segunda-feira, 17 de junho de 2013

Manifestantes e policiais se enfrentam na Quinta da Boa Vista




Protesto começou por volta das 15h no entorno do Maracanã e se estendeu até o início da noite, com cinco pessoas detidas

Pâmela Oliveira, do Rio de Janeiro
Manifestantes enfrentam policiais no entorno do Maracanã, antes da partida entre Itália e México pela Copa das Confederações
Manifestantes enfrentam policiais no entorno do Maracanã, antes da partida entre Itália e México pela Copa das Confederações (Estefan Radovicz/Ag, O Dia-16-06-2013)
Um protesto com cerca de 300 manifestantes, iniciado por volta das 15h deste domingo, no entorno do estádio do Maracanã, levou jovens e policiais militares a se enfrentarem na Zona Norte do Rio. Depois de tentar chegar aos pontos de acesso ao estádio, o grupo foi deslocado para a Quinta da Boa Vista, parque vizinho, onde todos os domingos reúnem-se centenas de famílias. A confusão só foi definitivamente contida por volta das 19h, quando os manifestantes deixaram o parque e, sem sucesso, tentaram novamente chegar ao Maracanã.
Ao longo dos tumultos da tarde, 14 manifestantes foram deditos. A Polícia Civil deteve cinco pessoas por desobediência, um deles com cinco coquetéis molotov em uma bolsa. Já a Polícia MIlitar deteve oito pessoas, duas delas também com coquetéis molotov.
Pelas redes sociais, manifestantes e pessoas que apoiam a luta contra o aumento nas passagens de ônibus afirmavam que os policiais estavam sendo truculentos e fazendo disparos com balas de borracha no interior da Quinta da Boa Vista. A Polícia MIlitar negou, ao site de VEJA, ter lançado bombas ou feito disparos no interior do parque. Segundo a assessoria da PM, as bombas de gás lacrimogênio foram lançadas em via pública.
O protesto, desta vez, ganhou uma nova causa: os gastos excessivos com os grandes eventos esportivos. O governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes são os alvos preferenciais das críticas e gritos de protesto.
Com o trânsito bloqueado em algumas vias, para a realização da partida entre Itália e México, segundo jogo da Copa das Confederações, o entorno do Maracanã já amanheceu com policiamento reforçado. Foi esse efetivo que impediu a chegada dos manifestantes à área mais próxima do estádio. A área externa do Maracanã ficou sendo vigiada ao longo do dia por 200 homens do Batalhão de Choque e cerca de 1.200 policiais de outras unidades da PM.
Depois do lançamento de algumas bombas de efeito moral e da interdição de mais algumas vias próximas ao estádio, os manifestantes encontraram passagem para a Quinta da Boa Vista. E, novamente, houve confronto, com tiros de balas de borracha e pessoas detidas. Apesar do tumulto, a saída do jogo foi tranquila. À tarde, por causa do protesto, a estação São Francisco Xavier do metrô ficou fechada.
Este foi o terceiro protesto em menos de uma semana, pedindo o cancelamento do reajuste das tarifas de ônibus no Rio e agregando insatisfações diversas – a de hoje, obras da Copa do Mundo de 2014. Estão previstas novas manifestações no Rio: uma delas já na segunda-feira e outra na quinta-feira, 20, quando manifestantes prometem novamente marchar pela Avenida Rio Branco.
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