviço valorizou-se bem acima da inflação, que foi de 24% no período, medida pelo INPC.
    A profissionalização da assessoria jurídica de campanha ganhou força a partir das eleições de 1998, as primeiras após a promulgação da Lei 9.504, que definiu regras gerais para todos os pleitos - até então, o Congresso Nacional aprovava uma lei específica para cada processo eleitoral. E o status do advogado de campanha cresceu junto com o aumento do peso do marketing político. Hoje, advogados e marqueteiros mantêm contato direto para definir o que pode ou não ir ao ar no horário eleitoral. Em casos mais sensíveis, o programa é submetido previamente à aprovação do jurídico.
    Insegurança. Se, na frente dos juízes, os advogados de cada candidato estão em lados opostos, na hora de comentar as leis eleitorais todos são unânimes: falta clareza nas normas e a há excesso de restrições à publicidade. Segundo eles, a resposta para um candidato que precisa saber se pode ou não fazer algo muitas vezes é: "Depende". O motivo seria a pulverização das normas em leis e resoluções diversas e a alta rotatividade dos juízes eleitorais, que cumprem mandatos de dois anos, renováveis por mais dois.
    "Há uma insegurança jurídica muito grande", resume Ricardo Vita Porto, que já advogou para Orestes Quércia e hoje está na equipe de Gabriel Chalita (PMDB). Hélio Silveira, que assessora Fernando Haddad e tem um histórico de serviços prestados ao PT, faz coro: "As regras são imprevisíveis".
    Os advogados também avaliam que os limites à publicidade eleitoral chegaram ao ponto de prejudicar a renovação política. Segundo eles, a proibição de pendurar cartazes em postes, distribuir camisetas e fazer showmícios esfria a disputa e resguarda quem está no poder. "Eleições não são um recreio de colégio de freiras do século 19. E não há democracia sem eleições", diz Ricardo Penteado, advogado de Serra.
    Ele afirma que, em cidades pequenas, onde os candidatos não têm acesso ao horário gratuito de rádio e TV, as campanhas minguaram e a influência da boca de urna aumentou. "Colocar um 'santinho' no poste é legal no mundo inteiro", reclama Everson Tobaruela, advogado de Celso Russomanno.
    Internet. O grande desafio para as assessorias jurídicas dos candidatos neste ano deverá ser o uso da internet para difamar ou atacar candidatos. A Justiça Eleitoral age rápido para tirar propagandas ofensivas do rádio e da televisão e autorizar o direito de resposta, mas o mesmo não ocorre com sites e vídeos hospedados em servidores fora do Brasil.
    Em 2010, Silveira defendeu a então candidata pelo PV à Presidência da República, Marina Silva, e se deparou com um site ofensivo hospedado nos Estados Unidos. Quando as providências foram tomadas, o estrago já estava feito.