quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Considerações


200 países, 200 anos, 4 minutos
O médico Hans Rosling mostra a história do desenvolvimento do planeta nos últimos dois séculos, transformando estatísticas em animação gráfica interactiva. Programa "The Joy of Stats" da BBC 4…
00:04:46
Adicionado em 10/02/2011
228.326 exibições


Caro Mtnos,

Egoísta é a pessoa que trata só dos seus interesses. Mas, e se estes interesses estão em ajudar os outros?


Um educador secular na Rússia, então pertencente à URSS, estava dando uma aula sobre Ciências e Ética aos seus jovens alunos. O tema em discussão era a idéia de "crença versus realidade". Ele começou sua palestra com a alegação que tudo aquilo que não pode ser visto não existe.

"Vocês sabem por que não podem ver um disco voador no céu?" perguntou o professor à audiência. "Porque não existe! E pelo mesmo motivo, todos acreditamos que não há nenhum D'us neste mundo. Não podemos vê-Lo, portanto Ele não existe."

Um estudante esperto, sentado ao fundo da sala, levantou a mão e saiu-se com essa: "Isso significa que o professor não tem cérebro? Quero dizer, nenhum de nós pode vê-lo?!"

"Para quem acredita não há perguntas: para o céptico não há respostas."

"Quanto menos se sabe, mais fácil é se convencer que se sabe tudo."


Devemos fazer algumas considerações importantes frente ao egoísmo como apresentado pelo cientista Richard Dawkins.  Penso que todo indivíduo tem o direito de ser ateu – como é o caso do cientista Richard Dawkins, de ser um agnóstico – como o filósofo Bertrand Russell - e/ou de ser um seguidor da religião natural – como Newton, Voltaire e Einstein foram. Mas por uma questão do princípio de tolerância, devemos respeitar todas as opções alheias e jamais desrespeitar acintosamente aqueles que adotam esta ou aquela crença religiosa. E entendo também que ser solidário é muito mais próprio das pessoas de fé, com destaque aos judeus e cristãos. A questão que se insere dentro desta dicotaomia é a ética. E um bom texto para entendê-la encontramos no livro do Pastor Dietrich Bonhoeffer, ele que se tornou famoso como teólogo-martir, executado pelos nacional-socialistas em 1945. Em seu livro “Ética” ele destaca que ouvir e aceitar o chamado de Deus para o discipulado significa, simultaneamente, ser agraciado com a oferta de vida nova e ser desafiado a vivê-la em todas as profissões e circunstâncias.

O egoísmo, muitas vezes é mal interpretado, em especial pelos que professam a “fé” no PT ou no Pta ou outra ideologia assemelhada. Ocorre que o confronto está entre a defesa de um coletivismo, que destrói o ser humano, o subjuga a um coletivo inerte. De outro lado temos os que defendem a liberdade, o que requer do cidadão responsabilidade, inclusive pelos seus resultados, e isso aos olhos dos coletivistas é um “pecado”. Para separar bem estas questões entre o individual e o coletivo, temos que ter o entendimento do que é e o que podemos fazer para promover o princípio da subsidiariedade.

Ayn Rand soube mostrar a extensão do egoismo humano. Ela nos apresentou em seu livro “A virtude do egoísmo” uma questão importante, o porquê do termo “egoísmo” ter uma conotação negativa e não positiva ficando então ao lado de “virtude. Talvez seja porque “egoísmo” etimologicamente significa preocupação com nossos próprios interesses. Mas como podemos ser responsáveis se não o fizermos? Transferir responsabilidades, como o fazem os socialistas, que buscam transferir responsabilidades a uma entidade virtual chamada Estado é vergonhoso, sob todos os aspectos, pois assim abrem espaço para a crueldade que aceita com que outros façam caridade com o bolso alheio.

Eu já entendo, tal qual Ayn Rand nos apresenta, que o termo “egoísmo” não tem nenhuma conotação, positiva ou negativa; não diz se os interesses são bons ou maus; ou quais são. Cabe à ética responder a esse tipo de questão e no que se refere ao viver cristão, o Pastor Dietrich Bonhoeffer nos dá a resposta em seu livro “Ética”.

A ética altruísta responde que a preocupação com nosso próprio interesse é nociva; só tem valor moral uma ação praticada em benefício dos outros. Em lugar de perguntar: “O que são valores?”, o altruísta pergunta: “Quem deve se beneficiar dos valores?”—tornando o beneficiário da ação o único critério de valor moral. Tem o mesmo valor, por exemplo, o dinheiro ganho com o trabalho ou com um roubo—ambos são imorais porque o beneficiário é um “egoísta”.

Essa ética é trágica, porque não nos fornece um código de valores morais e nos deixa sem diretrizes morais. Essa falta de diretrizes tem levado a maioria das pessoas a desperdiçar suas vidas entre o cinismo e a culpa—cinismo, por não praticarem a ética altruísta; e culpa, por não se atreverem a rejeitar essa ética.

O que fazer? O primeiro passo é defender o direito do homem a uma existência moral racional—ou seja, a um código moral que sirva para definir os interesses e valores adequados à vida; que mostre que é moral preocupar-se com os próprios interesses; e que afirme o direito das pessoas de se beneficiarem de seus próprios atos morais.

Sob esta ética quem age é sempre o beneficiário da ação, que age de acordo com seu próprio auto-interesse racional. A satisfação dos desejos irracionais dos demais, ou a satisfação dos próprios desejos irracionais, não é um critério de valor moral: a moralidade não é um concurso de caprichos. É errado achar que qualquer escolha é moral, desde que guiada por um julgamento independente—um julgamento nada mais é que o meio pelo qual se escolhe como agir. É isso que torna a ética objetivista uma moralidade do auto-interesse racional—ou do egoísmo racional.



Uma interessante análise sobre Richard Dawkinsnos foi apresentada pelo economista Rodrigo Constantio, nela ele cita que em O Capelão do Diabo, Richard Dawkins dedica a última seção a uma carta que escrevera para sua filha quando esta completou dez anos de idade. Pela simplicidade da linguagem, mas importância do conteúdo, considero interessante expor aqui alguns trechos desta carta, já que penso de forma bastante parecida e tento educar minha filha nesta mesma linha. Dawkins diz: “Eu sempre quis encorajá-la a pensar, sem dizer a ela o que pensar”. Costumo fazer o mesmo com minha filha, evitando a doutrinação e tentando estimular o questionamento. Quando ela pergunta se viramos anjos quando morremos, por exemplo, respondo que não sei, que alguns acreditam que sim e outros pensam que não, mas que o mais importante é ela não deixar de questionar, não aceitar uma resposta pronta, e também focar mais na vida que na morte. Isso é bem diferente de um pai que responde um enfático “sim”, fechando todas as portas de reflexão para uma criança ainda imatura. Mas vamos aos trechos de maior destaque na carta de Dawkins.

Os cientistas quase sempre agem como detetives, partindo de uma intuição de que algo pode ser verdadeiro – que chamamos de hipótese – e buscando evidências através basicamente de observações. Dawkins alerta sua filha contra três razões indevidas para acreditar no que quer que seja: tradição, autoridade e revelação. Estas três fontes de “conhecimento” são bem distintas deste método científico da busca pela verdade.

Como diz Dawkins, “as crenças tradicionais em geral se iniciam a partir de quase nada”. Talvez alguém simplesmente as invente, como tantas histórias e fábulas conhecidas. Mas “depois de terem sido transmitidas durante alguns séculos, o mero fato de serem tão antigas faz com que pareçam especiais”. As pessoas acreditam em certas coisas somente porque acreditaram nelas durante séculos. Isso é tradição. Como lembra Dawkins, “coisas distintas são ditas às crianças muçulmanas e às crianças cristãs, e nos dois casos elas crescem absolutamente convencidas de que estão certas e que as outras estão erradas”. Dawkins conclui: “Se inventarmos uma história que não é verdadeira, transmiti-la ao longo de muitos séculos não a tornará nem um pouquinho mais verdadeira!”. As tradições têm sua importância, sem dúvida. Mas não há motivo algum para que não possamos – ou mesmo devamos – questioná-las, buscar suas origens, e checar se são verdadeiras.

Como um caso que vem à mente, podemos falar dos muçulmanos, que não podem beber vinho. A bebida fazia parte da vida cotidiana de Meca no século VI, mas em 632, dez anos após a morte de Maomé, o vinho fora completamente banido de todos os países onde o Islã ditava as regras. O único verso do Alcorão em que se baseia a proibição do vinho foi ditado em função de um incidente ocorrido em Medina, quando os discípulos de Maomé bebiam após a ceia. Houve um desentendimento entre dois destes discípulos, que acabou num golpe que feriu um deles superficialmente. Maomé não gostou, e após consultar Alá, concluiu que o vinho era um veículo do Satanás, que procurava a inimizade e o ódio entre as pessoas. Maomé prescreveu quarenta chibatadas para quem violasse sua injunção contra o vinho, e seu sucessor, o califa Omar, aumentou para oitenta o número. Existem centenas de milhões de consumidores de vinho a menos no mundo hoje, e tudo por causa de uma briga entre dois discípulos provavelmente embriagados de Maomé, no século VII. Será que faz sentido seguir esta tradição sem sequer questionar os motivos dela? Para alguns, o vinho é sagrado, para outros, o caminho do inferno. E muitos aceitam essas “verdades” somente pelo peso da tradição. Dependendo de onde nasceram, sem escolha alguma, podem adorar ou detestar uma bebida, sem motivo racional algum.

O outro alerta de Dawkins é contra a autoridade, significando que acreditamos em algo somente porque alguma pessoa importante nos disse para fazê-lo. Dawkins cita como exemplo a figura máxima da Igreja Católica, o Papa, que passa a adquirir um ar de infalibilidade somente por se tornar Papa. Somente em 1950 um Papa disse oficialmente aos católicos romanos que eles deveriam acreditar que o corpo de Maria subiu ao céu. Mas será que isso se torna mais ou menos verdade apenas porque alguma autoridade resolveu afirmar assim? Dawkins reconhece que mesmo na ciência, “algumas vezes não é possível que vejamos as evidências nós mesmos e, nesse caso, temos que acreditar na palavra de alguém”. Mas é algo bem mais confortante do que a fé necessária na autoridade religiosa, já que as pessoas que escreveram os livros viram as evidências e qualquer um tem a liberdade de examiná-las a qualquer momento, já que são objetivas. Em contrapartida, nem mesmo os padres afirmam que existem evidências para a história sobre o corpo de Maria voando em direção ao Céu. São duas situações bem diferentes.

O terceiro alerta é contra a revelação, que Dawkins descreve como o sentimento que algumas pessoas religiosas têm no seu interior, de que alguma coisa deve ser verdade, muito embora não tenham evidência alguma disso. “Todos nós temos sentimentos dentro de nós de tempos em tempos; às vezes eles se mostram corretos e outras vezes não”, ele diz. Pessoas diferentes podem ter sentimentos opostos e assim fica impossível descobrir quais são os sentimentos corretos. Sentimentos interiores precisam ser sustentados por evidências, “caso contrário simplesmente não devemos acreditar neles”. Os cientistas usam sentimentos interiores a todo o momento, mas para transformarem isto em ciência precisam encontrar sustentação nas evidências, caso contrário não há valor científico.

A carta é endereçada a uma criança, mas acredito que muitos adultos deveriam refletir sobre sua mensagem. Creio que devemos deixar o desfecho com o próprio Richard Dawkins:

“A próxima vez que alguém lhe disser algo que soe importante, pense consigo mesma: ‘Será que esse é o tipo de coisa que as pessoas provavelmente sabem porque há evidências? Ou será que é o tipo de coisa em que as pessoas só acreditam por causa da tradição, da autoridade ou da revelação?’ E, quando alguém lhe disser que uma coisa é verdade, por que não dizer a ela: ‘Que tipo de evidência há para isso?’ E se ela não puder lhe dar uma boa resposta, espero que você pense com muito cuidado antes de acreditar numa só palavra.”

Sobre esta dicotomia, de um lado a fé, de outro a razão, ela nos remete ao que de fato importa, sem conflitos, e mesmo no campo religioso este debate se faz necessário, de minha parte o debate neste campo foi muito bem subsidiado pelo Dr. Martin Luther. E é sempre importante termos a compreensão clara de queDeus nos deu a liberdade, o livre arbítrio, cabe a nós seguirmos ou não seus ensinamentos, bem como devemos saber diferenciar as coisas. O próprio Cristo nos ensinou acerca das coisas da terra:


"Dizem-lhe eles: De César. Então ele lhes disse: Dai pois a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus."  (Mateus 22 : 21)

"E andarei em liberdade; pois busco os teus preceitos." (Salmos 119:45)


Dr. Martin Luther, face ao que vemos e vivemos durante toda a cristandade, ele nos escreveu um belo texto sobre a liberdade do cristão,

Se temos ainda hoje famintos e miseráveis neste mundo, isso se deve ao fato de que é da natureza humana saber superar suas dificuldades, e isso cabe a cada um de nós fazê-lo, sem transferir responsabilidades, em especial a uma entidade virtual chamada Estado, como são desejosos os que querem nos impor ideologias que limitam a liberdade. É a liberdade que leva ao desenvolvimento das nações, basta ver como isso se deu e se dá neste mundo, nunca em toda história da humanidade evoluímos tanto em tão pouco tampo. Basta ver os resultados, veja como houve a melhorada qualidade de vida ao longo dos séculos:http://www.youtube.com/watch?v=Qe9Lw_nlFQU

E a prova do que escrevi pode ser confrontada relacionando-se os indicadores de liberdade com quaisquer outros indicadores sociais e econômicos que desejar:

1.    "Index of Economic Freedom World Rankings" The Heritage Foundation.    Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: cid:image008.jpg@01CD20DB.67D98E10
2.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do The Cato Institute.    Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: cid:image008.jpg@01CD20DB.67D98E10
3.    "Economic Freedom of the World: Annual Report" do Fraser Institute.     Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: cid:image008.jpg@01CD20DB.67D98E10

Veja também como nos escravizamos: http://www.impostometro.com.br/

Quanto ao versículo bíblico, que nos traz em Mateus 10:


32  Portanto, qualquer que me confessar diante dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que está nos céus.
33  Mas qualquer que me negar diante dos homens, eu o negarei também diante de meu Pai, que está nos céus.
34  Não cuideis que vim trazer a paz à terra; não vim trazer paz, mas espada;
35  Porque eu vim pôr em dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe, e a nora contra sua sogra;
36  E assim os inimigos do homem serão os seus familiares.
37  Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim.
38  E quem não toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno de mim.
39  Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.
40  Quem vos recebe, a mim me recebe; e quem me recebe a mim, recebe aquele que me enviou.
41  Quem recebe um profeta em qualidade de profeta, receberá galardão de profeta; e quem recebe um justo na qualidade de justo, receberá galardão de justo.
42  E qualquer que tiver dado só que seja um copo de água fria a um destes pequenos, em nome de discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão.


É um texto que nos deve direcionar ao estudo, para entendê-lo devemos entender os 10 mandamentos. Lá seguramente temos parte da resposta, pois ser cristão exige obediência aos ensinamentos. É um texto que nos remete à justiça divina, a qual muitas vezes pode nos ser incompreensível.

Devemos saber diferenciar as coisas de Deus das coisas dos homens, assim talvez venhamos a entender que mesmo na terra Deus está cobrando o nosso agir como cristãos. O que está longe de transferirmos responsabilidade ou de criar ilusão, como é feito no Brasil atualmente, até mesmo por partes significativas das igrejas cristãs, como é o caso da “Teologia da Libertação” por parte da CNBB, ou da “Teologia da Missão Integral” que é a versão protestante da Teologia da Libertação, ambas afastadas da palavra de Deus, como bem nos explicou o Papa João Paulo II. De igual forma nos obriga a entender e estudar as palavras de Dr. Martin Luther aqui muito mais como estudioso da Bíblia e dos ensinamentos de Santo Agostinho, e sobre as questões da liberdade e do serviço ao próximo.


"Mas doutor, uma esmola, pra um homem que é são, ou lhe mata de vergonha, ou vicia o cidadão..." ("Vozes da seca", de Luiz Gonzaga do Nascimento - Gonzagão - e José de Souza Dantas Filho - http://www.luizluagonzaga.com.br/)


Um cristão deve ser livre de todas as coisas e não estar sujeito a ninguém, principalmente de forma coletiva, como assim nos fazem crer os que defendem o nacionalismo, todos os tipos de socialismo e tantos outros ismos mais que pregam maior presença do Estado, mas sim termos nossas responsabilidades, e mediante a nossa fé; estarmos sujeitos a todos, mas pelo nosso amor.

E não nos é dito que devemos impor nossa fé aos outros, devemos dar testemunhos, que é muito diferente, muito menos fazer uso do Estado para tal, seja em nome do nacionalismo ou das demandas sociais que clamam pela intervenção do Estado com todos os gradientes de supressão da liberdade. E em nada conflita com a atuação do cristão no campo econômico, onde igualmente a liberdade, a observação ao princípio da subsidiariedade e a responsabilidade individual devem se fazer presentes.

Quando tocamos no tema nacionalismo ou patriotismo, a primeira providência que devemos tomar é atuar no que está ao nosso alcance – sabermos sempre privilegiar o princípio da subsidiariedade e não nos desresponsabilizarmos transferindo ao Estado o que é de nossa responsabilidade.

Defendo a liberdade e entendo que é importante que se tenha a compreensão de que em nada se contrapõe ao ser cristão, entendo também que o papel do Estado deve ser resultado da ação de todos, sejamos nós cristãos, assim como espíritas, judeus, muçulmanos, etc... A civilização ocidental está pautada não apenas por uma tradição judaico-cristão, ela foi formada baseada nela, nossos valores estão pautados nela, e em absoluto podemos atribuir algum mal que tenha sido produzido aos valores ou a fé que professamos, pois o ensinamento da palavra de Cristo Jesus é dirigido a todos, bons ou maus, pecadores ou não.

Seguramente, mas antes devemos ter o entendimento do que o Dr. Martin Luther nos escreveu em “Da liberdade cristã” como foi traduzido para o português seu livro com título original: “Sobre a liberdade da pessoa cristã”.


O pensamento de Dr. Martin Luther, aqui muito mais como estudioso da Bíblia e dos ensinamentos de Santo Agostinho, e sobre as questões da liberdade e do serviço ao próximo, teve grande influência no desenvolvimento posterior do pensamento moderno, a visão da Ética no Iluminismo e, em particular, as relações que Kant argumentou entre racionalidade e transcendentalismo com o humanismo ético. A teologia evangélica de Dr. Martin Luther  estabelece que apenas com a atividade relacional do indivíduo com Deus e com o mundo é possível garantir certezas espirituais e práticas éticas fundamentais. Neste sentido, Dr. Martin Luther rompeu, simultaneamente, com as visões heroicas do livre arbítrio, que parecem divinizar o homem, e com a visão penitencial da justiça divina, característica da teologia medieval. Em vez de um Deus absoluto e distante, Dr. Martin Luther observa a relação pessoal com Deus como um princípio de eternidade e uma ética da liberdade, reunindo a salvação do espírito com o serviço concreto ao próximo na realidade do mundo.

O livro pode ser visto em PDF:

Recomendo também que leia:



De minha parte estou convicto que se faz necessário o entendimento, e mais que isso, o profundo estudo do texto de Dr. Martin Luther, mas não foi este o enfoque, procurei tão-somente me ater a defesa do princípio da subsidiariedade, principalmente com o enfoque político-econômico.

É um tema por demais importante nos dias atuais e a interpretação teológica correta também se faz necessário, principalmente pelo fato de que em algumas denominações a ideologia política do coletivismo se faz presente com todas as aberrações e degradação possíveis, como pode ser bem observado na “teologia da libertação” muito usada por parte da CNBB, quando esta se afasta do compromisso cristão da evangelização e da educação e se mete na política como foi bem observado pelo Embaixador Meira Penna em “Opção preferencial pela riqueza”, ou se deixa subjugar a ela, como bem nos alerta o Padre Paulo Ricardo de Azevedo Jr., hoje perseguido até mesmo na própria Igreja Católica:


Leia também:

Veja também:

“Teólogos da corte”


Os eleitores, anestesiados pelo bom momento da economia, aceitaram sem maiores cobranças as “explicações”. Venceu Macunaíma, o herói sem caráter. Fica uma enorme “herança maldita” que poderá levar gerações para ser desfeita: a idéia de que a Ética não tem lugar na política.” (Rodrigo Constantino)


Quanto a miséria, bem esta é da nautreza humana, o que levou a humanidade a sair da miséria é que deve ser estudado e neste sentido alguns livros são essenciais para obter este entendimento.

1.    Riqueza das Nações de Adam Smith [Jr.]
2.    A Nova riqueza das Nações de Guy Sorman
3.    O Caminho da Servidão de Friedrich August von Hayek
http://rodrigoconstantino.blogspot.com/2007/04/o-caminho-da-servido.html
4.    Ação Humana de Ludwig Heinrich Edler von Mises:
http://www.ordemlivre.org/files/mises-acaohumana.pdf
5.    O Estado Mínimo do escritor francês Guy Sorman


Abraços,

Gerhard Erich Boehme
+55 (13) 4042-2333
+55 (41) 8877-6354
Skype: gerhardboehme
Caixa Postal 15019
80530-970 Curitiba PR

Nenhum comentário:

Postar um comentário