quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

JÁ É TEMPO DA RESPOSTA


  • Já é mais do que tempo do STF concluir essa história do mensalão, enquadrando os condenados no cumprimento imediato da pena, e penalizando manifestações desrespeitosas aos magistrados. Antigamente, advogados dos réus se pronunciavam, resguardando o respeito ético à justiça. Hoje ofendem graciosamente qualquer um, inclusive a Corte Suprema. Coisa impensável em outros tempos. Conflitos de idéias e conhecimentos é uma coisa bem diferente da imposição de idéias e interpretações estapafúrdias, para livrar clientes condenados. Gera anarquismo e desobediência à ordem pública e àqueles que exercem cargos que solucionam as relações sociais. Durante anos, advogados apresentaram as defesas de seus clientes. Derrotados, agora, alguns, são o próprio exemplo da incitação ao descrédito de juizes. Não é isso que se ensina nos cursos de Direito quando o assunto envolve estatuto e ética para quem exerce a advocacia. O fato de não haver hierarquia entre juízes, promotores e advogados, não quer dizer que possam se destratar, entre si, inclusive, publicamente quando foram obedecidos os preceitos constitucionais de ampla defesa e do contraditório. E quando insatisfeito, é na justiça e sobre os autos que se discute. Mudar isso, é agressa a lei, ao estado de direito. E os réus agora fazem blog, cartilhas e substituem seus advogados, com agressões ainda maiores, como a mais recente do ladrão, repito, ladrão, João Paulo Cunha, que pensa estar acima da lei. Podem espernear à vontade, a causa está decidida. Mas há uma sincronia para que réus de “primeira grandeza” no crime organizado estejam sempre presentes na mídia, com o fito de se dizerem inocentes para a opinião pública. No parlamento, não ví nenhum deles usarem a tribuna para apresentarem e aprovarem projetos de políticas públicas voltadas para a melhoria real da qualidade de vida do povo que representaram. Vi sim, ações mancomunadas com o executivo para privilegiar votações favoráveis ao Governo do seu partido, cujos resultados ainda têm sido muito pouco em ralaçao ao que a sociedade aspira como um todo (a não ser em campanhas eleitoriais que são preenchidas com verdeiros salvadores de pátria). Ninguém deseja ser privado da liberdade. Mas se os seus atos concorreram para isso, cadeia. Não
    acredito que Ministros da Suprema Corte sejam tão insensatos na condenação dos réus. Mas é assim, a parte que condena criminosos só vai agradar mesmos os cincoenta por cento, constituída, naturalmente, de quem respeita o ordenamento jurídico brasileiro. Já é tempo do STF dar uma resposta definitiva a esses atos que influem perniciosamente na harmonia social e também entre os poderes da república.
    Carlos Esteves
    Rio Branco - AC



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