sábado, 31 de dezembro de 2011

Mulher levada por enchente está desaparecida em Minas Gerais


PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE


Uma mulher de 74 anos, que foi levada pela enchente de um córrego em Minas Gerais, está desaparecida desde a tarde de sexta-feira (30) em Santo Antônio do Rio Baixo (176 km de Belo Horizonte).
Segundo informou a Cedec (Coordenadoria Estadual de Defesa Civil), a forte chuva que atingiu a cidade aumentou bastante e subitamente o volume do córrego, arrastando a casa em que Rita Vieira de Souza morava.
As buscas estão sendo feitas pelos bombeiros da unidade de Itabira.
Desde o início do período chuvoso, em outubro, a Defesa Civil já registrou ocorrências em 101 cidades mineiras, sendo que 44 decretaram situação de emergência.
Contagem e Ouro Preto informaram que vão decretar situação de emergência na próxima semana.
Contagem, município da região metropolitana de BH, foi atingida na última quarta-feira (28) por um temporal que destelhou casas, derrubou postes e árvores.
Em Ouro Preto desde meados de dezembro, há registros de deslizamentos de terra em encostas da periferia da cidade. Algumas casas foram destruídas e outras destelhadas.
Até o momento, a Defesa Civil registrou duas mortes. A primeira ocorreu em Reduto, no dia 28 de outubro. O motociclista Edmardo Pereira, 43, trafegava em sua moto por uma estrava vicinal durante uma tempestade e foi atingido pela queda de uma árvore. Em Governador Valadares, no dia 19 de novembro, Poliane Alves de Oliveira, 27, morreu após ser arrastada pelas águas de um rio.
PREVISÃO
Segundo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o tempo segue instável neste fim de semana para Minas. No domingo, primeiro dia de 2012, a tendência é de muita chuva em todas as regiões mineiras, devido à formação de uma área de baixa pressão próxima ao litoral do Rio de Janeiro.
De acordo com o balanço da Defesa Civil desde outubro, 9.365 pessoas ficaram desalojadas (saiu temporariamente de casa e não foi para um abrigo), 404 desabrigadas (perdeu a sua casa e está num abrigo), 32 feridos e duas morreram. Entre os danos materiais, os municípios contabilizam 2.420 casas danificadas e 84 destruídas, 71 pontes danificadas e outras 75 foram destruídas.

Desperdício de dinheiro público em 2011 com preparação para Copa chega a R$ 776 milhões


Gramado de R$ 500 mil do Castelão, em Fortaleza, virou jardim de prédio público
Gramado de R$ 500 mil do Castelão, em Fortaleza, virou jardim de prédio público
31/12/2011 - 06h01


Vinícius Segalla
Em São Paulo
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O desperdício de dinheiro público com os preparativos do Brasil para a Copa do Mundo de 2014 alcançou a cifra mínima de R$ 776 milhões em 2011. Esta é a soma do que foi gasto em oito episódios protagonizados pelos governos federal, estaduais e municipais em que foram consumidos recursos em obras que não saíram do papel, compras mal sucedidas, eventos privados pagos com dinheiro público e convênios irregulares com ONGs.
O Estado de Mato Grosso lidera a lista dos pouco atentos com os cofres estatais. Em uma só obra, uma linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), o dinheiro mal empenhado foi de R$ 700 milhões. É que a obra de mobilidade urbana original planejada para Cuiabá, uma das sedes da Copa, eram dois corredores exclusivos de ônibus (BRT - Bus Rapid Transit).
Era este o empreendimento planejado pelo Estado e previsto na Matriz de Responsabilidades da Copa, assinada em janeiro de 2010 pelo Ministério do Esporte e Estados e cidades-sedes do Mundial de 2014.
A escolha do modal aconteceu após a encomenda de estudos técnicos e teve a aprovação unânime de especialistas em transporte público de três universidades (USP, UFRJ e UFMT). Os políticos de Mato Grosso, porém, manobraram para que o projeto fosse substituído pela linha de VLT, elevando os custos para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o projeto original.
Em outro episódio no mesmo Estado, em novembro, o governo cancelou o contrato da obra de um teleférico na Chapada dos Guimarães, no valor de R$ 6 milhões, que estava sendo construído dentro do planejamento do Estado para a Copa do Mundo de 2014 (e com os recursos destinados a este fim) como equipamento que fomentaria o turismo na região. O equipamento seria construído a 67 quilômetros da capital Cuiabá, sede da Copa.
O contrato assinado em 2009 com a empresa Zucchetto Máquinas e Equipamentos Industriais, que construiria o teleférico, não sobreviveu a uma auditoria interna do Poder Executivo de Mato Grosso. A empresa, porém, já havia recebido R$ 600 mil do governo matogressense, e não irá devolvê-los aos cofres públicos. À Procuradoria Geral do Estado do Mato Grosso, cabe ingressar na Justiça para reaver os recursos.
Fialmente, ainda no pantanal, em novembro, um imbróglio envolvendo uma compra frustrada por parte do governo de Mato Grosso de dez veículos Land Rover equipados com radares móveis fez com que os cofres públicos do Estado sofressem um prejuízo de R$ 2,2 milhões.
Os carros, comprados junto a uma empresa brasileira que representa uma fábrica russa, tinham um custo total de R$ 14 milhões, e foram adquiridos pela Secopa-MT (Secretaria Especial da Copa). A justificativa era que eles seriam utilizados no patrulhamento da fronteira matogrossense com a Bolívia para reforçar a segurança brasileira durante o Mundial de futebol, em 2014. O negócio foi fechado em julho deste ano. Cada veículo sairia por R$ 1,4 milhão.
A aquisição, porém, de acordo com o TCE-MT (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso) e com o Ministério Público do Estado, foi feita com uma série de irregularidades, a começar por uma compra sem licitação injustificável, feita junto a uma empresa "constituída às pressas" e "sem nenhuma experiência comprovada", conforme descreve o relatório do TCE-MT sobre o caso.

Obras para a Copa de 2014

Foto 1 de 217 - Em imagem de 20 de dezembro de 2011, suportes para as arquibancadas começam a ser montados no Itaquerão Robson Ventura/Folhapress
Assim, no dia 4 de novembro, o governo de Mato Grosso resolveu cancelar a compra, e os veículos nem chegaram ao Brasil. O problema, porém, é que a Secopa-MT já havia feito o pagamento de R$ 2,2 milhões antes de receber as Land Rovers, a título de "cheque caução". Quando o negócio foi desfeito, a empresa não quis devolver o dinheiro, e os cofres públicos de Mato Grosso amargam o prejuízo.
Já no Rio de Janeiro, em julho, a Geo Eventos, empresa de eventos das Organizações Globo e do Grupo RBS, recebeu R$ 30 milhões do governo estadual e da prefeitura do Rio de Janeiro para organizar o sorteio preliminar das eliminatórias da Copa do Mundo de 2014.
A empresa foi contratada em regime de exclusividade pelo Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 para produzir a cerimônia. Quando foi ao mercado à caça de patrocinadores para bancar a festa, encontrou apenas dois: a prefeitura do Rio e o governo estadual. Cada um assinou um contrato de patrocínio no valor de R$ 15 milhões.
Ou seja, a Fifa, que era a dona da festa, não investiu qualquer quantia no evento, que foi feito pela Globo e pago integralmente com recursos públicos.
Também em julho, em Fortaleza (CE), o gramado do estádio do Castelão, que está sendo reformado para a Copa, virou jardim de prédios públicos e relvado de campo de "pelada" de soldados da Polícia Militar. O gramado havia sido adquirido pelo Estado em dezembro de 2009, a um custo de R$ 500 mil.

R$ 600 MIL PELO RALO

  • Arte/UOL
    A ideia de construir um teleférico na Chapada dos Guimarães acabou em nada, a não ser um prejuízo de R$ 600 mil ao contribuinte de Mato Grosso.LEIA MAIS
O governador de Mato Grosso, Silval Barbosa (esq), junto com o secretário da Secopa, Éder Moraes, foI até a Rússia em julho conhecer as Land Rovers. Gostaram, mas não consultaram o Ministério da Defesa para efetuar a compra.LEIA MAIS
À época, as autoridades públicas justificaram o investimento com argumento de que tratava-se de um tipo de gramado com alta maciez e que requer manutenção apenas a cada dez anos. Não durou nem dois anos.
Em setembro, foi a vez de Minas Gerais e Belo Horizonte abrirem os bolsos públicos. Estado e prefeitura uniram forças para patrocinar uma festa comemorativa para os mil dias que faltavam para a Copa, no dia 15 daquele mês.
O povo mineiro bancou a festa, orçada em R$ 650 mil, que contou com jantar de gala para cartolas da Fifa e políticos do Brasil, apresentações musicais e contratação de agências de marketing e empresa de segurança.
Por fim, o governo federal deixou seu quinhão de desperdício, avaliado em mais de R$ 42 milhões, através de convênios com associações que foram reprovados por órgãos de fiscalização e projetos que não produziram resultado algum, além de prejuízo.
Em setembro, o programa do Ministério do Turismo "Bem Receber Copa", que visava elaborar treinamentos e cursos para recepcionar os milhares de turistas no Mundial através de convênios com entidades privadas, foi suspenso por ser alvo de investigações que indicavam desvio de recursos públicos.
A Polícia Federal acredita que houve desvio de dois terços dos R$ 4,4 milhões destinados pelo Ministério ao Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).
No mesmo mês, quatro funcionários do Ministério do Esporte foram pegos pelos auditores do  Tribunal de Contas da União por descumprirem a lei de licitações 8666/93. Os auditores do TCU pediram que os funcionários fossem multados por terem autorizado pagamentos a quatro empresas do Consórcio Copa 2014 sem ordens de serviço e, pior, sem relatório detalhado do trabalho realizado.

Avanços e falhas na preparação das cidades-sedes

Foto 12 de 12 - São Paulo Arte UOL
Os funcionários também autorizaram pagamentos de despesas não previstas no edital, como passagens aéreas dos consultores contratados, computadores, hotéis. A exceção custou R$ 700 mil. O Consórcio Copa 2014 foi contratado em licitação de julho de 2009 para dar “suporte de gerenciamento ao Ministério do Esporte”.
O caso foi agravado porque, após auditoria do TCU, o Ministério do Esporte decidiu aumentar o valor do contrato de prestação de serviços em quase 80%. Como se não bastasse, as empresas felizardas renovaram o contrato até julho de 2013.
O custo do serviço foi orçado em R$ 13,1 milhões em 2009 e em 2011, graças a aditivos, o preço saltou para R$ 24 milhões. No total, as empresas vão ganhar cerca de R$ 40 milhões, se não houver mais aumentos, e ninguém explicou ainda quais são efetivamente os serviços prestados nem por que o valor final ficou tão acima do previsto inicialmente.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Cinema nos EUA tem menor público desde 1995


Desastres do ano: "O Diário de um Jornalista Bêbado", com  Johnny Depp: feito com US$ 45 milhões, arrecadou US$ 21 milhões
Apertem os cintos, o público sumiu!
2011 foi como um filme de terror para os estúdios de cinema americanos.
A indústria estima terminar o ano com 1,28 bilhão de ingressos vendidos na América do Norte, uma queda de quase 5 por cento em comparação a 2010.
É o segundo ano seguido que o número cai e o mais baixo desde 1995.
As contas são do site especialista em bilheteria Hollywood.com.
Desastres do ano: "The Big Year", com Steve Martin: feito com US$ 41 milhões, arrecadou US$ 7 milhões
Apesar dos ingressos caros, a arrecadação também diminuiu.
As vendas do ano devem ficar meio bilhão abaixo das vendas de 2010, em cerca de US$ 10 bilhões, uma queda de 4 por cento.
Os motivos para o sumiço do público das salas de cinema são vários e se repetem.
Desde 2002 a venda dos ingressos vem caindo (naquele ano, foram vendidos 1,6 bilhão de tíquetes).
Um deles são os ingressos mais caros. O preço médio é US$ 7,96 (cerca de R$ 14).
Mas no cinema mais perto da minha casa, em Hollywood, custa US$ 16 (cerca de R$ 28).
Segundo Paul Dergarabedian, do Hollywood.com, o preço subiu mais de 80 por cento desde 1995.
Desastres do ano: "Noite de Ano Novo", com grande elenco, incluindo Bon Jovi (!): feito com US$ 56 milhões, arrecadou US$ 54,9
Vale lembrar uma passagem do livro “O Grande Filme”, de Edward Jay Epstein.
Ele diz que, em 1947, quando o cinema era o principal meio de entretenimento pago dos americanos, 90 milhões iam aos cinemas semanalmente e pagavam 40 centavos por ingresso (isso mesmo, centavos!).
Bom, hoje tem Netflix, videogames, ótimos seriados na TV aberta e fechada. A concorrência é cruel.
E, claro, o principal motivo, os filmes não são mais os mesmos...
Como lembra David Germain, da agência AP, os estúdios não conseguiram emplacar neste ano nenhum filme de animação ou adaptação de história em quadrinhos que ultrapassasse a marca dos US$ 200 milhões nas bilheterias.
“Cowboys & Aliens”, uma das grandes apostas do ano, baseada numa HQ e com Harrison Ford e Daniel Craig, foi uma das maiores bombas do ano. 
Desastres do ano: "Cowboys & Aliens", feito com US$ 163 milhões, arrecadou US$ 178 milhões
Roger Ebert, o crítico que tem uma resposta para tudo, listou os seis principais problemas para a queda de audiência.
O último é “falta de opção”. Somos bombardeados de blockbusters, mas queremos mais "filmes de arte", até mesmo em cidades pequenas dos EUA, ele diz.
Prova disto, segundo Ebert, é que entre os cinco filmes mais populares do Netflix no dia 28 estavam o iraniano “Certified Copy”, de Kiarostami, o francês “Love Crime” e o sueco “Os Homens que Não Amavam as Mulheres”.
De fato, o que eu mais sinto falta nos cinemas aqui nos EUA é opção de filmes “gringos”, europeus, latinos, asiáticos. Há, claro, inúmeros festivais, cinematecas e exibições especiais.
Mas a verdade é que em São Paulo eu via mais cinema estrangeiro do que aqui, na “meca do cinema”. 
Desastres do ano - "Happy Feet 2: O Pinguim", feito com US$ 135 milhões, arrecadou US$ 115 milhões
Desastres do ano - "Conan, o Bárbaro", feito com US$ 90 milhões, arrecadou US$ 48 milhões
Escrito por Fernanda Ezabella às 18h08

De Niro faz sem-teto perturbado em novo filme

Ontem no cinema vi o trailer do novo filme de Robert De Niro, "Being Flynn", que estreia nos EUA só em março.
Como a maioria dos trailers hoje em dia, este contava praticamente a história toda, um grande "spoiler" de uns três minutos.
Parece um bom filme. De Niro faz um cara perturbado, que se acha o maior escritor vivo dos EUA. Ele tem problemas com a lei e mora pelas ruas de Boston.
Seu filho (Paul Dano) passa a trabalhar num abrigo de sem-teto na cidade com a esperança de um dia cruzar com o pai ausente. Ele também é escritor e começa a escrever a história da vida do pai.
Acho que o trailer conta melhor.

Escrito por Fernanda Ezabella às 15h47
29/12/2011

A Mocinha do "Missão: Impossível 4"

 
 

A atriz americana Paula Patton chamou atenção em Hollywood como a professora gente boa da protagonista problemática do drama “Preciosa”, filme ganhador de dois Oscar em 2010.
Agora, ela encara mais um trabalho pesado nos cinemas, mas, desta vez, fisicamente pesado.
Paula é a única mulher no grupo de agentes secretos liderados por Ethan Hunt, personagem de Tom Cruise desde 1996 na franquia “Missão: Impossível”, cujo quarto capítulo, “Protocolo Fantasma”, lidera as bilheterias de cinema do Brasil.
Os dois contam com ajuda de Jeremy Renner (no papel de Brandt) e Simon Pegg (como o geek Benji Dunn) para limpar o nome da agência IMF após esta ser desmantelada sob acusações de envolvimento na explosão do Kremlin.

“A gente vira persona non grata do governo e precisa descobrir o que aconteceu em segredo, sem ajuda de ninguém, por isso o nome ‘Protocolo Fantasma’”, explica Patton à Folha, num quarto de hotel em Los Angeles.
“Acontece que nenhum dos personagens trabalhou junto antes, com exceção de Ethan e Benji, rapidamente no filme anterior. Então você não sabe a motivação pessoal de cada um, não sabe o quanto confiar. Este é o mistério.”
Patton, 36, é considerada quase uma novata na indústria.
Sua estreia aconteceu em 2005, numa ponta em “Hitch - Conselheiro Amoroso”. Depois, foi destaque como par romântico de Denzel Washington em “Déjà Vu” (2006), antes de participar do premiado “Preciosa” (2009, foto abaixo).
Para fazer “Missão: Impossível 4”, ela teve dois meses para aprender vários estilos de lutas, incluindo capoeira, e treinamento com vários tipos de armas.
“Com o seu cérebro e sabendo certos movimentos, sabendo onde bater, você tem o poder de derrubar um cara durão”, ela afirma.
A experiência foi difícil no começo, já que ela prefere se preparar de outra forma.
“Gosto de seguir uma pessoa de verdade que faz algo similar ao meu personagem, como fiz em ‘Preciosa’”, diz. “Mas o treinamento foi importante para deixar tudo verossímel, me dar confiança.”
“Protocolo Fantasma” tem orçamento de US$ 140 milhões e direção de Brad Bird. Será sua estreia na fiçcão, apesar de já ter dois Oscar de melhor animação por “Ratatouille” (2007) e “Os Incríveis” (2004).
Uma das cenas mais marcantes (e aflitivas) do filme é quando Hunt escala o prédio mais alto do mundo, o Burj Khalifa, em Dubai, usando apenas uma luva especial.
“Eles realmente cortaram uma janela do prédio e Tom ficou mesmo do lado de fora”, ela diz, se derretando em elogios ao colega.
Cruise é peça central num filme que quase não aconteceu.
A Paramount havia rompido com o astro em 2006, colocando a franquia na geladeira, com dúvidas sobre seu poder de bilheteria e com medo das esquisitices que ele andava aprontando _como pular no sofá de Oprah para declarar seu amor a Katie Holmes e se casar numa cerimônia da Cientologia.
Patton insiste que Cruise é um cara normal e muito batalhador. “As pessoas não entendem Tom. Ele é um homem muito doce, apaixonado pela vida, e o mais disciplinado que já conheci, trabalha mais do que todo mundo”, diz.
“Ele treinava duas vezes por dia, tem uma dieta impecável e não tem medo. Sempre dizia ao diretor: ‘Ficou bom? Dá pra ficar melhor?’. Não tem medo de ser criticado. É inspirador.”
Escrito por Fernanda Ezabella às 15h31
28/12/2011

E o melhor filme do ano vem do... Irã?

Em 2011, já falaram que o melhor filme do ano é francês, mudo e preto e branco. É o tal do "The Artist", que já falei bastante aqui no blog.
Mas como as modas mudam rapidamente, e os críticos querem sempre "descobrir" filmes incríveis a cada semana, um outro trabalho sui generis vem despontando como "melhor do ano".
É o iraniano "A Separação".
Apareceu em primeiro lugar nas listas dos melhores de 2011 dos críticos Roger Ebert e Joe Morgenstern (do "Wall Street Journal").
É um bom filme, interessante, mas longe de ser o melhor do ano. Prometo a minha lista de favoritos para esta semana.
Conta a história de um casal iraniano cuja mulher quer sair do país, mas o marido quer ficar para cuidar do pai que sofre de Alzheimer. Ela sai de casa, ele contrata uma mulher para cuida do pai.
Mas ela não é enfermeira, está grávida e tem questões religiosas que a impedem de limpar o velhinho quando ele se mija nas calças, por exemplo.
Uma briga com o patrão acaba levando a família toda para o tribunal.

Quem ficou traumatizado desde "Gosto de Cereja" (1997), não precisa ter medo. "A Separação" não é um filme paradão, nem muito filosófico cabeçudo.
Agora, para quem costuma ver discursos sociológicos em filmes -- como quem acredita que José Padilha é fascista por causa de "Tropa de Elite" --, melhor pular "A Separação" quando estrear no Brasil.
Isto porque as mulheres acabam sendo retratadas como as causadoras de caos neste filme, algo que poderia render ao diretor a pecha de machista, já que vem de um país onde as mulheres são oprimidas e apedrejadas em praça pública.
O longa ganhou vários prêmios no Festival de Berlim deste ano, incluindo o Urso de Ouro e de Prata para dois atores.
Estreia no Brasil em 27/01.
Escrito por Fernanda Ezabella às 16h25