| 08 Setembro 2012
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
O
candidato da oposição, Henrique Capriles lidera com vantagem
irreversível. Mas o uso da máquina pública, o arremedo de fiscalização
do pleito, a ausência de observadores internacionais e as ameaças de
Chávez apontam para o possibilidade de fraude nas eleições da Venezuela.
O
presidente da Aliança Parlamentar pela Democracia da América (APDA), o
deputado boliviano Adrián Oliva Alcázar, informou hoje que “nossa
organização declarou-se em alerta e começou a advertir todas as
lideranças democráticas da América Latina porque - ante a vantagem
crescente e irreversível do candidato Henrique Capriles -, temos
indícios de que o presidente Hugo Chávez poderia perpetrar uma fraude
para se manter ilegalmente no poder”.
A
APDA, plataforma conformada por deputados e senadores pertencentes a
oito nações latino-americanas, divulgou hoje um comunicado no qual
denuncia a “grosseira vantagem do Partido Socialista Unido da Venezuela
(PSUV), que utiliza todos os recursos e os meios de comunicação do
Estado para fazer campanha, ante a indiferença do Conselho Nacional
Eleitoral (CNE) que não faz nada para evitar”.
Os
parlamentares criticaram “o suspeito esquema de observação desenhado
pelo CNE para as eleições de 7 de outubro, que só permite a participação
de testemunhas silentes (acompanhamento) e não verdadeiros
observadores, enquanto que deliberadamente nega a presença de enviados
da OEA, do Parlamento Europeu e demais instituições reconhecidas. Chama a
atenção que, para o acompanhamento internacional, o CNE recorra quase
que exclusivamente à UNASUL, organização dirigida por Alí Rodríguez
Araque, ex-presidente da PDVSA e homem de confiança de Chávez” [1].
A
APDA expressou sua plena coincidência com o Centro Carter, a respeito
de que “o acompanhamento consiste em convidar indivíduos estrangeiros
para observar as atividade relativas ao dia da votação, mediante uma
presença política majoritariamente simbólica, enquanto que a observação
implica em avaliar o processo eleitoral em seu conjunto”.
Os
parlamentares latino-americanos também manifestaram sua coincidência
com as apreciações do candidato opositor Henrique Capriles Radonsky, que
no passado 24 de agosto acusou o Governo de fazer tudo para que não
haja observadores internacionais nas próximas eleições, substituindo
essa figura pela de “acompanhantes”, porque prefere que “menos olhos”
possam ver suas “artimanhas” [2].
Os
integrantes da APDA condenaram duramente as ameaças de Chávez, com
respeito a que se a oposição triunfar, haverá uma guerra civil na
Venezuela [3].
“Interpretamos suas palavras como uma intenção de recorrer à violência
se os resultados não lhe favorecerem. O governo venezuelano vem
preparando o cenário do conflito e das violações aos direitos humanos,
ao manifestar seu desejo de se retirar da Comissão Interamericana de
Direitos Humanos (CIDH)”, assegurou o deputado Adrián Oliva. “A
comunidade internacional não pode permanecer indiferente frente à
pretensão de Chávez de se perpetuar no poder mediante uma fraude, e de
acabar com a democracia e as liberdades na Venezuela”, disse.
Para maiores informações se comunicar com o deputado Adrián Oliva Alcázar:
E-mail:
a.oliva.alcazar@gmail.com
Twitter: @A_Oliva_Alcazar
Telefone: +59177713654 - La Paz, Bolívia
Notas:
Tradução: Graça Salgueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário