segunda-feira, 22 de abril de 2013

Investigação foca em viagem de um dos suspeitos à Rússia em 2012

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Mulher visita memorial às vítimas do atentado no local de uma das explosões em Boston. Cidade começa a retomar a rotina (Reprodução/NYT)
Atentado a Boston


Segundo investigadores, Dzhokhar Tsarnaev, capturado na noite de sexta-feira, ainda está muito fraco para ser interrogado

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Investigadores do atentado a Boston estão buscando informações sobre uma viagem que um dos suspeitos, o irmão mais velho dos Tsarnaev, morto na madrugada de sexta-feira, 19, fez à Chechênia e ao Daguestão, repúblicas de maioria muçulmana na região russa do Norte do Cáucaso, em 2012. Ambos os países têm movimentos separatistas ativos e violentos. Segundo membros do Congresso americano, o FBI teria recebido um pedido da Rússia para que a agência investigasse possíveis ligações extremistas de Tamerlan Tsarnaev na região antes de autorizar a viagem.
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Tamerlan passou seis meses no Daguestão em 2012, e há suspeitas de que tenha se radicalizado por lá, dando início ao planejamento das explosões que mataram três e feriram mais de 170 pessoas na Maratona de Boston, na segunda, 15.
Boston se recupera da tragédia
A cidade de Boston começava a voltar ao normal apenas neste domingo, uma semana após as explosões e pouco mais de 24 horas após a captura de Dzhokhar Tsarnaev, de 19 anos, encontrado com ferimentos graves dentro de um barco estacionado no quintal de uma casa em Watertown, subúrbio de Boston.
Segundo investigadores, Dzokhar se recupera em um hospital da cidade e ainda está muito fraco para ser interrogado, mas isso deve mudar nos próximos dias. Há dúvidas sobre os procedimentos do seu interrogatório e julgamento nos EUA, já que Dzokhar é cidadão americano e tem direito a exigir a presença de um advogado durante o interrogatório, entre outros direitos.
Ainda não se sabe o que motivou os irmãos Tarnaev a cometer o crime. De origem chechena, os irmão viviam nos EUA há cerca de dez anos, tinham amigos, frequentavam universidades e praticavam esportes. Até agora nenhuma ligação entre os irmãos e grupos terroristas ou separatistas da Chechênia foi estabelecida.

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