sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Forbes ignora a realidade brasileira e aponta Dilma como a terceira mulher mais poderosa do planeta



(Foto: Revista Forbes)
Sob encomenda – Repetindo o que aconteceu na era Lula, o Palácio do Planalto tem se empenhado para produzir factóides que consigam ofuscar o julgamento do Mensalão do PT (Ação Penal 470) pelo Supremo Tribunal Federal, que dependendo do resultado mandará pelo ralo o mais corrupto e populista governo da história brasileira.
Uma semana depois do lançamento do programa de concessões, conhecido também como PAC da Infraestrutura, os palacianos comemoram a matéria de capa da revista Forbes, que traz a presidente Dilma Rousseff como a terceira mulher mais poderosa do planeta. Algo que não ajuda a mudar a difícil situação enfrentada pelos brasileiros. À frente de Dilma, na lista da Forbes, estão a chanceler alemã Angela Merkel, em primeiro lugar, e a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, em segundo.
A matéria sobre a presidente brasileira destaca que o País conteve a inflação e fez o Produto Interno Bruto (PIB) crescer. A reportagem mostra que a realidade do cotidiano verde-louro não foi levada em consideração, pois a inflação continua desafiando o governo e corroendo o salário dos trabalhadores. Em relação ao crescimento do PIB, a Forbes está absolutamente equivocada, pois pouco mais de um terço da riqueza produzida no País advém de impostos. Ou seja, não há como destacar um governante que tem em suas mãos uma nação diuturnamente vilipendiada pela carga tributária.
A revista Forbes ainda afirma na matéria, que serve apenas para de maneira mentirosa massagear o ego de Dilma, que o “Brasil se tornou um dos países mais empreendedores do mundo, com um em cada quatro adultos empregados de alguma maneira”, além de considerar “invejosa” a taxa de desemprego de 5,8%. Empreendedorismo brasileiro se deve à iniciativa privada, que continua enfrentando a resistência do governo e, relação às mudanças estruturais na economia. Nenhum país consegue avançar economicamente com ações pontuais, que funcionam com remendos de última hora.
Quanto ao índice de empregos, a Forbes erra ao desconsiderar alguns fatos importantes. O primeiro deles refere-se à situação de muitos que são considerados empregados, mas que na verdade se submetem a subempregos ou até mesmo biscates. Situação que as esquinas brasileiras não provam ser verdade. O segundo fato desconsiderado pela Forbes está na remuneração da massa de empregados. De acordo o IBGE, doi terços da população economicamente ativa recebe menos de dois salários mínimos, o que inviabiliza qualquer projeto de alavancar a economia a partir do consumo interno. O Brasil é, sim, um amontoado de mal remunerados que experimentaram o endividamento recorde porque acreditaram nos apelos do então presidente Lula e mergulharam no consumismo.
Resta saber qual é o objetivo da revista Forbes ao publicar matéria sem nexo e embasamento. Como no mundo não há coincidências e milagres são operados apenas pelo Criador, algo de errado há por trás dessa bajulação editorial. Até porque, quem tem poder e nada resolve, ou é incompetente ou tem má vontade.
  
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