quinta-feira, 18 de abril de 2013

Cel. Gelio Fregapani: COMENTÁRIO 162 de 14 de abril de 2013




Assuntos: Energia nuclear; Da Guerra e   Noticias nacionais 

Energia nuclear

O nosso Brasil tem um “pré-sal de urânio” por explorar, em termos de potencial energético, mas assim como no petróleo, existe uma diferença entre ter as reservas e elas serem de fato exploradas. Isso exige recursos e tempo. Atualmente temos a sétima maior reserva de urânio do mundo. Considerando as reservas ainda não dimensionadas, (apenas   25% do território nacional foi prospectado) temos potencial para alcançar a primeira posição deste ranking nos próximos anos.
É certo que a participação da energia nuclear terá que ser ampliada na nossa matriz energética (atualmente a parcela é de 2,7%) pois a política de geração de energia com forte base nas hidrelétricas, foi impactada pela falta de reservatórios, com a construção das usinas de fio d’água exigida pelos ambientalistas.
É fundamental aumentar a produção do minério de urânio, atualmente restrita à mina de Caetité, na Bahia pois, Angra 1 e 2 consomem hoje o equivalente a cerca de 400 toneladas por ano, que é a produção da Mina de Caetité. Será preciso ampliar Caetité e  começar a exploração da nova mina (de Santa Quitéria, no Ceará), que adicionará outras 400 toneladas por ano.
Só nove países dominam a tecnologia de enriquecimento, coisa que não se vende nem se transfere. Dos nove, apenas três possuem reservas do minério e as usam para produzir eletricidade: os Estados Unidos e Rússia e, ainda modestamente, nós. Precisamos ainda ampliar as instalações para as etapas intermediárias do processamento, da transformação da pasta de urânio nas pastilhas de combustível. Mesmo assim, conseguimos construir nosso programa nuclear, apesar de todos os bloqueios das grandes potências (especialmente dos EUA) e da traição do Collor, e do FHC que assinou, sem contrapartida  o Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares.
No momento temos esses traidores neutralizados, mas para desenvolvermos precisamos algo mais do que alocar recursos.  O mais difícil é ultrapassar o licenciamento ambiental. É através deste que os traidores tentam fazer com a nossa energia nuclear o que já conseguiram com a energia hidrelétrica – bloquear tudo, ou ao menos limitar a sua eficiência.

Da Guerra

"A simples observação da geopolítica nos últimos 25 anos do século XX e no início do século XXI mostrou que os países que não possuem armamento nuclear não são capazes de resistir sequer a chantagens, sem contar as invasões estrangeiras, esmagadoramente superiores em meios convencionais, mas a  posse de armas nucleares se torna  quase a única garantia da preservação da soberania e integridade territorial.
Entretanto, um sistema de defesa antimíssil, em certa medida desvaloriza o existente potencial nuclear de dissuasão. Ele pode dar a expectativa de que, no caso de um  ataque preventivo, o país iniciador pode seguramente proteger o seu território contra uma retaliação. Pode também, dentro de certos limites, proteger o país agredido de um ataque inicial, tirando em parte a credibilidade da chantagem nuclear.
Esses dados indicam a extrema necessidade do desenvolvimento autóctone de eficientes meios de defesa antiaérea e antimísseis como forma de minimizar a sempre possibilidade de chantagem nuclear, como teria sofrido a Argentina na Guerra das Malvinas. É algo que necessitamos fazer, principalmente enquanto não tivermos capacidade de retaliar nuclearmente.
No nosso caso, partimos do pressuposto que o nosso País é grande demais para ser inteiramente ocupado, e que avultam a curto/médio prazo apenas duas ameaças: a tomada do pré-sal e a independência das áreas indígenas, ambas provocadas e operacionalizadas pelos EUA/ OTAN. Consideramos o pré sal de difícil defesa, mas nossa preocupação diminui na medida em que o gás do Xisto possa libertar os EUA da necessidade de buscar petróleo fora de ser território. De qualquer forma, a certeza que explodiríamos as plataformas antes de entregá-las e alguma capacidade de retaliação com submarinos desestimulariam as ambições. Já para enfrentar as tropas superiores que garantiriam a independência das “nações indígenas”, além de localizar e equipar nossas m agníficas tropas de selva no local, teremos que organizar os garimpeiros para guerrilhas e conquistar  a lealdade dos índios que ainda conseguirmos cooptar.
Com essas simples medidas e outras complementares podemos até garantir a paz, que é o desejo de todos nós.

Na Coréia

Grande parte do mundo está tensa por causa da ameaça da Coréia do Norte, mas até que ponto essa ameaça merecerá crédito?
Aquela pequena nação sabe que não pode vencer. Então, o que será que quer? Será um surto de loucura de seu dirigente?
Certamente que a ousadia do Kim Jong Un excede os limites normais, mas será um louco ou está dando um blefe para conseguir alguma vantagem? Ele sabe bem que sua bomba atômica só impressiona antes de lançada. Que uma vez usada seu país será arrasado e sua vida nada valerá.  Por que alguém normal tomaria tal atitude?
Recordando os antecedentes verificamos que o avô de Kim Jong Un  desencadeou a (1ª) Guerra da Coréia, certamente impulsionado pela China e pela extinta União Soviética, mas era uma guerra onde tinha chance de vitória e tinha em apoio os dois poderosos Estados  comunistas no âmbito da Guerra Fria. Agora parece isolado, ou quase, apesar de supormos que a China não tolerará a aproximação americana de sua fronteira, tal como  na guerra anterior.
Verificando ainda os antecedentes, notamos que os EUA haviam provocado o Japão, estrangulando-lhe a economia até que ele se decidisse pelo ataque a Pearl Harbour, numa guerra, que deveria saber que não poderia vencer. Que fez o mesmo com o Iraque antes de inventar um pretexto para atacá-lo. Que continua com a mesma estratégia com o Irã e com a própria Coréia do Norte, e que esta pode preferir, como o Japão o fez, a morrer lutando a morrer de fome.
Como conclusão, provavelmente Kim fez uma aposta alta, tipo pôquer, sem ter as cartas necessárias na esperança que o adversário desista. Talvez nem tenha disponível as bombas e/ou os meios de as lançar. Entretanto, se realmente as tiver temos três cenários possíveis:
1 - A Coréia do Norte pode, insuportavelmente pressionada, desencadear a guerra com ou sem artefatos nucleares, e inevitavelmente será destruída.
2 - Os EUA e a Coréia do Norte chegarem a um acordo, com concessões de ambas as partes, e o problema fica novamente adiado.
3 - Os EUA, chegando a conclusão que a capacidade nuclear coreana é um blefe, ou que possam preventivamente neutralizá-la ainda nas plataformas de lançamento, desencadear uma ação preventiva a fim de “resolver” esse problema de uma vez por todas, dando um exemplo ao Irã, ou mesmo ao nosso Brasil, se nos salientarmos muito.
Em todo esse “affair”, deve ser considerada a ambígua atitude da poderosa China. É óbvio que ela deve sentir-se desconfortável com o vizinho nuclear pouco consequente, mas mais ainda com tropas americanas tão perto. Há que se considerar ainda a tradicional rivalidade sino-japonesa e o atual contencioso entre eles por uma ilha do Pacífico.
Em face desse “imbróglio” , haveria condições do conflito se ampliar ou mesmo tomar um vulto mundial? – Dificilmente. O mais provável é que nem haja guerra, mas sim um acordo (vitória da estratégia coreana). Se desencadeado o conflito, certamente ficará restrito à península.
Entretanto, tudo pode acontecer ou mesmo não acontecer nada.

Notícias nacionais

Foi veiculado que o Planalto já trabalha com a possibilidade de o Banco Central elevar os juros na próxima semana, apesar de fazer uma avaliação positiva da inflação oficial de março. Se isto ocorrer será sinal de que a Presidente terá cedido às pressões internacionais. A inflação pode até baixar momentaneamente, mas os custos de produção ficarão mais caros e os investimentos diminuirão. A inflação voltará com mais força.
Mostre coragem, Presidente Dilma. Resista!

A Funai formou grupos de estudos – primeiro passo do processo demarcatório – para análise de três novas áreas, as Terras Indígenas Iguatemi-Pegua I, II e III.
 A Terra Indígena Iguatemi-Pegua I, abrangeria área de 41,5 mil hectares, o que equivale a 14% do município de Iguatemi.
 As Terras Indígenas Iguatemi-Pegua II e III, caso publicadas, abrangerão aproximadamente 5% de Amambai, 25,2% de Paranhos, 28,9% de Tacuru, além de 53,1% de Coronel Sapucaia, em um total de 159,8 mil hectares.
A questão da demarcação das terras indígenas é um tema muito distorcido. Consolidou-se no imaginário urbano a idéia de que os índios vivem em condições abjetas, possuem poucas terras e estão entregues à própria sorte. Equívocos em série. Vejamos: As terras indígenas, que abrigam cerca de 600 mil índios, somam 12,6% do território nacional, mais do que todo Sudeste, com 150 milhões de pessoas. Terra, portanto, não lhes falta.
 A intenção é clara: Impedir a integração para destruir a unidade nacional, pois já se fala no Congresso que: “A Funai não está servindo nem para ajudar os índios; só está servindo às organizações internacionais. Os índios clamam pela igualdade de direitos, mas a Funai os quer segregados, dando ouvidos às ONGs Será que sem a Funai eles não se sairiam melhor? Os índios estão sendo escravizados por essa autarquia chamada Funai”.
Acabar com a força desse maligno órgão é uma condição sine qua non para o nosso País continuar unido!.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, prometeu apresentar aos deputados, em um mês, um decreto para transferir a palavra final sobre demarcação ao ministério e não mais à Funai. Atualmente, a demarcação depende de laudo antropológico feito por técnicos da Funai e da manifestação dos envolvidos - estados, municípios, produtores e índios –, mas a palavra final está a cargo do Executivo.
Na Câmara, a Proposta de Emenda à Constituição 215/00, transfere do Executivo para o Congresso Nacional a atribuição de demarcar terras indígenas. Lideranças indígenas são contra essa proposta. Segundo eles, a PEC pode impedir a demarcação de cerca de 700 territórios indígenas, incluindo processos já em andamento.
Quem sabe...

 Quanto ao Niobio, pelos cálculos do pesquisador Adriano Benayon, autor de vários livros sobre o desenvolvimento nacional, o Brasil poderia ganhar até 50 vezes mais o que recebe atualmente com as exportações de ferro-nióbio, caso ditasse o preço do produto no mercado mundial e aumentasse o consumo interno do mineral. Com a produção restrita a dois grupos estrangeiros no Brasil é “evidente” que o interesse é exportar o nióbio “ao menor preço possível”. Como os preços são negociados diretamente entre o comprador e o vendedor os valores de cada venda acabam sendo confidencial, o que costuma levantar suspeitas de subfaturamento.
Só suspeita? O pior cego é o que finge não ver.

De Haroldo Amorim: “Casamento seria um ato solene de união entre duas pessoas de sexos diferentes, capazes e habilitadas, uma união de diferentes que se combinam, assim como o queijo  combina com o vinho, a cerveja com o churrasco e o arroz que casa muito bem com o feijão. Alguém já viu um prego entrar noutro prego? Não, porque prego casa com madeira, e dessa união pode sair  uma cadeira, uma mesa ou um belo móvel” Prego com prego não sai nada”.
Da forma que está, com as uniões gays e as estáveis equivalendo ao casamento, não há mais razão para o casamento civil. Melhor acabar com ele. Quem quiser uma cerimônia, que o faça na igreja, no clube ou onde quiser.

Que Deus guarde a todos nós

Gelio Fregapani



ADENDO

Forjemos nossas armas

 

Mauro Santayana (JB)


O governo da Presidente Dilma decidiu alterar as leis sobre a indústria bélica e editar normas para a política de defesa, que incentivam a produção nacional de armas e o desenvolvimento de processos tecnológicos autônomos.
Os nossos leitores habituais devem recordar-se de matéria sobre o assunto que publicamos neste mesmo Jornal do Brasil sobre o tema em 16 de agosto do ano passado. No texto, citávamos a dramática advertência do general Maynard Santa Rosa: em caso de agressão estrangeira, só dispomos de munição para uma hora de resistência.
Um dos maiores erros dos governos de Fernando Collor e Fernando Henrique Cardoso, se não o mais grave, foi desarmar o Brasil. (do Lula foi desmoralizar as Forças Armadas) A doutrina FHC se baseava no falso conformismo de que jamais poderíamos nos defender do poderio bélico norte-americano e seria melhor transformar as forças armadas em corpos policiais destinados ao combate ao tráfico de drogas, sob o comando continental dos Estados Unidos, of course.
Todos os povos que se prezam são obrigados a defender-se dos eventuais inimigos. As nações se formam dentro de espaços naturais, em que devem viver em paz, preocupando-se com seus recursos, com a felicidade e com a defesa de sua liberdade. À soma de espaço e liberdade chamamos soberania, no léxico político moderno. Nas guerras, sempre indesejadas, as nações agredidas, qualquer que seja a sua capacidade bélica, são eticamente obrigadas a resistir.
SEM PERDER A HONRA
Churchill, ao opor-se à capitulação de Chamberlain, ponderou que uma nação , quando se defende com a coragem do patriotismo, pode ser derrotada sem perder a honra, mas, ao capitular sem luta, perde o respeito do inimigo e das nações neutras.
O vencedor trata com natural desprezo os que se entregam sem luta, ainda que em nome da paz. É essa a diferença entre os soviéticos, que perderam rios de sangue na Segunda Guerra Mundial, e puderam hastear sua bandeira no Reichstag, enquanto Hitler se matava – e os franceses de Pétain e Laval, que se entregaram quase sem luta e colaboraram com a repressão nazista dentro de seu próprio território. Ainda bem que, no caso da França, os maquisards salvaram a face de seu povo, na dura resistência contra os ocupantes.
O Brasil é um dos poucos países do mundo capazes de viver com autonomia dentro de suas próprias fronteiras, o que o dispensa da sedução de conquista de espaços alheios. É um dos maiores do mundo em extensão territorial contínua, em que se fala a mesma língua, com invejável insolação e imensos depósitos de água potável. E exatamente por isso é obrigado a manter forças armadas capazes de dissuadir os eventuais cobiçosos.
EXPERIÊNCIA
A experiência continental nos adverte de que não podemos manter alinhamentos internacionais automáticos. Não cabe discutir aqui se a Argentina agiu bem, ao tentar recuperar, pela força, o que pela força perdera, ou seja, a soberania sobre as Malvinas. O fato é que Washington não interveio em favor da paz: colocou-se inteiramente ao lado de Mme. Thatcher, sem ir mais fundo na discussão da soberania argentina, reconhecida por todos os seus vizinhos da América do Sul.
A nova doutrina brasileira busca estabelecer parcerias não só comerciais, mas estratégicas. E, para que não ocorra a pressão sobre os nossos parceiros, é melhor negociar com países emergentes – no caso, os BRICS.
Cometemos um erro estratégico ao assinar o famoso Tratado de Não Proliferação Nuclear. A decisão de não usar determinado instrumento bélico não nos deve tolher o processo de sua fabricação e a técnica de seu emprego.
Armemo-nos todos, ou nos desarmemos todos, sem exceção.

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