Nota foi divulgada no Facebook na madrugada desta sexta-feira (21).
MPL liderou marcha com cerca de 100 mil pessoas na Avenida Paulista.
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O Movimento Passe Livre São Paulo (MPL-SP) divulgou nota na rede social Facebook na madrugada desta sexta-feira (21) criticando a violência contra grupos que não pertencem ao MPL e que também participaram da marcha de quinta (20) nas ruas de São Paulo.
Segundo post, o MPL presenciou “episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos” durante a manifestação.
De acordo com a nota, o MPL é “um movimento apartidário, mas não antipartidário” e repudiou os atos de violência direcionados a essas organizações ao longo da passeata que comemorou o recuou do governo na questão do preço das passagens de ônibus, metrô e trens na capital paulista.
Além do ato convocado pelo MPL na Avenida Paulista, outras manifestações foram realizadas por diferentes grupos que ocuparam ruas em bairros e chegaram a interditar também as rodovias Castello Branco, Anhanguera, Anchieta e Rodoanel durante a noite.
(O G1 acompanhou em tempo real as manifestações pelo país, em fotos e vídeos: veja relatos no Brasil inteiro, em São Paulo e no Rio.)
Na Avenida Paulista, o protesto teve marcha pacífica que avançou por diversas ruas da cidade, mas foi marcado por discussões entre manifestantes e representantes de grupos partidários. Uma pessoa ficou ferida.
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Por volta das 23h, quando manifestantes começavam a se dispersar, um homem foi detido pela Polícia Militar (PM) portando coquetel molotov, na esquina da Paulista com a Rua Bela Cintra. Pouco depois, na Alameda Itu, dois foram detidos por pichar um orelhão. Apesar dos incidentes, não houve confrontos ou depredações. De acordo com a PM, a estimativa é que 100 mil pessoas tenham participado do protesto, que nesta quinta contou com representantes de diversas entidades, movimentos e partidos políticos.
Membros do Partido dos Trabalhadores (PT) foram hostilizados desde o início da manifestação.
Eis o texto publicado no perfil do MPL no Facebook:
O Movimento Passe Livre (MPL) foi às ruas contra o aumento da tarifa. A manifestação de hoje faz parte dessa luta: além da comemoração da vitória popular da revogação, reafirmamos que lutar não é crime e demonstramos apoio às mobilizações de outras cidades. Contudo, no ato de hoje presenciamos episódios isolados e lamentáveis de violência contra a participação de diversos grupos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
O MPL luta por um transporte verdadeiramente público, que sirva às necessidades da população e não ao lucro dos empresários. Assim, nos colocamos ao lado de todos que lutam por um mundo para os debaixo e não para o lucro dos poucos que estão em cima. Essa é uma defesa histórica das organizações de esquerda, e é dessa história que o MPL faz parte e é fruto.
O MPL é um movimento social apartidário, mas não antipartidário. Repudiamos os atos de violência direcionados a essas organizações durante a manifestação de hoje, da mesma maneira que repudiamos a violência policial. Desde os primeiros protestos, essas organizações tomaram parte na mobilização. Oportunismo é tentar excluí-las da luta que construímos juntos.
Toda força para quem luta por uma vida sem catracas.
MPL-SP
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