segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Inspetores da ONU voltam a hotel após visita a local de suposto ataque





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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
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Crise SíriaOs inspetores da ONU que investigam o uso de armas químicas na Síria voltaram ao hotel em Damasco após visita a Mouadimiya, na periferia de Damasco, um dos locais onde rebeldes dizem que o regime de Bashar al-Assad fez um ataque químico que deixou centenas de mortos na semana passada.
Mais cedo, o grupo foi vítima de homens armados que dispararam contra um dos veículos da comitiva, que foi trocado. Ninguém ficou ferido. O regime sírio acusou "terroristas", modo como chama os rebeldes pelos disparos, enquanto a oposição diz que a ação foi cometida por "milícias pró-regime que querem esconder a verdade".
Segundo ativistas rebeldes, os enviados da ONU coletaram alguns materiais e ouviram médicos que trataram as vítimas do ataque no centro do Crescente Vermelho sírio. A comissão ainda não se pronunciou sobre os resultados da atividade deste primeiro dia de investigação sobre o uso de agentes químicos.

Ataque químico deixa mortos na Síria

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ATENÇÃO: a galeria a seguir contém imagens agressivas
Na última quarta (21), a oposição síria acusou as tropas do ditador Bashar al-Assad de lançar um ataque químico durante a madrugada sobre quatro cidades da região de Ghouta. Os ativistas afirmam que mais de 1.300 pessoas morreram.
Já a organização Médicos Sem Fronteiras afirma que 3.600 pessoas foram atendidas com problemas neurológicos causados por intoxicação em hospitais da periferia da capital síria, sendo que 355 morreram. A ação aconteceu três dias após a chegada dos inspetores a Damasco.
REAÇÕES
O uso comprovado de armas químicas foi a condição imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para uma intervenção na Síria. Nos últimos dias, autoridades britânicas e francesas têm defendido a ocupação militar como uma forma de dar fim ao conflito.
O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, antecipou sua volta do descanso de um feriado para fazer uma reunião com o Conselho de Segurança Nacional britânico sobre a Síria. Tanto Londres como Paris disseram que poderiam ocupar a Síria sem autorização da ONU.
Aliada do regime sírio, a Rússia disse que vai vetar qualquer intervenção e acusou os países ocidentais de querer usar a acusação dos rebeldes como pretexto para invadir o país árabe. "Até agora eles não puderam apresentar essas provas, mas dizem que a linha vermelha foi ultrapassada e não podem perder mais tempo".
Mais cedo, Assad chamou de "insensatas" as acusações sobre o ataque químico e criticou os Estados Unidos por defender uma intervenção militar, que, para ele, estaria "condenada ao fracasso".
"O fracasso espera os Estados Unidos como em todas as guerras anteriores desencadeadas por eles, começando com o Vietnã até os dias de hoje", disse Assad ao jornal pró-Kremlin "Izvestia", em uma entrevista que a publicação diz ter sido realizada em Damasco.

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