Brasileiros precisam reagir à decisão do Itamaraty que impede cineasta de visitar senador boliviano
Dado Galvão afirma que direitos constitucionais estão sendo violados, pois a diplomacia brasileira o impede de visitar o senador Roger Pinto, da “Convergência Nacional”, partido que faz oposição ao governo do presidente Evo Morales. O cineasta afirma que protesta de maneira contundente porque não foi lhe permitido entrevistar, ter contato pessoal com o parlamentar, asilado em território brasileiro e que aguarda um salvo conduto por parte do governo da Bolívia para deixar a embaixada.
Dado Galvão destaca também que a medida tomada se deve ao fato de, desde o último dia 27 de março, tramitar no Itamaraty um pedido para ter o direito de entrevistar o senador Róger Pinto. “Até o momento (13 de abril) enviei várias solicitações para a embaixada do Brasil na Bolívia na tentativa de entrevistar o senador boliviano, dirigidas ao embaixador do Brasil na Bolívia, Marcelo Fortuna Biato e para o Conselheiro Eduardo Saboya, solicitações que não foram respondidas”.
A entrega dos passaportes é uma medida tomada para que a diplomacia brasileira realize uma reflexão e reconheça o pleno direito de Dado Galvão e Arlen Cezar de dialogar com Pinto Molina, à sombra da garantia constitucional da liberdade de expressão e de informação. “Conheço perfeitamente o caso do senador Roger Pinto, respeito a justiça boliviana, mas não entendo por que o mencionado político não pode ter o direito de receber jornalistas, assistência religiosa e outras pessoa”, destacou o documentarista.
O comportamento leniente do governo brasileiro em relação ao caso do senador Róger Pinto Molina deixa evidente o desejo tendencioso dos ocupantes do Palácio do Planalto de proteger a qualquer preço a esquerda latino-americana, que enfrenta uma lufada ainda maior de descrédito com a condução equivocada da economia nacional e a instabilidade política que reina na Venezuela pós-Chávez.
O viés esquerdista da política externa brasileira deve ser combatido por todos os cidadãos de bem do País, pois Dilma Rousseff foi eleita para governar sem qualquer apego ideológico, mas a presidente insiste em rezar pela cartilha da esquerda internacional como se o Brasil fosse um celeiro de exceção. É preciso criar um forte e ininterrupto movimento na rede mundial de computadores, em especial nas redes sociais, para que os direitos de Dado Galvão e de Arlen Cezar sejam respeitados pelas autoridades brasileiras.
Considerando que o golpista hondurenho Manuel Zelaya transformou a embaixada do Brasil em Tegucigalpa num misto de bunker e SPA, lá permanecendo por mais de quatro meses, beira o inimaginável manter isolado na embaixada brasileira em La Paz e sem direito a receber tal visita um parlamentar que faz dura oposição ao presidente Evo Morales. É preciso reagir a essa decisão totalitária da diplomacia nacional.
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