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DA REUTERS, EM MOSCOU
A Justiça da Rússia terminou nesta quinta-feira a acusação formal por pirataria das 30 pessoas que foram detidas em um barco do grupo ambientalista Greenpeace, que interceptou uma plataforma de uma petroleira russa no Ártico, em meados de agosto.
O processo se iniciou na quarta (2), com o indiciamento de cinco pessoas, dentre elas a brasileira Ana Paula Alminhana Maciel, 31. Ao todo, foram acusados cidadãos de 17 países, dentre eles ativistas, um cinegrafista britânico e um fotógrafo russo.
Eles ficarão dois meses em prisão preventiva e, caso condenados, poderão pegar até 15 anos de prisão. Os 30 ativistas, que durante o protesto estavam a bordo do navio do Greenpeace Arctic Sunrise, estão detidos sob custódia na cidade de Murmansk, no norte da Rússia.
No protesto, realizado no mês passado, um navio do Greenpeace se aproximou de uma plataforma de petróleo pertencente à estatal russa Gazprom e dois ativistas tentaram escalar a unidade de perfuração. O Greenpeace afirma que o protesto foi pacífico e rechaçou as acusações de pirataria como absurdas e infundadas.
"Nossos ativistas foram acusados por um crime que não aconteceu, foram acusados por uma ofensa imaginária", disse o diretor-executivo internacional do Greenpeace, Kumi Naidoo.
A comissão de investigação russa, que reporta ao presidente Vladimir Putin, disse que todos os acusados negaram a culpa e se recusaram a prestar depoimentos mais substanciais. A comissão disse ainda que as investigações continuam.
A embaixada do Brasil em Moscou foi orientada pelo chanceler brasileiro, Luiz Alberto Figueiredo, a emitir uma "carta de garantia" para que Ana Paula possa aguardar o julgamento em liberdade, informou o Itamaraty na terça-feira por meio de nota.
A plataforma Prirazlomnaya no mar de Pechora é a primeira plataforma de perfuração offshore da Rússia no Ártico, representando um importante papel nos esforços do país para extrair os recursos na região. A Gazprom disse estar a caminho de começar a produção este ano.
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