quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Brasileira é 1ª ativista do Greenpeace a deixar prisão






Advogados da ONG pagaram a fiança de 2 milhões de rublos (140 mil reais)

A ativista brasileira do Greenpeace, Ana Paula Maciel, deixou a prisão em São Petersburgo nesta quarta-feira (20)
A ativista brasileira do Greenpeace, Ana Paula Maciel, deixou a prisão em São Petersburgo nesta quarta-feira (20) (AP)
A bióloga brasileira ativista do Greenpeace, Ana Paula Maciel, deixou a prisão nesta quarta-feira em São Petersburgo após advogados da ONG pagarem a fiança de 2 milhões de rublos cada (cerca de 140 000 reais), informa a página da entidade na internet. "Ana Paula Maciel deixou a prisão! É a primeira dos 30 do Ártico", escreveu a filial russa do Greenpeace no Twitter.
Ao deixar o local, Ana Paula segurava um cartaz no qual estava escrito "Salve o Ártico". Sem conversar com os jornalistas que a aguardavam, a bióloga e seus advogados entraram num carro e seguiram para um hotel. De acordo com o Greenpeace, a Ana Paula brasileira encontrava-se no centro de detenção chamado Sizo 5. A Justiça russa não divulgou esclarecimentos sobre as restrições impostas aos ativistas que obtiveram liberdade condicional. No entanto, como eles ainda serão julgados, é provável que sejam proibidos de sair do país até a definição da sentença.
A mãe de Ana Paula, Rosangela Maciel, conversou com a ONG e declarou após a notícia de libertação da filha: "Como mãe, meu coração sempre me disse para manter a fé. Mal posso esperar o momento de segurar a minha amada filha em meus braços. Sabemos que o caso ainda não foi concluído, mas Ana Paula é uma guerreira e irá superar tudo no final", disse.

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A presidente Dilma Rousseff, por meio de seu perfil oficial no Twitter, saudou a libertação da brasileira e comunicou que o Itamaraty seguirá acompanhando o caso. Até o momento, o tribunal de São Petersburgo que analisa o caso já concedeu a liberdade provisória, sob fiança, a Ana Paula e outras 20 pessoas do Greenpeace que aguardavam julgamento em regime fechado. Três delas conseguiram o benefício nesta quarta-feira, entre elas capitão do navio Artic Sunrise, Peter Willcox, a holandesa Faïza Oulahsen e a britânica Alexandra Harris. O pagamento de cada um dos ativistas está sendo providenciado pelos advogados da ONG. Outras oito pessoas ainda aguardam suas audiências. O australiano Colin Russell, até agora, foi o único que teve a prisão prorrogada por três meses. (continue lendo)
Vídeo: Saída de Ana Paula Maciel da prisão
Histórico – A Guarda Costeira russa apreendeu o navio do Greenpeace Arctic Sunrise, de bandeira holandesa, em 18 de setembro e deteve todos os trinta tripulantes de dezoito nacionalidades diferentes. Os ativistas escalaram uma plataforma de perfuração de petróleo pertencente à estatal russa Gazprom para protestar contra os perigos da exploração no Ártico. Os detidos são acusados de vandalismo, crime que pode render sentenças de até sete anos de prisão na Rússia.

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