PM diz que incêndio é retaliação às detenções durante reunião a portas fechadas em ginásio de esportes; Um carro foi destruído e outro queimou parcialmente
30 de março de 2014 | 13h 49Sandro Villar - Especial para o Estado
Atualizado às 14h18
PRESIDENTE PRUDENTE - Na madrugada deste domingo, 30, por volta da 1h10, duas viaturas da Polícia Militar foram incendiadas em Álvares Machado, cidade próxima a Presidente Prudente, no oeste paulista. Um carro foi destruído e o outro queimou parcialmente. Bombeiros apagaram o incêndio no pátio da 4ª Companhia da PM. O incêndio é descrito como criminoso, uma retaliação a 50 prisões que aconteceram na região na noite de sábado, 29. "Eles devem ter ficado bravos, porque prendemos 50 suspeitos de envolvimento em atividades criminosas", explica o sargento Oliveira, lotado no quartel da PM em Presidente Prudente.
As viaturas também podem ter sido incendiadas por alguém sem elo com os presos. "Pode ter sido um oportunista que se aproveitou da situação", prevê o sargento. Até agora, nenhum suspeito foi preso. "Estamos investigando, e ainda não sabemos o que causou o incêndio", avisa, sem descartar o uso de coquetel Molotov.
Presos. Na noite de sábado, a Polícia Militar prendeu 37 homens e apreendeu 13 adolescentes reunidos a portas fechadas em um ginásio de esportes, vigiado por dois homens. Com 15 viaturas, a PM cercou o local onde há um campo de futebol. O grupo foi levado de ônibus para a delegacia de Álvares Machado. A ligação dos 37 homens com o Primeiro Comando da Capital (PCC) não é descartada pela polícia. "Tudo indica que eles colaboram com o PCC", completa o sargento.
Todos foram ouvidos e, na manhã deste domingo, os adultos, muitos com passagens pela polícia, foram transferidos para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Caiuá. Os menores foram entregues aos pais e responsáveis. Os 37 acusados vão responder pelos delitos de corrupção de menores e associação criminosa.
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