Quadrilha que explodiu seis caixas eletrônicos e roubou três lojas no Serramar Shopping, em Caraguatatuba, no sábado, 15, estava sendo perseguida
18 de março de 2014 | 19h 07
Reginaldo Pupo e Mônica Reolom - Especial para o Estado
Atualizada às 21h34 SÃO PAULO - Dez suspeitos morreram, cinco foram detidos e três policiais ficaram feridos em uma operação conjunta das Polícias Militar e Civil para coibir a ação de uma quadrilha de roubo a caixas eletrônicos no Vale do Paraíba e litoral norte paulista. A fuga dos criminosos já dura quatro dias e foi de Caraguatatuba a Biritiba-Mirim, na Região Metropolitana de São Paulo. Policiais ainda procuram suspeitos.
Veja também:
Idosa reage a assalto com golpes de guarda-chuva no interior de São Paulo
Deputada Manuela D'Ávila desabafa no Facebook após ser assaltada a mão armada
Idosa reage a assalto com golpes de guarda-chuva no interior de São Paulo
Deputada Manuela D'Ávila desabafa no Facebook após ser assaltada a mão armada
Cristiano Novais/CPN
Policial persegue criminosos
A perseguição ao bando começou após uma quadrilha formada entre 12 a 18 homens, armada com fuzis e pistolas, ter explodido seis caixas eletrônicos e roubar três lojas no Serramar Shopping, em Caraguatatuba, na madrugada de sábado, 15.
Após o roubo, os bandidos fugiram para uma região de mata fechada perto do shopping. Policiais militares do Comando de Operações Especiais (COE) de São Paulo, que conhecem a região, foram chamados para patrulhar a mata. Ali, entre sábado e anteontem, dias 16 e 17, ocorreram vários tiroteios que deixaram, ao todo, sete mortos entre os criminosos e dois suspeitos presos.
Cem policiais civis e 70 PMs (da Força Tática, do COE e da Polícia Ambiental) estavam envolvidos ontem na caçada, com apoio de um helicóptero Águia da PM. "As ações não foram em área urbana, mas em uma mata fechada. Nós continuamos com forte policiamento para atuar rapidamente se houver mais criminosos no local", disse o coronel Cássio Armani, do Comando de Policiamento do Interior 1 (São José dos Campos).
O delegado Marcos Batalha, de Mogi das Cruzes, afirmou que a maioria dos criminosos era da Baixada Santista e que eles agiam com precisão. "Era um quadrilha muito bem estruturada, que continha homens já procurados pela polícia. Eles apresentavam características muito violentas e não tinham sentimento de piedade." Segundo ele, a polícia vai investigar outros casos em que os criminosos possam ter atuado.
Cidade sitiada. Após serem surpreendidos pela polícia na manhã de ontem no matagal, cinco criminosos roubaram uma Kombi e subiram a Serra do Mar no sentido de Salesópolis, já na Grande São Paulo. Lá, trocaram tiros com a polícia e deixaram um PM ferido.
Já em Biritiba-Mirim, eles foram cercados pela PM, que chegou até o local após o helicóptero Águia acompanhar o trajeto do carro roubado. Os bandidos, porém, conseguiram furar o cerco, bateram o veículo e saíram atirando. Eles invadiram uma escola durante o período de aulas e uma base da PM, onde mantiveram uma cozinheira refém.
A cidade de 20 mil habitantes ficou sitiada. Após horas de negociação, dois bandidos se entregaram, mas outros três resistiram e foram mortos. Nesta ação, dois PMs também foram atingidos por tiros nas pernas, mas passam bem. A cozinheira ficou ferida e encaminhada ao pronto-socorro local.
Cinco armas, dois fuzis e R$ 126 mil foram recuperados pela polícia, além dos relógios e celulares. A delegada seccional de São Sebastião, Nilze Baptista Scapulatiello, ouviu os vigias do shopping, que reconheceram os bandidos mortos. "A Polícia Civil está em situação de alerta, afinal, a quadrilha teve dez baixas e certamente sofreremos represálias", afirmou.
Os cinco presos estavam ontem no 1.º DP de Caraguatatuba, já que os agentes penitenciários do Centro de Detenção Provisória (CDP) estão greve e todos os detidos do litoral norte estão sendo mantidos na delegacia. A Polícia Civil ainda temia uma possível invasão do distrito para resgate de presos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário