POSTADO ÀS 22:07 EM 09 DE MARÇO DE 2013
O que era para ser um evento de comemoração dos 33 anos de criação do PT e 10 anos do partido no comando do governo federal tornou-se uma demonstração de que não se pode forçar uma união entre forças políticas rompidas. Tumulto, briga e a comprovação de que a legenda não juntou os cacos após a derrota na eleição de outubro pela Prefeitura do Recife marcaram o evento realizado na noite deste sábado (9), no Hotel Jangadeiro, Zona Sul da capital pernambucana.
Humberto Costa leva falta em evento do PT
Militantes ligados ao ex-prefeito João da Costa (PT) realizaram um protesto improvisado porque o ex-gestor e lideranças pertencentes ao grupo dele não foram convidados a integrar a mesa do evento. O alvo da reclamações foi o presidente estadual da legenda, o deputado federal Pedro Eugênio.
"Participamos de uma comissão que discutiu como seria o evento e quando chega aqui nem a presença de João da Costa é citada no microfone", reclamou o militante José Sandro Alves - conhecido como Cuca -, 39 anos, em entrevista à imprensa. "Quem perdeu a Prefeitura [do Recife] não foi o PT, foi um grupo de seis pessoas da executiva nacional e daqui", completou. Ele foi um dos que interrompeu os discursos com gritos de guerra que exaltavam o partido e reclamavam da conduta de Pedro Eugênio.
No momento, a fala estava com o representante do PDT, André Negromonte. Presidentes estaduais de outras siglas, como o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o ex-deputado federal André de Paula (PSD), prestigiaram o evento. O petebista saiu antes de a confusão começar. O evento precisou ser paralisado por alguns minutos para acalmar os ânimos, mas a "calma" só veio mesmo quando o deputado federal Fernando Ferro (PT) - ligado a João da Costa -, que compunha a mesa, assumiu o microfone e defendeu a união do partido, sendo aplaudido de pé pelos presentes. Antes disso, houve um início de briga entre militantes com troca de tapas, mas presentes apartaram os mais exaltados.
Militantes ligados ao ex-prefeito João da Costa (PT) realizaram um protesto improvisado porque o ex-gestor e lideranças pertencentes ao grupo dele não foram convidados a integrar a mesa do evento. O alvo da reclamações foi o presidente estadual da legenda, o deputado federal Pedro Eugênio.
"Participamos de uma comissão que discutiu como seria o evento e quando chega aqui nem a presença de João da Costa é citada no microfone", reclamou o militante José Sandro Alves - conhecido como Cuca -, 39 anos, em entrevista à imprensa. "Quem perdeu a Prefeitura [do Recife] não foi o PT, foi um grupo de seis pessoas da executiva nacional e daqui", completou. Ele foi um dos que interrompeu os discursos com gritos de guerra que exaltavam o partido e reclamavam da conduta de Pedro Eugênio.
No momento, a fala estava com o representante do PDT, André Negromonte. Presidentes estaduais de outras siglas, como o senador Armando Monteiro Neto (PTB) e o ex-deputado federal André de Paula (PSD), prestigiaram o evento. O petebista saiu antes de a confusão começar. O evento precisou ser paralisado por alguns minutos para acalmar os ânimos, mas a "calma" só veio mesmo quando o deputado federal Fernando Ferro (PT) - ligado a João da Costa -, que compunha a mesa, assumiu o microfone e defendeu a união do partido, sendo aplaudido de pé pelos presentes. Antes disso, houve um início de briga entre militantes com troca de tapas, mas presentes apartaram os mais exaltados.
"Temos que fazer este debate, mas no momento certo, com respeito e superando as mágoas pessoais. Estamos aqui hoje celebrando a vitória do histórica do PT no País", disse Ferro.
Além de João da Costa - que mesmo estando sentado na primeira fileira não teve o nome lembrado -, não foram convidados para compor a mesa nem citados no microfone o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto; o secretário de Habitação do Recife e coordenador Nacional de Esporte e Lazer do PT, Eduardo Granja; e o deputado estadual André Campos.
Em meio aos protestos, a equipe do cerimonial decidiu registrar as presenças, mas foi vaiada pelos manifestantes. Presentes também achincalharam Pedro Eugênio quando ele pediu que o protesto fosse encerrado.
O racha no PT de Pernambuco se arrasta desde o período pré-eleitoral do ano passado. O então prefeito João da Costa (PT) queria tentar a reeleição, mas, após um imbróglio envolvendo até o cancelamento de uma prévia realizada entre ele e o então deputado federal Maurício Rands, foi rifado pela Executiva Nacional, que impôs a candidatura do senador Humberto Costa (PT).
Sem o apoio de João da Costa, Humberto amargou o terceiro lugar no pleito, sendo superado até pelo jovem deputado estadual Daniel Coelho (PSDB). O vencedor foi o candidato lançado como alternativa pelo governador Eduardo Campos (PSB), Geraldo Julio (PSB). Desde a derrota, o PT promove internamente um caça às bruxas e ainda não conseguiu digerir todo o processo.
Além de João da Costa - que mesmo estando sentado na primeira fileira não teve o nome lembrado -, não foram convidados para compor a mesa nem citados no microfone o presidente do PT no Recife, Oscar Barreto; o secretário de Habitação do Recife e coordenador Nacional de Esporte e Lazer do PT, Eduardo Granja; e o deputado estadual André Campos.
Em meio aos protestos, a equipe do cerimonial decidiu registrar as presenças, mas foi vaiada pelos manifestantes. Presentes também achincalharam Pedro Eugênio quando ele pediu que o protesto fosse encerrado.
O racha no PT de Pernambuco se arrasta desde o período pré-eleitoral do ano passado. O então prefeito João da Costa (PT) queria tentar a reeleição, mas, após um imbróglio envolvendo até o cancelamento de uma prévia realizada entre ele e o então deputado federal Maurício Rands, foi rifado pela Executiva Nacional, que impôs a candidatura do senador Humberto Costa (PT).
Sem o apoio de João da Costa, Humberto amargou o terceiro lugar no pleito, sendo superado até pelo jovem deputado estadual Daniel Coelho (PSDB). O vencedor foi o candidato lançado como alternativa pelo governador Eduardo Campos (PSB), Geraldo Julio (PSB). Desde a derrota, o PT promove internamente um caça às bruxas e ainda não conseguiu digerir todo o processo.
REVOLTA - Lideranças ligadas a João da Costa (PT) não economizaram nas críticas ao presidente estadual. "Pedro Eugênio é biônico. Ele foi um acordo para unir o partido, mas está dividindo", atacou Oscar Barreto. Já Granja classificou o correligionário como "frouxo". "Fizemos reuniões, eu mesmo participei de uma delas, para a realização deste evento e quando a militância chega aqui não pode participar".
O deputado estadual André Campos retirou-se do evento quando, em meio ao protesto, a equipe de cerimonial finalmente registrou o nome das lideranças ligadas a João da Costa no microfone. Mas o dele foi esquecido. Sentado ao lado do ex-prefeito, ele levantou-se e reclamou para quem quisesse ouvir: "Se nem me citar pode, por que eu vou ficar aqui?". Pedro Eugênio respondeu que o esquecimento foi uma falha. André Campos deu as costas.
RESPOSTA - Em conversa com a imprensa após o evento, Pedro Eugênio disse que "nada justifica o que aconteceu". "Não chamar alguém, chamar alguém que não deveria, isto tudo são falhas. Agora, nada justifica o que aconteceu, de tentar detonar o evento no grito", avaliou. De acordo com ele, estão havendo reuniões internas para discutir o racha na legenda, mas "isto leva tempo".
Ele lembrou que o acordado foi que integrariam a mesa pessoas como representantes de movimentos sociais e deputados, nenhum presidente municipal.
O deputado estadual André Campos retirou-se do evento quando, em meio ao protesto, a equipe de cerimonial finalmente registrou o nome das lideranças ligadas a João da Costa no microfone. Mas o dele foi esquecido. Sentado ao lado do ex-prefeito, ele levantou-se e reclamou para quem quisesse ouvir: "Se nem me citar pode, por que eu vou ficar aqui?". Pedro Eugênio respondeu que o esquecimento foi uma falha. André Campos deu as costas.
RESPOSTA - Em conversa com a imprensa após o evento, Pedro Eugênio disse que "nada justifica o que aconteceu". "Não chamar alguém, chamar alguém que não deveria, isto tudo são falhas. Agora, nada justifica o que aconteceu, de tentar detonar o evento no grito", avaliou. De acordo com ele, estão havendo reuniões internas para discutir o racha na legenda, mas "isto leva tempo".
Ele lembrou que o acordado foi que integrariam a mesa pessoas como representantes de movimentos sociais e deputados, nenhum presidente municipal.
REENCONTRO - o evento também marcou um "reencontro" entre o deputado federal João Paulo (PT) e João da Costa. Ambos eram aliados - aliás, a candidatura de João da Costa foi patrocinada pelo parlamentar -, mas eles romperam logo no primeiro ano de mandato do ex-gestor por motivos nunca revelados detalhadamente. Eles não trocaram olhares, muito menos de cumprimentaram. Com a confusão, o deputado não fez seu discurso no evento.
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