quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Desmitificando as ameaças à biodiversidade



Posted:03 Feb 2013 12:00 AM PST
Herton Escobar
Herton Escobar
Herton Escobar, repórter de “O Estado de S. Paulo” especializado em Ciência e Meio Ambiente, publicou relevante matéria que desmitifica pânicos verdes artificioso sem matéria de supostas – e nunca demonstradas – estarrecedoras ameaças à biodiversidade.

Eis excertos de seu artigo intitulado “Cientistas questionam previsões pessimistas”, publicado em 25/01/2013:


Cientistas questionam previsões pessimistas

O número de espécies no planeta Terra não é tão grande quanto muitos acreditam ser. Assim como o número de espécies que estão sendo extintas pela ação do homem não é tão grande quanto muitos estimam ser.

E, com um pouco mais de esforço e investimento, é possível descrever e proteger todas as espécies do planeta ainda neste século.

São as conclusões de um artigo publicado hoje na revista Science, que promete se tornar um dos mais comentados e polêmicos da biologia nos últimos tempos.

Assinado por três pesquisadores de renomena área – entre eles, o ecólogo Robert May, da Universidade de Oxford –, o trabalho questiona, de forma contundente, algumas das previsões mais pessimistas sobre o futuro da biodiversidade.

Os autores fazem uma revisão da literatura científica sobre o assunto e concluem que a crise global sobre conhecimento e conservação da biodiversidade não é tão grave quanto a maioria de seus colegas ecólogos e zoólogos acreditam ser.

Segundo eles, o número total de espécies terrestres e marinhas do planeta (não incluindo bactérias) deve girar em torno de 5 milhões (algo entre 2 milhões e 8 milhões), bem abaixo de algumas estimativas do passado, que chegavam a 100 milhões.

O número de espécies já conhecidas, de acordo com eles, é de aproximadamente 1,5 milhão; e a taxa de extinção pode chegar a 5% por década, mas não deve passar de 1%, numa análise mais realista.

“Estimativas superestimadas de taxas de extinção e do número de espécies são autodestrutivas porque deixam a impressão de que esforços para descobrir e conservar a biodiversidade são inúteis”, escrevem os autores na Science.

Além de May, o artigo é assinado por Mark Costello, da Universidade de Auckland (Nova Zelândia), e Nigel Stork, da Universidade Griffith (Austrália).

As eólicas suscitam a antipatia crescente da população porque poluem intensamente a paisagem e são muito barulhentas para os moradores locais.

“Acreditamos que, com um aumento modesto nos esforços de conservação e taxonomia (ciência que descreve e classifica organismos), a maioria das espécies poderia ser descoberta e protegida da extinção.”

Críticas. Apesar do currículo respeitável dos autores, certamente não faltarão críticas ao artigo. Especialmente por parte de pesquisadores de países tropicais e em desenvolvimento, como o Brasil, que têm o maior número de espécies (conhecidas e desconhecidas) e enfrentam os maiores desafios para descrevê-las.

“Acho que eles estão com uma visão europeia do problema, excessivamente otimista para a nossa realidade”, disse ao Estado o ecólogo Thomas Lewinsohn, pesquisador da Universidade Estadual de Campinas(Unicamp) e presidente da Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação (Abeco). “Há muitos buracos negros subestimados no trabalho.”

Segundo ele, ainda não há uma base científica sólida o suficiente para cravar essa estimativa de 5 milhões de espécies.

“Áreas muito extensas de países com alta diversidade, entre eles o Brasil, nunca foram exploradas nem mesmo superficialmente. E, além disso, os grupos com mais espécies por descobrir e descrever são especialmente mal estudados nos países onde a sua diversidade é maior”, afirma Lewinsohn.

Alguns estudos citados no próprio artigo, segundo ele, estimam que só o número de espécies de insetos (artrópodes) em florestas tropicais pode passar de 6 milhões. “Eles misturam coisas que fazem muito sentido com outras bastante ingênuas”, avalia o brasileiro.

Outro diagnóstico questionado pelo artigo é o de que há uma escassez global de taxonomistas e por isso muitas espécies estariam desaparecendo antes mesmo de sabermos que elas existem.

Eles estimam que há cerca de 50 mil taxonomistas no mundo, descrevendo uma média de 17,5 mil espécies por ano.

“Se essa taxa de descrição for aumentada para 20 mil espécies por ano, 3,5 milhões de espécies serão conhecidas até o ano 2100”, dizem os autores – o que já seriam, potencialmente, todas as espécies do planeta. 
Fonte: Blog Verde a nova cor do comunismo





:: domingo, 3 de fevereiro de 2013
Ambientalista “Der Spiegel” admite que o aquecimento global acabou

Aquecimentista “Der Spiegel” e mídia europeia admitem que o aquecimento global acabou ... Modelos estavam errados ... Os cientistas estão perplexos!

Por P. Gosselin, 19de janeiro de 2013

“Der Spiegel” chegou finalmente perto de admitir que o aquecimento global acabou, pelo menos por enquanto.

Ontem, o jornalista de ciência do “Der Spiegel”, Axel Bojanowski, publicou um artigo chamado: Klimawandel: Forscher rätseln über Stillstand bei Erderwärmung (Alterações climáticas: cientistas perplexos com a parada do aquecimento global).
Nós estávamos longamente esperando por esta admissão, e vendo a reação da mídia é interessante dizer o mínimo. Bojanowski escreve que 'A palavra já corria havia algum tempo de que o clima está se desenvolvendo de maneira diferente do que o previsto anteriormente'. Ele coloca a questão: 'Quantos anos mais de estagnação são necessários para os cientistas repensarem suas previsões de aquecimento futuro?'.
Bojanowski acrescenta (grifo nosso):
“Quinze anos sem aquecimento estão agora atrás de nós. A estagnação das temperaturas médias globais próximas à superfície mostra que as incertezas nos prognósticos climáticos são surpreendentemente grandes. O público está agora à espera em suspense para ver se o próximo relatório do IPCC da ONU, marcado para setembro, vai discutir a parar o aquecimento'.
A grande questão que está agora circulando através da atordoada mídia europeia, governos e organizações ativistas é: como o estancamento do aquecimento poderia ter acontecido? Além disso, como é que vamos agora explicar isso ao público? Para encontrar uma resposta, Bojanowski contatou um número de fontes. Eis o resultado, em resumo: os cientistas agora se limitam apenas a especular sobre toda uma gama de possíveis causas. A incerteza na ciência do clima nunca foi na verdade tão grande. Ele voltou à estaca zero.

Uma explicação que o “Spiegel” apresenta é que os oceanos têm absorvido de alguma forma o calor e agora o estão escondendo em algum lugar. No entanto, Bojanowski escreve que há muito poucos dados disponíveis nos quais se basear: 'Há muita incerteza sobre a evolução da temperatura da água. Há muito tempo parecia que também os oceanos não têm aquecido ainda mais desde 2003”. 'Der Spiegel” cita então Kevin Trenberth, referente à reivindicação da NASA de que eles detectaram um aquecimento dos oceanos: 'As incertezas com os dados são muito grandes. Precisamos melhorar as nossas medições'.
“Der Spiegel” escreve ainda que o calor em falta pode estar escondido em algum lugar profundo dos oceanos. Mas aqui Bojanowski [Spiegel] cita Doug Smith, do Met Office: 'Isso é muito difícil de confirmar'. Jochem Marotzke,do Instituto Max Planck de Meteorologia (MPI), suspeita que a energia tenha sido transmitida para o interior do oceano, mas há uma falta terrível de dados para confirmar isso. Bojanowski escreve sobre o estado atual dos dados de medição do oceano: 'Sem a intensificação dos dados da rede de medição,teremos de esperar um longo tempo para qualquer prova'.
Os cientistas também suspeitam que a estratosfera pode ter algo a ver com a cobertura da temperatura global recente. Susan Solomon diz que a estratosfera se tornou consideravelmente mais seca, e aquecida assim na superfície pode ter sido reduzida em um quarto. Mas Bojanowski nos recorda que os cientistas estão no fundo praticamente sem uma pista. Ele escreve:
 ‘No entanto, os modelos climáticos não ilustram muito bem o vapor de água estratosférico ', diz Marotzke. Os prognósticos ficam assim  vagos'.
Bem, talvez seja então devido aos aerossóis provenientes da China e da Índia que bloqueiam o sol, como alguns cientistas estão especulando, 'enfraquecendo assim por um terço o aquecimento'. “Der Spiegel” escreve que 'se o ar estivesse mais limpo, o aquecimento global aceleraria'. Mas os aerossóis sempre foram utilizados em modelos climáticos como um coringa conveniente para explicar arrefecimentos inesperados, como o de 1945 a 1980.(...)

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