quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Alckmin diz que PM envolvido com crimes terá "demissão sumária"



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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou, nesta quarta-feira (10), que caso algum policial tenha ligação com os assassinatos que acontecem no Estado, o oficial será demitido imediatamente. "Caso o envolvimento seja comprovado, é demissão sumária", disse.
São Paulo teve, na última semana, quatro noites violentas, com grande número de assassinatos. O pior caso foi registrado em Taboão da Serra e Embu das Artes (Grande São Paulo). Oito pessoas foram mortas a tiros entre a noite de segunda-feira (8) e a madrugada de terça-feira (9) após o assassinato de um policial militar. A PM não confirma se há relação entre os crimes e a morte do militar.
Por volta das 23h de ontem, outros dois homens foram mortos a tiros nos bairros Cidade Ariston Estela Azevedo e Vila Veloso, em Carapicuíba (Grande São Paulo). Nenhum suspeito foi preso.
Segundo o governador, todos os crimes registrados como resistência seguida de morte serão apurados pela Corregedoria da PM e o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa).

Mortes na Grande São Paulo

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Eduardo Anizelli/Folhapress
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Homem fica pendurado em portão após ser morto a tiros em Taboão da Serra
SATURAÇÃO
Ontem, o governo anunciou uma megaoperação da PM com cerca de 15 mil homens a mais no policiamento no Estado. "A população vai sentir agora, positivamente, maior presença policial no Estado. A prioridade da operação serão as grandes cidades da Baixada Santista e da região metropolitana de São Paulo", afirmou Alckmin.
O reforço, de 15 mil policiais (5.000 em cada um dos três turnos de trabalho), se somará ao efetivo de 30 mil que já atua nas ruas todos os dias. Esses PMs virão do serviço administrativo e, até, de homens ainda em formação. Não há prazo para o término da operação, que começa hoje.
O comandante da Polícia Militar, Roberval França, diz discordar da avaliação do Ministério Público de Santos, de que há uma "guerra civil", entre PMs e o PCC. "Guerra é quando a lei não vigora mais. O que está acontecendo é uma série de delitos."
O governo estadual afirma que é "lenda" o poderio da facção criminosa PCC e que há glorificação dos criminosos por parte da imprensa.

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