segunda-feira, 3 de junho de 2013

Fiasco da Copa alcança com antecedência as ruas e o noticiário de um país órfão de seriedade


The book is on the table – A Copa ainda não começou, mas o vexame verde-louro já entrou em campo. Com um custo que ultrapassou a marca de R$ 1 bilhão, dinheiro público gasto para descaracterizar um monumento do futebol nacional, o lendário Maracanã (Estádio Jornalista Mário Filho) é a materialização do fiasco que será a Copa do Mundo de 2014.
Com tamanha fortuna enterrada em uma obra, é no mínimo inadmissível a desculpa de que problemas burocráticos impediram a entrega de laudos de segurança do palco de encerramento da Copa de 2014. No final da tarde de quinta-feira (30) a Justiça do Rio de Janeiro suspendeu o amistoso entre as seleções do Brasil e da Inglaterra, marcada para o próximo domingo (2), mas horas depois o governo do fanfarrão Sérgio Cabral Filho (PMDB) conseguiu derrubar a liminar.
Causa estranheza o fato de a segurança de um estádio de futebol, que receberá algumas dezenas de milhares de torcedores, tenha a sua segurança alcançada nos escaninhos da Justiça. Esse episódio não apenas mostra a falta de seriedade que impera no Brasil, mas derruba o recente discurso ufanista de Dilma Rousseff acerca da capacidade do País de realizar grandes eventos.
Como sempre acontece quando os petistas palacianos são contrariados, Dilma repetiu o antecessor e disse que no Brasil há os pessimistas de plantão. Por viver em uma democracia, mesmo que em tese, a presidente pode falar o que bem quiser, mas não pode chamar de pessimista quem interpreta a realidade como ela é.
O amadorismo que reina do Oiapoque ao Chuí já se faz presente no cenário da Copa das Confederações e da Copa do Mundo, apesar de o ministro do Turismo, Gastão Vieira, ter declarado que o governo iniciará em breve a preparação dos trabalhadores para o evento esportivo de 2014. Ou seja, faltando um ano para a Copa é que as autoridades começarão a treinar alguns dos milhões de brasileiros despreparados em todos os quesitos.
Para que os leitores não pensem que se trata de intransigência do ucho.info, uma placa indicando o caminho para o aeroporto é um aperitivo da indigestão moral que teremos adiante. Até porque, copiar uma palavra do idioma inglês não exige qualquer dose de genialidade.

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