terça-feira, 2 de março de 2010

COTURNO NOTURNO, HOJE

Terça-feira, Março 02, 2010

Fogo amigo.

Se realmente foi um tucano quem fez a afirmação que está na coluna da Monica Bergamo(leia abaixo), é inimigo na trincheira. E acima de tudo, meio amadorzinho em termos de matemática eleitoral básica. Minas tem 14 milhões de eleitores. Cada ponto percentual representa 140 mil votos. Os 18% a mais que Aécio tem sobre Serra, em Minas, representa 2,5 milhões de votos. Acabam aí as continhas amadoras. Vamos pensar mais holística e menos estatisticamente? Na prática, se Serra ganhar estes votos, estará tirando dos outros candidatos. Lula, em 2006, tirou uma diferença de 3,2 milhões de votos em Minas Gerais, no segundo turno. No Brasil, a diferença a favor de Lula foi de 20 milhões de votos. Logo, Minas Gerais contribuiu com 16% da diferença que Lula obteve sobre Geraldo Alckmin. É pouco, "tucano" esperrrrto? Então vamos refrescar um pouquinho mais a memória. Se tivesse tido 2% a mais de votos, Lula teria vencido a eleição no primeiro turno. É pouco, "tucano" esperrrrrto? Ninguém está querendo Aécio pelos seus belos olhos. Minas pode decidir a eleição. Tocantins, da Kátia Abreu(DEM-TO), infelizmente, não. Tampouco o Paraná do Álvaro Dias(PSDB-PR), onde Serra já tem um dos seus maiores percentuais. Os dois são excelentes políticos, mas não resolvem. Portanto, sejamos frios e calculistas: não existe vice melhor do que Aécio. E ele resolve, sim. É indispensável para vencer a eleição? Sem ele está tudo perdido? Não, mas será muito, muito mais difícil. Ponto final.
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O efeito Aécio

De Mônica Bergamo:

O lançamento de Aécio Neves (PSDB-MG) como vice-presidente na chapa de José Serra (PSDB-SP) poderia reverter a queda dele, demonstrada pelo Datafolha, nas pesquisas presidenciais?De acordo com aliados dos líderes tucanos que estudam os números, o crescimento que Serra teria em Minas se reverteria hoje em dois pontos no levantamento nacional."Ajuda, mas não resolve", diz um tucano. O impacto maior seria político, especialmente se Aécio conseguisse embaralhar a aliança partidária que hoje se forma em torno de Dilma Rousseff.Pelos dados mais recentes do Datafolha em Minas, Serra tinha, em dezembro, 39% das intenções de voto no Estado. Aécio tinha 57%Ou seja, na melhor das hipóteses, transferiria 18 pontos para Serra - o que equivaleria aos cerca de dois pontos nacionais, já que Minas tem 10% do eleitorado do país.

PPS fecha com chapa puro-sangue.

Para o presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freire, a decisão da legenda serve como um ponto de partida para a definição da chapa da oposição em 2010. "É o momento de trabalhar os nomes. Uma chapa com Serra e Aécio fortalece a oposição e tem grande impacto eleitoral. Os dois são grandes gestores, com um claro compromisso democrático", disse Freire.A demora na definição dos candidatos a vice-presidente, analisa Freire, não é assunto exclusivo da oposição. “A candidatada do governo (Dilma Rousseff) tem um problema maior ainda para a definição do seu vice. Vai acabar definindo só na convenção eleitoral, em junho, devido a complexidade de sua aliança eleitoral”, analisa Freire. Leia aqui.

Fidel homenageia seu cúmplice: Lula.

Nesta semana, as "Reflexões" do assassino e tirano Fidel Castro, o homem que tem as mãos manchadas pelo sangue inocente de um operário chamado Orlando Zapata, são um verdadeiro agradecimento à cumplicidade de Lula, que estava em Cuba quando o preso político morreu, barbaramente, após mais de 80 dias de greve de fome. Fidel conta toda a sua história com Lula, mas não cita o Foro de São Paulo. Perdoa publicamente Lula por usar cana-de-açúcar para produzir etanol. Alardeia, obviamente, as parcerias com o Brasil, que está enterrando U$ 2 bilhões sem a mínima garantia de retorno, pois Cuba não paga a sua dívida externa. Ao final, Fidel escreve:

"Uma grande prova de seu desinteresse foi a renúncia a buscar a sua reeleição e confia que o Partido dos Trabalhadores continuará governando o Brasil. Alguns invejosos de seu prestígio e sua glória, e pior ainda, os que estão a serviço do império, o criticaram por visitar Cuba. Utilizaram para ele as vis calúnias que há meio século usam contra Cuba. Lula conhece desde há muitos anos que em nosso país jamais se torturou ninguém, jamais se ordenou o assassinato de um adversário, jamais se mentiu ao povo. Tem a segurança de que a verdade é companheira inseparável de seus amigos cubanos".

Fidel cobra, enfim, do seu amigo Lula, que ele avalize as torturas, a falta de liberdade, a ditadura e as prisões que estão ocorrendo em Cuba. Que ele seja o seu porta-voz junto ao mundo que pressiona a Ilha-Prisão para que ela liberte os seus prisioneiros de consciência. Com a palavra, Luiz Inácio Lula da Silva, a quem o ditador Fidel Castro trata como um íntimo amigo.

Aécio, o mestiço político.

Há várias formas de interpretar a frase de Aécio Neves(PSDB-MG), dita ontem, em Minas Gerais. Ironizou o jovem e ambicioso governador: "Eu sou mestiço, como é que eu vou participar de uma chapa puro-sangue?" O mestiço é o resultado do cruzamento de várias raças, é o próprio brasileiro, a nossa síntese tão cantada e decantada. Infelizmente, quando se trata de política, o que menos precisamos no Brasil são de "mestiços". Aécio pode não ter desejado dizer, mas acabou deixando meio implícito um "sou tucano, mas tenho um pouco de petista e um pouco peemedebista". Por ironia ou ato falho, Aécio definiu a si mesmo com perfeição. Até hoje, Aécio Neves foi um "mestiço" na política brasileira, convivendo muito bem com todas as "raças".É a sua grande habilidade. É a sua biografia. Agora, pela primeira vez, está sendo pressionado pela sociedade brasileira para que assuma uma só nuance da sua "raça" política. O Brasil quer saber o que vai prevalecer nas próximas decisões de Aécio Neves. Aécio pode continuar sendo um "mestiço político" a serviço das suas Minas Gerais e assim será para o resto da sua vida. Ou pode ser o brasileiro que, acima de qualquer raça, vai emergir como um verdadeiro salvador da pátria. O Brasil não perdoa traidores. Minas Gerais sabe disso melhor do que nenhum outro estado do país.
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O palanque "mestiço" de Aécio Neves, na comemoração aos 100 anos de Tancredo, terá Ciro Gomes, Lula, Dilma Rousseff e, em especial deferência, José Serra.

Vanucchi: morte de Zapata foi um "azar" de Lula.

Paulo Vannuchi, o homem para direitos humanos de Lula e do Brasil, o ministro que quer implantar o PNDH III que libera o aborto, que acaba com anistia, que substitui tribunais por conselhor populares, declarou: "É preciso levar em conta que houve ataques, invasões, espionagem permanente. Isso não justifica, mas explica o fato de Cuba ter hoje um regime político com o constrangimento -e ainda azar do presidente- de acontecer a morte de um dissidente nesta hora." Vannuchi, em vez de lamentar a morte de Orlando Zapata, pedreiro, operário e preso político em greve de fome há mais de 80 dias, apenas lamentou que ela tivesse ocorrido na presença de Lula. O ser humano Orlando Zapata é, para o ministro dos Direitos Humanos do Brasil, apenas um "dissidente". É muito "azar", segundo Vannuchi, um preso político morrer na prisão justamente quando Lula abraçava e "bromeava" para Fidel e Raul, às gargalhadas. E complementou: " e digo isso com todo o respeito que tenho por Cuba". Não é por Cuba que o ministro tem toda esta referência. É pelos dois assassinos sanguinários, ditadores, torturadores, Fidel e Raul Castro. Beije as mãos assassinas deles, Paulo Vannuchi!
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