05 | 07 | 2012
Scott Cleland é colunista da Forbes e autor de “Busque e Destrua: porque você não pode confiar no Google Inc.”. Republicano declarado, Cleland comenta a respeito do Google: “Nos Estados Unidos, eles são muito próximos ao Obama. É preciso acompanhá-los de perto para que não manipulem eleições”.
Mayara Teixeira, do portal Ig, não faz exatamente uma “entrevista” com Cleland: ela parece interrogá-lo, com perguntas das quais certamente seriam poupados outros autores (democratas ou petistas, por exemplo), como quando questiona “em qual partido” o escritor vota. Mas não importa: Cleland é descrito como “típico republicano conservador do interior dos Estados Unidos”, o que para a repórter talvez seja um defeito, e tem ideias bastante fortes a respeito da influência nociva do Google sobre o comportamento dos internautas, na política e na disseminação de agendas ideológicas.
“O Google é único”, diz Cleland. “Eles têm a missão de organizar toda a informação do mundo e torná-la acessível para todos. Isso parece lindo, mas o problema é que eles não respeitam o direito à propriedade ou à privacidade. A missão deles é coletar qualquer dado que encontrarem, seja propriedade de alguém ou informação pessoal. Eu acredito que se não tivermos direito à propriedade e à privacidade, não temos liberdade, dignidade ou segurança. O Google não se importa com o usuário e faz o que for preciso. Esse é um tipo de tirania, nenhuma outra companhia faz isso.”
A opinião de Cleland merece ser conhecida. Texano de Austin, anticomunista assumido, 52 anos de idade, ele trabalhou na gestão de George H.W. Bush como assessor do Departamento de Estado para Políticas de Informação e Comunicação:
“Eu vejo que o Departamento de Justiça está trabalhando para julgar alguns crimes cometidos pelo Google. Acredito que o governo Obama apoiou muito a empresa no passado e agora está se tornando mais preocupado. Mas, o Google continua cometendo os mesmos erros ao redor do mundo.”
Seu livro “Busque e Destrua: porque você não pode confiar no Google Inc.” está disponível no Brasil pela editora Matrix.
LEIA A ENTREVISTA COMPLETA: http://economia.ig.com.br/
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