Posted: 09 Sep 2012 02:00 AM PDT
Catolicismo — Quais são suas esperanças e temores em relação à Conferência Rio+20? Lord Monckton — Minha principal dificuldade com essas conferências é que na realidade estamos em presença de uma burocracia governamental predatória, gananciosa, que suga de novas maneiras os contribuintes. Seus componentes pensavam ter descoberto a fórmula mágica com o aquecimento global, até constatarem que um pequeno grupo de cientistas, mas decidido, conseguiu demonstrar que eles tinham largamente exagerado. E agora a vasta maioria da população mundial é francamente cética quanto às alegações extremas e absurdas de que o nível do mar subirá até 20 pés e a temperatura subirá de 3º Celsius nos próximos 100 anos. Ninguém acredita mais nessas coisas como antes, e a ONU simplesmente mudou a abordagem de “mudança climática” para o assim chamado “desenvolvimento sustentável”, que é na prática uma insustentável ausência de desenvolvimento e a derrocada do capitalismo, embora a ONU espere que os capitalistas continuem pagando as contas dela.
Seus organizadores estavam visivelmente temerosos de que, se víssemos o que eles queriam fazer, iríamos divulgá-lo, como o fizemos frequentemente e com muito sucesso no passado; e então fizeram de tudo para evitar que nós ou outros nos inteirássemos do que estava acontecendo. Portanto, em que pese sua fachada de transparência, na realidade o que há é uma extrema impenetrabilidade e segredo. Isso indica a existência de uma tentativa da ONU de se tornar efetivamente uma espécie de governo mundial. Em maio do ano passado, Ban Ki-moon, seu secretário-geral, reuniu-se com os assessores para discutir meios de minar as soberanias nacionais, para que a ONU pudesse começar a exercer em maior escala uma soberania global com poder de governo. Este é o objetivo. É claro que a grande mídia não vai falar disso, mas esta é a agenda da ONU, que ficou muito clara no projeto do Tratado de Copenhague de 15 de setembro de 2009. O projeto fracassou. Mas no ano seguinte, em Cancún, a ONU introduziu muitas medidas que haviam sido barradas em Copenhague, inclusive o estabelecimento de milhares de novas burocracias — não de burocratas, mas de burocracias — destinadas a constituir os núcleos do que deveria efetivamente tornar-se um governo mundial. A finalidade desse processo aqui é avançar aquele objetivo primordial. Agora, nas 182 páginas do projeto do Tratado de Copenhague, que era um projeto de governo mundial (e de fato, no tratado a palavra “governo” foi usada naquele contexto; não estou inventando, foram seus signatários que o afirmaram), em nenhum momento, nenhuma daquelas 182 páginas menciona democracia, urnas, eleições ou votos. O projeto era, e continua a ser, uma ditadura que se perpetua através da classe burocrática e governante. É isso o que mais temo.
Lord Monckton — O desafio foi entregue pessoalmente, in vellum, na sua enorme mansão em Tennessee (EUA), em março de 2007. Transcorreram desde então mais de cinco anos. E ainda estamos esperando resposta. Não admira que, transcorrido tanto tempo desde que fiz o desafio, eu esteja esperando sentado. É claro que Al Gore sabe perfeitamente que não ousaria debater este tema com ninguém. Ele exige que nenhum jornalista ou participante em qualquer de suas reuniões pergunte algo que não esteja previsto por escrito, porque necessariamente não saberia responder. Ele fica apavorado com a ideia de um debate. Mas o desafio continua em aberto. Como diz o ditado: “Você pode correr, mas não se esconder, e estou chegando para apanhá-lo!”. Continua no próximo post Blog Verde a nova cor do comunismo
(Fonte: Catolicismo, agosto de 2012).
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quarta-feira, 12 de setembro de 2012
O anti-desenvolvimento
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