sexta-feira, 28 de março de 2014
Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Como a Petrobras é uma empresa controlada pela União, o Presidente da República, sua diretoria e conselheiros administrativos e fiscais são os responsáveis diretos por seu sucesso ou fracasso de gestão. Por isso, o Presidentro Luiz Inácio Lula da Silva e a Presidenta Dilma Rousseff, junto com o conselho diretor da estatal de economia mista, têm de responder, individualmente, na Justiça, por prejuízos gerados por tomadas de decisão com característica de má gestão ou comprovada corrupção. A regra é clara – mesmo no Brasil Capimunista da impunidade.
A CPI da Petrobras, que o presidente do Senado, Renan Calheiros, será obrigado a instalar, mesmo a contragosto da base de aliança desgovernista, explodirá a complicada reeleição de Dilma – popular nas pesquisas, porém sem credibilidade perante o poder econômico mundial, que efetivamente decide o jogo dos negócios privados e públicos no Brasil. É cedo para falar de impeachment, mas o risco existe, porque vale a máxima sobre as Comissões Parlamentares de Inquérito: todos sabem como começam, mas é difícil saber como terminam, mesmo com a costumeira impunidade tupiniquim.
O PT já dá sinais de desespero. Ameaça radicalizar na guerra virtual contra os ataques políticos que lhe serão fatais. Uma ala do partido também já atua na suicida e burra tática de substituir Dilma por Lula na corrida ao Palácio do Planalto. O presidentro seria um alvo mais fácil que a gerentona cujo falsa marketagem de competência desmancha no ar. Mesmo na remota chance de ganhar a eleição – na base da fraude eleitoral ou contando com os votos dos grotões de ignorância e clientelismo -, o governo do PT já perdeu credibilidade, legitimidade e não tem mais governabilidade para seguir em frente.
Se a CPI não sair, a Petrobras será alvo de ações judiciais aqui dentro e lá fora. O Ministério Público Federal será forçado pelas evidências a abrir inquéritos para investigar a má gestão ou os efeitos da dolosa ou culposa corrupção em vários negócios e parcerias da estatal de economia mista. A Comissão de Valores Mobiliários – que é, mas não deveria ser, um órgão do Ministério da Fazenda - terá de agir conforme a legalidade, como xerife do mercado de capitais e não na base da politicagem, com desculpa esfarrapada supostamente técnica, para encobrir os desmandos na Petrobras fartamente denunciados por investidores.
Independentemente do que fizeram (ou não), aqui dentro, o MPF e a CVM, investidores da Petrobras já cansavam de avisar que preparam ações judiciais na Corte de Nova York – na bolsa de cuja cidade a Petrobras negocia ações. Nos EUA, a Security and Exchange Comission, entidade independente de governo, costuma agir com mais rigor contra abusos e atos lesivos aos investimentos no mercado de capitais. Denunciados lá fora, individualmente, dirigentes e conselheiros da Petrobras correm sério risco de sanções duras e multas pesadas, em caso de condenação (o que é nada difícil de acontecer, diante de tanto escândalos com evidências e provas materiais em fartura).
Literalmente, a petralhada e seus aliados políticos e de negociatas cometeu o assassinato da galinha dos ovos de ouro negro. Os dirigentes do governo e da empresa terão de acertar contas, na Justiça daqui ou de Nova York, pelas consequências da incomPTência e da delinquência. A tese é simples: quem manda na Petrobras é o Presidente ou Presidenta da República. Não deveria ser, mas é, no capimunismo tupiniquim. Assim, quem manda responde pelos atos. E PT, saudações...
Nas coxas
O Globo teve acesso a documentos internos da Petrobras confirmando que o processo de compra da refinaria de Pasadena envolveu um prazo “muito curto” de due diligence — espécie de auditoria considerada um dos passos essenciais em processos de fusões e aquisições, na qual são avaliadas questões jurídicas, financeiras e operacionais.
O documento confidencial, datado de 31 de janeiro de 2006, revela que ao todo, o processo de compra levou cerca de 20 dias – quando especialistas ressaltam que essa etapa de análise de informações de uma empresa consome, em média, de dois a três meses.
Após a coleta de documentos e reuniões com diretores financeiros da Astra entre os dias 11 e 25 de novembro de 2005, a estatal teve de fazer nova avaliação em apenas cinco dias.
A consultoria contratada pela Petrobras na ocasião, a BDO Seidman, de Los Angeles, nos EUA, chegou a recomendar que, em razão do “tempo limitado”, a estatal deveria buscar sua própria avaliação de dados.
Mangueira do Lava Jato
Curiosamente, batizada de Projeto Mangueira, a compra da refinaria envolveu a reorganização de cinco afiliadas da Astra Trading.
Como todo mundo sabe que, em uma empresa de Lava Jato sempre se tem uma boa mangueira, tudo caminha para um final infeliz.
Releia: PT deseja Paulo Costa como bode expiatório, isolando-o do governo, da Petrobras e da Odebrecht
http://www.alertatotal.net/2014/03/pt-deseja-paulo-costa-como-bode.html
13 do Metrô
O Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça a prisão preventiva de treze executivos acusados de participar da formação de cartel para a compra e reforma de trens do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).
Onze deles são da Siemens, um da Bombardier e um, da Hyundai-Rotem.
Se a Justiça aceitá-lo, os nomes dos executivos são estrangeiros que nunca foram ouvidos na investigação da Promotoria vão para a Polícia Federal (PF) e, posteriormente, para a Interpol.
Mensalão agora mineiro mesmo
A maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal votou ontem para que seja julgado em Minas Gerais o processo chamado de mensalão tucano, que tem como réu o ex-deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG), e rola no STF desde 2005,.
Só o Super Joaquim Barbosa votou para que o julgamento fosse feito pelo Supremo:
“Eu me mantenho fiel ao entendimento que sustentei nas ações 333 (Ronaldo Cunha Lima), e 396 (Natan Donadon), pois a renúncia do réu não pode ser motivo para esquivar ou retratar a ação penal. No caso em análise, a renúncia do réu poucos dias depois da ação teve como finalidade evitar o julgamento”
Empurra com a barriga
Com a transferência para Minas Gerais, o julgamento final de Azeredo fica adiado.
Isso porque o juiz da primeira instância poderá pedir mais diligências para instruir o processo, se considerar necessário.
Em caso de condenação, o réu poderá recorrer ao Tribunal Regional Federal (TRF), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, por fim, ao STF.
Mesmo que a eventual condenação seja mantida, a pena só poderá começar a ser cumprida quando todos os recursos tiverem sido julgados.
Mais do mesmo
No tal Mensalão tucano ou mineiro, o MPF denunciou que foram desviados R$ 3,5 milhões em valores da época, ou R$ 9,3 milhões em cifras atualizadas.
O operador do esquema era Marcos Valério, o mesmo do mensalão do governo Lula. A principal empresa dele, a SMP&B, teria tomado dinheiro emprestado no Banco Rural e repassado para a campanha de Azeredo.
Para saldar a dívida no banco, três estatais – a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), a Companhia Mineradora de Minas Gerais (Comig) e o Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge) – deram dinheiro para a empresa de Valério.
Manobra radical
Oficialmente, a SMP&B era a intermediária do patrocínio do governo a três eventos de motocross.
Os eventos aconteceram ao custo de R$ 98,9 mil.
O restante do dinheiro teria sido usado para financiar a campanha e para pagar propina aos integrantes do esquema.
Guerrilha petista
O PT promoveu ontem um seminário fechado, chamado de “Presença Digital, para cerca de 80 assessores lotados em gabinetes de deputados e senadores para treiná-los para a guerrilha digital.
Um dos palestrantes foi o jornalista Leandro Fortes, autor de artigo apócrifo, publicado no Facebook oficial do PT, chamando o pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, de “playboy mimado”.
O texto foi considerado um erro por dirigentes petistas, causou uma crise na pré-campanha mas o esquema segue em frente, como de costume...
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