Com apenas 43 kg, Suellen conta que, algemada, levou golpe no rosto.
Ela e amigos haviam brigado com seguranças do Souza Aguiar.
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Uma operadora de telemarketing de 24 anos, algemada, teve pedaços de quatro dentes quebrados pela agressão de um policial da 4ª DP (Central do Brasil), no Centro do Rio, dentro da delegacia, de acordo com seu relato, do namorado e de dois amigos que estavam no local, na madrugada desta quarta-feira (6). Pesando 43 kg e medindo pouco mais 1,60 m, Suellen da Conceição conta que perguntou por que estava presa com algemas. Sem resposta, começou a gritar.
"Então, o policial me arrastou pela algema até o fundo da sala e me deu tapa ou soco, de baixo para cima e tinha algum objeto duro na mão dele, talvez um anel", disse ao G1. Ela passou por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), que constatou os quatro dentes parcialmente quebrados.
Procurada pela reportagem, a Polícia Civil informou que abriu uma sindicância sumária para apurar o fato. De acordo com o delegado titular da 4ª DP, Luiz Lima Ramos Filho, na sindicância testemunhas afirmam que o agente não agiu de forma violenta ou desrespeitosa (veja a íntegra da nota abaixo).
O golpe que Suellen relata foi junto ao queixo, que já estava ferido por uma queda dela no chão, que a obrigou a levar cinco pontos no Hospital Municipal Souza Aguiar, também no Centro. A operadora de telemarketing caiu naturalmente, enquanto bebia com o namorado e os dois amigos, todos colegas de trabalho, perto da Central, por volta de 2h30. Na emergência, ela começou a reclamar que estava sangrando e não era atendida.
O namorado Marcos Vinícius da Silva, 22, diz que, após uma discussão com os seguranças do hospital, tentou contê-la, mas ela soltou de seu braço. "Nisso, eles, três seguranças, vieram e um deles jogou a menina, pequenininha, para fora da emergência pelo braço, igual a um bicho", afirma o rapaz que, em seguida, se atracou com os agentes e conta que, na briga, acabou sem os tênis e a bolsa, onde estavam todos os documentos.
Só depois da briga, Suellen foi atendida, mas, eme seguida, os quatro foram levados à delegacia, mas ela foi em um carro diferente dos três homens. "Só quando chegamos, vimos que ela estava algemada", lembra Marcos. "Assim que ela me viu se exlatou e passou a perguntar mais alto, gritando por que estava sendo presa. Nisso, o policial a agrediu, eu tentei pular o balcão para defendê-la, mas me seguraram", conta.
"Eu estava alterada e me exaltei, errei, mas não justifica eu ser presa, porque não agredi ninguém, muito menos ser agredida", diz Suellen, ainda com os braços marcados pelas algemas.
Veja a íntegra da nota enviada pela assessoria de imprensa da Polícia Civil: "Ao tomar conhecimento do fato que ocorreu no plantão da 4ª DP (Praça da República), o delegado titular da unidade, Luiz Lima Ramos Filho, instaurou uma sindicância sumária para apurar a conduta do policial civil. De acordo com o delegado, na sindicância testemunhas afirmam que o agente não agiu de forma violenta ou desrespeitosa. O titular encaminhou a vítima para exame de corpo de delito minucioso, que poderá apontar se ela sofreu as lesões que afirma, e ouviu a enferemeira que prestou atendimento a ela. Para garantir a transparência nas investigações, a chefe de Polícia Martha Rocha determinou que a sindicância seja encaminhada para apuração da Corregedoria Interna da Polícia Civil."
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