quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ciro, o inconsolável: “O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?”



Por: Redação Midia@MaisIndiqueImprimir
A cultura política mostra que todo cuidado é pouco quando se trata de fazer acordos com esquerdistas. Sempre movidos em direção a um futuro perfeito, nenhum deles parece muito disposto a manter a própria palavra e sacrificar a receita para a felicidade universal (que só eles detêm). No caso de Ciro Gomes, talvez tenha chegado tarde a percepção de que, por trás de uma suposta “aliança”, esconde-se na verdade a ambição desmedida em eliminar adversários e caminhar sem freios rumo ao controle total de todos os partidos.

“Aliança não é para liquidar companheiro”, reclama o ex-ministro Ciro Gomes em relação ao comportamento do PT nas alianças firmadas com o próprio partido. Na hora da eleição em Belo Horizonte, os petistas perceberam que seria melhor negócio romper com o PSB e lançar candidato próprio (Patrus Ananias).

Em 2010, Ciro Gomes abriu mão de ser candidato em favor de Dilma, perdendo inclusive uma chance real, nas circunstâncias, de se tornar presidente do país, uma vez que estava bem colocado nas pesquisas.

“O PT quer vassalagem. Eles só conhecem o ‘Vem a nós’. Querem destruir o PDT, como estão fazendo com o PC do B. Mas, com o PSB, não vão fazer. O que mais querem de mim além de terem aniquilado minha vida pública?”, diz pergunta em entrevista ao Estadão (http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,ciro-aumenta-o-tom-e-critica-pt-alianca-nao-e-para-liquidar-companheiro,895809,0.htm).

De Ciro Gomes, os petistas querem pouco além do que já conseguiram. Do restante dos políticos e dos outros partidos, contudo, eles querem muito mais: querem tudo, submissão absoluta a um projeto único de poder (disfarçado sempre debaixo de palavras simpáticas como “aliança” ou “governabilidade”), acompanhado em outros campos de batalha pela vassalagem irrestrita dos meios de comunicação e pela docilidade do judiciário. Se todos os políticos brasileiros da ativa são esquerdistas ou querem ser da esquerda, o PT é a vanguarda: uma mistura azeitada entre teoria e prática, utopia e realismo brutal perfeitamente combinados e guiados pelo firme propósito de obter poder – e para que mais serve a prática política além disso?

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