Exmo Sr
Gen Andrade Nery
Honra-me fazer parte da relação de assinantes do Jornal Inconfidência e sempre na expectativa de ler todos os artigos. Por conseguinte, não posso deixar de observar sobre " A Amazônia e a Hidreletricidade " autoria de Manoel Soriano Neto - Cel, Historiador Militar e Advogado. Ao ler o referido artigo, em resposta escrevi sobre a pouca importância que dão as "Matrizes Energéticas" no nosso país.
Assusta-me ver como neste país as Matrizes Energéticas, que DEVEM SER CONTROLADAS, não são tratadas seriamente como Soberania Nacional e são rapidamente loteadas.
Sociedade Civil e Instituições Militares acreditamos que as Matrizes Energéticas e suas Eficiências Energéticas Modais são nossas e deveriam ser usadas em prol dos brasileiros. Comprovadamente este PAÍS é diversificado em recursos naturais e a sociedade pensa que somos iguais a países que só tem o petróleo como a única fonte de riqueza e de receita externa.
Países como Estados Unidos da América, Inglaterra, França, Noruega, Holanda, Nova-Zelândia, ... , estruturam em bases fortes suas empresas de petróleo e denotam sentimentos belicosos para protegerem o que são deles.
Alguns políticos calhordas de Brasília trouxeram um professor de Harvard, se não engano-me o nome do referido Richard Hausmann, que falou alto e em bom som o que ele quer que façamos: "Vender todo o petróleo". - "Precisamos vender tanto petróleo assim para o professor de Harvard que quer encher o tanque de seu carro? - "A quem ele quer beneficiar??? - "Que saudades do falecido Presidente João Figueiredo, teria mandado ele para aquele lugar!". Sim, nossos acadêmicos estão a preparar estudos, mas bem elaborados, para venderem umas de nossas fontes energéticas, dando-nos as desculpas que as receitas serão usadas para a saúde e educação. -"Quem ganhará com isto???" -"Que Fundo Soberano Off-Shore é esse que beneficia somente exportadores brasileiros de outros produtos e as Nações que venderemos o nosso petróleo???".
Exmo. Gen, pela virtuosa carreira militar e estrategista (não há dúvida), sabe que para entrar e dominar um país, o alvo principal são as Matrizes Energéticas. Assim dominadas, reprime-se o povo. -"Isso o norte-americano faz bem feito".
Um país MILITARMENTE FORTE, deve fazer um "Estoque Estratégico Nacional" de suas Matrizes Energéticas, para também manter a sua própria economia e começar a falar em Soberania Nacional e Diretrizes da Estratégia de Defesa Nacional. OS MILITARES ESTÃO PREPARADÍSSIMOS PARA TAL. Estoque este sim, por que não para fins bélicos? como o fazem os países acima citados. -"Para fins bélicos?" -"Nós temos inimigos?" - "Subentende-se que por enquanto não". Não esqueçamos do General George Patton, apesar de que se dizia e agia como um homem do século XVI, falou em 1945, uma de suas últimas entrevistas que o acontecimento da 2ª Guerra Mundial foi pelo domínio das fontes energéticas: no caso o petróleo. Futuramente Petróleo-Água-Amazônia.
Nos EUA, a Chefe de Estado Sra Hillary Clinton foi taxativa sobre o assunto: "Matrizes Energéticas, Modais de Transportes, Estoques Estratégicos de Energias, são assuntos de alta relevância estratégica para a Soberania Nacional Americana. E coloco um ítem que aquela senhora esqueceu: Corredor de Escoamento de Produção. Caso isso não chegue ao povo o resultado é a subjugação.
O que também inquieta-me é que a Venezuela (Chávez deixou uma herança para o atual) ampliou a margem de manobras militares, encontrando-se atualmente na sua primeira linha de exército registrados no campo da tecnologia militar e adquirindo sistemas de armas de alta precisão. Enquanto por aqui, esses COMUNAS CALHORDAS influenciam exaustivamente a sociedade e manipulam contra as Forças Armadas, aproveitando-se da mídia e elegem-se "políticos".
O princípio básico é a inserção, fazer-se presente, do Exército retornar ao cenário Geopolítico fundamentados em linhas de ações militares, políticas e espaços físicos. Destarte, Forças Armadas, Governos e sociedade que não discutem juntas, harmonizadas, a SOBERANIA NACIONAL, começam a perder importância tanto estratégica quanto econômica. Discutí-la e inserir, militares e o povo brasileiro, a noção territorial, É ELIMINAR DE VEZ OS PERIGOS DE ATITUDES EXPANSIONISTAS de alguns vizinhos.
As Forças Armadas Brasileiras, que arrebanham em 79% o grau de confiança dos brasileiros, segundo constam as pesquisas - Fonte: Jornal O Globo/2008, faz-se a precisão de estabelecer relações com a sociedade, pois temos um Ministro da Defesa, nomeado por sindicalista, assaltantes de bancos, sequestradores, terroristas, assassinos, ... , que têm atos sindicais, que EXPLICITAMENTE deixa fragilizada as Forças Armadas e não defende NUNCA os interesses destas. Assunto de Direito Constitucional de Competência da União Federal, tem que haver uma participação mais ativa dos militares. Nos colocar a par do que está a acontecer sobre a Soberania Nacional, o reaparelhamento das Forças Armadas é defender o solo brasileiro e seu povo. Diretriz, mais fácil falar, escrever do que fazer. Não adiantará eleger somente algumas pessoas intelectuais a argumentar. Tem que ser toda, toda a sociedade, de uma forma que se adequa ao entendimento do povo brasileiro. Vamos realizar aqui o que é feito em países de primeiro mundo, expondo todos para o alcance e discussão dos assuntos de relevância nacional.
Há dois meses, ao ler o Jornal do Commércio, o escrito (não recordo o nome do jornalista) comentando sobre uma reserva estratégica nacional, notificou que a questão do pré-sal é outra, que nada tem a ver com criar um fundo soberano, aparelhamento militar, gastar em saúde, educação, e outros. A questão é se deveríamos exportar o nosso pré-sal para outros países ou não, se deveríamos poupar dólares ou poupar petróleo. Essa permissividade brasileira de assistir esses investimentos em dólares serem mal aplicados, eternamente, e ver nossas futuras gerações, o Projeto Soldado-Cidadão (anteriormente tão bem administrados pelo Exército e hoje em dia nas mãos dos PeTralhas.) sem recursos, sem petróleo, sem saúde, sem educação, sem militares para resguardar a Lei e a Ordem e com as mãos atadas sob a tutela de um Governo SINDICALISTA, SUJO, DITATORIAL e que a qualquer preço exonera um militar. Mais uma vez vão prejudicar os jovens brasileiros. - "O que serão deles?". O pior é que o povo doente, silenciado, sem direito para reclamar, em minoria.
No Brasil, ocorre o que já verberava há quase dois séculos o escritor norte-americano Mark Twain, "Em matéria de Estado, olvida-se as moralidades e age-se pensando nas ilegalidades, ou seja, se é ilegal, será feito, mesmo que seja injusto e prejudicial !"
Não há saída sem que discutamos processos relevantes, no caso a Soberania Nacional e a crise política interna que passamos. Qualquer que seja a posição das Forças Armadas, por mais plural que seja não dará resposta, a única saída é uma alteração dos valores deste povo ( o povo brasileiro ainda não é nação, porquanto não temos a mesma carga genética) - "Será que o povo evoluiu ou apenas houve um pequeno deslocamento?"; deslocamento não é evolução. Sinto fortemente que os brasileiros não conseguem encarar muito bem a realidade, que a maioria deles nunca vão além dos estreitos horizontes do subjetivo, inclusive os intelectuais. -"O que fazer com a crise civilizatória que nos encontramos?" -"O que fazer com o sucateamento das Forças Armadas?" Teremos cuidados, pois Forças Armadas desesperadas é um perigo para ela mesma!
Boas perguntas que merecem outras. Nenhuma saída parcial é saída, mas só um desvio para o mesmo caminho.
" A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la. "
Eduardo Galeano
VIVA 31 DE MARÇO DE 1964!!!