Entidade se diz preocupada com infra-estrutura no País
12 de dezembro de 2013 | 8h 07Jamil Chade - O Estado de S. PauloGENEBRA - As autoridades brasileiras estão adotando medidas "tapa-buracos" para lidar com o fluxo de torcedores na Copa do Mundo. Mas elas não darão conta da expansão do mercado doméstico brasileiro e não atendem as necessidades de longo prazo.Veja também:
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Chile define Toca da Raposa II como base na Copa do MundoEpitácio Pessoa/EstadãoAssociação crítica os aeroportos do BrasilA crítica é da Associação Internacional de Transporte Aéreo, que ainda alerta que, mesmo com a Copa, as empresas áreas nacionais devem ter um ano de estagnação em seus lucros em 2014. A entidade também acusa o País de estar praticando os preços mais elevados do mundo em combustíveis de avião por conta de impostos.Hoje, o grupo que reúne as 240 maiores empresas do mundo publicou seus resultados anuais, apontando para uma elevação nas projeções de lucros do setor para 2013, passando para US$ 12,9 bilhões, um bilhão a mais que a projeção. Em 2014, esse lucro chegaria a US$ 19,7 bilhões. Isso representa um lucro de 6 dólares por passageiros.Na América Latina, a previsão é de uma expansão dos lucros das companhias para US$ 700 milhões em 2013, saltando para US$ 1,5 bilhão. Até 2012, a região registrava perdas importantes. Desta vez, o bom resultado na América Latina não tem sido acompanhado pelo Brasil.Segundo a Iata, as empresas aéreas nacionais deverão viver uma estagnação entre 2013 e 2014. A constatação é de que o número de passageiros praticamente não cresceu até outubro e os aviões estão decolando com 23% de seus lugares vazios.A taxa de ocupação é inferior à média mundial. "Houve grande ajuste no Brasil", declarou o economista chefe da Iata, Brian Pearce. “Esses números (de US$ 700 milhões) são para a região, porque no Brasil o cenário é de corte de oferta e demanda estável”, disse.Outro alerta se refere aos impostos cobrados pelo governo que tornam o combustível 17% mais caro que a média mundial. Copa - Para a Copa, o diretor da Iata, Tony Tyler, estima que as medidas tomadas nos aeroportos serão suficientes para lidar com o fluxo de torcedores pelo País. "São grupos pequenos", disse."Estamos confiantes de que, ao introduzir algumas medidas tapa-buraco (stop-gap), aeroportos poderão lidar com o fluxo de passageiros para a Copa", disse. O sorteio das chaves da Copa revelou que seleções e seus torcedores terão de percorrer até 5 mil quilômetros pelo País para chegar até a final. Muitas seleções já começaram a modificar seus planos originais, tendo em vista as dificuldades de transporte.Mas, na Iata, a preocupação é sobre o período pós-copa. "Não é algo difícil de se fazer a Copa. São pequenos grupos, se levarmos em conta toda a indústria, e é um evento em um tempo específico”, disse Tyler."Mas não estou tão confiante sobre a situação no longo prazo", declarou. "Uma segunda etapa da privatização está mostrando melhores perspectivas porque exige que empresas tenham uma experiência significativa na gestão de aeroportos. Mas a estrutura regulatória para os impostos ainda não está em linha com os padrões da ICAO", alertou. "O sistema de concessões tem falhas graves", disse.Para ele, as empresas que pagaram bilhões de reais pelos aeroportos brasileiros agora pretendem recuperar esses dinheiro às custas das empresas. "Nossos membros estão muito preocupados", afirmou Tyler.Ele acusa o sistema de não prever que companhias aéreas sejam consultadas no estabelecimento das taxas, aponta que não existe um teto para diversos impostos e que existe um "conflito de interesse" na gestão da Infraero.
quarta-feira, 8 de janeiro de 2014
Para Iata, Brasil adota medidas 'tapa-buraco' em aeroportos para a Copa
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