terça-feira, 16 de março de 2010

BRASIL CORRE RISCO DE ATENTADO TERRORISTA, SEGUNDO CIA.


terça-feira, 16 de março de 2010


CIA adverte que Brasil corre risco de ataque terrorista e vazamento sigiloso sobre o mensalão alopra os petralhas

Edição do Alerta Total - www.alertatotal.net
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Por Jorge Serrão

Intensifica-se o processo de desestabilização e desmoralização do esquema de Luiz Inácio Lula da Silva. Os ataques são internos e externos. Lá fora, a CIA informa, reservadamente, a alguns senadores brasileiros que o Brasil foi colocado em estado de atenção para o risco de um ataque terrorista. Enquanto Lula polemiza com Israel e EUA, a conhecida agência de inteligência norte-americana adverte que Lula pode ter problemas a qualquer momento. $talinácio que se cuide, porque a acidose parece inevitável.

No front interno, do nada, como se fora um milagre vindo do inferno, renasce o escândalo do mensalão. Vazou do Ministério Público Federal uma série de depoimentos sigilosos, dados corretor do mercado financeiro Lúcio Bolonha Funaro, comprometendo a alta cúpula petralha – principalmente José Dirceu de Oliveira e Silva. Funaro sugeriu que o Ministério Público investigue a empresa ASM Asset, que teria feito negócios com fundações ligadas ao PT e chefiadas por João Vaccari que, segundo o depoente, era "preposto de José Dirceu e Delúbio Soares" (ex-tesoureiro do PT).

Com o escândalo da Bancoop também crepitando no noticiário e na Justiça, agora o temor dos petistas é que ressurja, das cinzas, alguma coisa grave sobre o assassinato de Celso Daniel – ex-prefeito de Santo André e ex-comandante do esquema financeiro de campanhas eleitorais do PT. Até hoje, a violenta e covarde execução de Celso Daniel – no pior estilo das mais sanguinárias máfias, com seqüestro, abusos sexuais e torturas até a morte - é um tabu na cúpula petista.

Beneficiado pela “delação premiada” – no qual deixa de ser réu para colaborar com as investigações -, Funaro revelou detalhes do funcionamento do esquema de arrecadação de recursos para o PT, em transações suspeitas com fundos de previdência de empresas “estatais”. Os depoimentos de Funaro foram incluídos no processo do Mensalão que tramita, a passo de tartaruga, no Supremo Tribunal Federal (STF).

Funaro denunciou – e Dirceu nega, para variar – que o consultor petista teria recebido até R$ 5,5 milhões em propina nas negociações escusas feitas pela Fundação Portus, dos trabalhadores portuários, na venda de um imóvel em Joinville, em 2004. Além de complicar a vida de Dirceu, as revelações de Funaro afetam três outros petistas: o ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno, o atual tesoureiro do partido, João Vaccari, e até o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT), que briga internamente no PT fluminense para tentar sair candidato ao Senado.

Como é que vaza?

A advogada de Funaro, Beatriz Catta Preta, informou que prepara um pedido de esclarecimentos ao Ministério Público Federal no Paraná, onde Funaro depôs.

A defensora exige explicações sobre como vazaram tais informações em “segredo de Justiça”.

Preta lembra que a colaboração sob acordo de delação premiada é sigilosa e o vazamento pode prejudicar o delator.

Sugestão: Por que a advogada não manda uma cartinha para os serviços secretos norte-americanos ou israelenses perguntando como se vazam informações no “titanic petralha”?
O direito de negar
O advogado José Luís Oliveira Lima, que defende José Dirceu, estranha que um depoimento de 2005, desconsiderado pelo Ministério Público Federal no oferecimento da denúncia do mensalão, tenha vindo à tona às vésperas do pleito presidencial.

O advogado sustentou que Dirceu nunca teve contatos pessoais, por telefone ou por terceiros, com o corretor Lúcio Funaro, e classificou as denúncias de "ilações criativas”:

As acusações são levianas e não correspondem à verdade”.

Acrescentou que, em depoimento à 2ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, em 2008, Funaro sequer tenha citado seu cliente.

Outros envolvidos
Funaro denunciou que, na campanha de 2004, o então secretário de Comunicação do PT, Marcelo Sereno, teria operado desvios da Fundação Núcleos (da Eletronuclear), para abastecer a campanha de Lindberg. Funaro só não citou valores ou detalhes da suposta irregularidade.

O corretor também levantou suspeita sobre a atuação de José Mentor (PT-SP) na relatoria da CPI do Banestado, em 2004.

O corretor denunciou deputado teria recebido dinheiro para excluir do relatório final da comissão nomes ligados ao Banco Rural e ao PT, para quem Marcos Valério de Souza, apontado como operador do mensalão, atuaria como lobista na comissão.

O que faz sentido?
O prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias jura que a versão de Funaro não faz sentido.
Alega que Marcelo Sereno, ex-secretário de Comunicação do PT, apontado como responsável pela coleta de propina em negócios da Fundação Núcleos para favorecê-lo, seria seu desafeto político:

Esse sujeito (Funaro) é completamente irresponsável! Não conheço ninguém nessa fundação, e o Marcelo Sereno sempre foi um adversário violento nosso. Esse Funaro é um criminoso, não tem idoneidade para sair atirando para tudo quanto é lado. Se quiser fazer isso, tem que apresentar alguma prova”.

Pelo visto, ninguém conhece Funaro, mas Funaro parece conhecer, muito bem, todo mundo...

Sobrou para os baianos
Nos depoimentos, Funaro também reclamou que foi pressionado pelo deputado federal ACM Neto, na época subrelator do esquema de fundos de pensão na CPI dos Correios, para entregar documentos que incriminavam o banqueiro Daniel Dantas.

Funaro acusou que, por meio de interlocutores, o parlamentar baiano teria prometido a Funaro que, em troca dos documentos, ele e o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) não vazariam à imprensa informações que o prejudicassem nas investigações.

Os papéis na mira da CPI mostrariam a movimentação financeira do Opportunity Fund nas Ilhas Cayman.

Tese da vingança
O deputado federal ACM Neto (DEM-BA) classificou as acusações de absurdas e contraditórias.

Lembrou que, na época da CPI dos Correios, era apontado por parlamentares petistas até como defensor de Daniel Dantas:

Nunca tive qualquer contato com esse senhor, direto ou indireto. A primeira vez que o vi foi no depoimento à CPI. Aliás, ele só compareceu depois de ameaçado de prisão. Antes, fugia o tempo inteiro”.

ACM Neto avalia que Funaro tem motivos para odiá-lo, porque teve a quebra dos sigilos bancário, telefônico e fiscal quebrados na CPI, e também porque pediu o indiciamento do corretor por vários crimes "cabeludos" ao fim da CPI.

Lançado
O diretório do PSDB de Minas Gerais decidiu lançar o vice-governador de Minas, Antônio Anastasia, como pré-candidato à sucessão estadual.

Os tucanos mineiros também confirmaram o nome do governador Aécio Neves como pré-candidato ao Senado:

"O PSDB de Minas Gerais e os aliados do governador Aécio Neves estão totalmente comprometidos com o nome do governador de São Paulo, José Serra, como pré-candidato à presidência da República nas eleições deste ano. Estamos todos empenhados na eleição de Serra e Anastasia, sob a liderança de Aécio Neves, para consolidar a mais ampla vitória desse projeto em Minas Gerais e no Brasil. Refutamos, assim qualquer iniciativa que tenha como objetivo enfraquecer este projeto e colocar dúvidas sobre nossas convicções partidárias".

Propaganda barrada

O diretório estadual do PT avisou que vai recorrer da decisão da Justiça Eleitoral de São Paulo que suspendeu a propaganda partidária em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva enaltece a ministra da Casa Civil e pré-candidata ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff.

Na peça de 30 segundos, veiculada desde a última sexta-feira, Lula afirmou que Dilma é mineira, mas tem a cara de São Paulo.

O desembargador Alceu Penteado Navarro, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP) entendeu que a propaganda ultrapassa os limites do artigo 45 da lei dos partidos, uma vez que faz promoção eleitoral ao invés de divulgar os ideais da legenda.

Alô, alô, Bento 16

Já que Lula proclamou que a mineira Dilma “tem a cara e a alma de São Paulo”, bem que o Vaticano podia dar uma forcinha na campanha dela.

Que tal canonizar Dilma Rousseff, transformando-a em mais uma santa brasileira, ainda mais depois de sua milagrosa cura de um câncer linfático?

Não seria divino perdoá-la, oficialmente, por seus crimes ideológicos do passado, também já perdoados pela Lei de Anistia que os aliados dela querem revogar?

$talinácio derrapando
O chanceler israelense, Avigdor Lieberman, decidiu boicotar Lula depois que o brasileiro supostamente se esquivou de prestar homenagem ao fundador do sionismo, Theodor Herzl.

Os israelenses ficaram PTs da vida com $talinácio porque ele não pronunciou a demoníaca palavra Irã em seus discursos no tour por Israel.

Por contrariar os interesses de EUA e Israel, o grande “estradista” global corre o risco de sofrer novas e surpreendentes “derrapagens” em seu caminho político, até o fim do governo...

Vida que segue...
Ave atque Vale!
Fiquem com Deus.
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© Jorge Serrão. Edição do Blog Alerta Total de 16 de Março de 2010.

Brincando à beira do Abismo

Artigo no Alerta Total - www.alertatotal.net

Por Adriano Benayon
Em março de 2008, publiquei artigo intitulado “Ascensão estratosférica dos lucros dos bancos”. Dizia então:

Os lucros de 31 bancos em atividade no Brasil aumentaram, em 2007, para R$ 34,4 bilhões, com crescimento real de 43,3% em relação a 2006, quando tinham atingido R$ 25,05 bilhões. O retorno sobre o patrimônio aumentou de 21,2 para 24,3%.

Que temos então? Uma escalada em aceleração desde o início dos oito anos de FHC, período em que a média de crescimento real dos lucros foi 11% aa., ou seja, acumulou 130%. Nos dois primeiros anos de Lula, a média anual subiu para 14% aa. De 2003 a 2007, para 19,8%, acumulando 147% em apenas 5 anos. Computando os dois períodos, 468%, ou seja, os lucros reais multiplicaram-se por quase seis.”

2. Agora, dois anos depois, começam a ser divulgados os resultados de 2009. Não saíram ainda todos, mas já se pode avaliar: apenas cinco bancos já somam lucro de R$ 37,3 bilhões, superando o lucro total dos 31 bancos computados em 2007: Itaú-Unibanco – R$ 10,5 bilhões; Banco do Brasil – R$ 10,5 bilhões; Bradesco – R$ 8 bilhões; Santander – R$ 5,5 bilhões; Caixa Econômica – R$ 2,9 bilhões.

3. Entre esses, há dois bancos públicos, o BB e a Caixa, que arcaram com o grosso dos financiamentos à produção agrícola e industrial, à parte os cobertos pelo BNDES, o banco federal de desenvolvimento.

4. Em função disso, o aumento do lucro do Banco do Brasil foi bem menor que o dos bancos privados e estrangeiros, como o Santander. A Caixa Econômica teve diminuído seu lucro em 22%, comparado com o de 2008.

5. Já os privados seguem desfrutando de lucros em célere crescimento. São mais eficientes? Não. A política econômica assegura-lhes lucros, sem que eles desempenhem qualquer função útil à economia, reservando-lhes ganhos sem risco, o contrário da economia de mercado e competitiva.

6. De fato, o Banco Central continua amamentando os bancos com taxas reais de juros acima de 12% aa. nos títulos públicos, que tiveram taxas negativas nos outros países. O ano de 2009 caracterizou-se pela depressão, mesmo no Brasil, onde a produção industrial recuou muito.

7. Os concentradores tripudiam sobre o País. Diante da depressão que afunda o emprego, os salários e a produção, as taxas de juros permanecem astronômicas, sob a benigna (para os banqueiros) proteção do Banco Central e das “autoridades”.

8. O fato de os lucros dos cinco maiores bancos terem, em 2009, ultrapassado os obtidos em 2007 pelos 31 principais, significa não somente serem eles cada vez mais favorecidos pelo “governo”, mas também que a concentração teve peso importante no resultado.

9. Com efeito, só durante esse curto período, houve, entre outras, duas grandes transações concentradoras: a absorção do Unibanco pelo Itaú e a compra pelo Santander das operações do ABN-AMRO (holandês), que adquirira, há tempos, o Banco Real.

Crise e Santander

10. O Santander, que paga as palestras de FHC aqui e no exterior, foi o beneficiário da escandalosa privatização com a qual a União transferiu a propriedade do BANESPA, o maior banco estadual do mundo, àquele braço da oligarquia financeira mundial.

11. Mas quem é o Santander? É um banco com sede oficial na Espanha, originário da região basca, controlado pelo Bank of Scotland e, portanto, associado ao grupo Inter Alpha, dirigido pela família real britânica. A mesma que faz arrancar do território brasileiro as zonas mais ricas em minérios do mundo, situadas em Roraima e outros estados do norte, a pretexto de serem áreas indígenas.

12. Observadores competentes apontam a Espanha como epicentro do colapso da união monetária européia, previsível para este ano e já desencadeado com a bancarrota da Grécia. Esta tenta conseguir a reestruturação de suas dívidas, a qual, concretizada, conduzirá às da Itália, Espanha, Portugal e Irlanda. O conjunto envolve quantia equivalente a US$ 2 trilhões, mais que o triplo do custo da quebra do Lehman, em 2008, a qual precipitou o colapso financeiro em Nova York.

13. O Santander é o banco com maiores problemas na Espanha, e os prejuízos dele agravam a crise da City de Londres, onde, proporcionalmente, as intervenções com dinheiro dos contribuintes para salvar bancos que deveriam falir, superam as efetuadas nos EUA.

14. Só na Espanha e só de bancos alemães, os créditos montam a 240 bilhões de euros (US$ 330 bilhões), i.e., 44% dos empréstimos germânicos na eurozona, que somam 540 bilhões de euros (US$ 730 bilhões). Na Grécia estão apenas 8% desse total.

15. A Espanha é recordista de desemprego, com oficiais 18,8% já no final de 2009. Sua degringolada provém, em boa parte, da depressão reinante no continente, a qual acarretou aguda queda nas receitas do turismo.

Absurdo mundial e no Brasil

16. O euro já se desvalorizou 10% em relação ao dólar, desde o recente começo da crise monetária européia. Tal é a falta de seriedade dos mercados financeiros, que o dólar, embora não valha muito mais que lixo, vem sendo imaginado como refúgio de valor por muitos que se livram do euro. Como piada, isso não seria mau, mas acontece e agrava a tragédia da economia mundial, arrasada pelas jogadas da oligarquia.

17. O Brasil continua, de um lado, a propiciar lucros imensos aos bancos estrangeiros em função das taxas de juros internas incrivelmente altas. De outro, mantém, com prejuízo, reservas de quase US$ 240 bilhões, aplicando-as a juro zero, com a inflação do dólar a 4% aa. Pior: a desvalorização cambial, sofrida em 2009 é oito vezes maior que isso, e perspectiva futura de queda afigura-se desastrosa.

18. Enquanto isso, não está distante o reflexo sobre o País das encrencas dos bancos estrangeiros em suas bases no exterior. Um dos primeiros da fila é o Santander, o quarto maior banco múltiplo em atividade no Brasil.

Adriano Benayon é Doutor em Economia. Autor de “Globalização versus Desenvolvimento”, editora Escrituras. abenayon@brturbo.com.br. Publicado em A Nova Democracia, nº 63 – março de 2010

segunda-feira, 15 de março de 2010

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