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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O operador da usina nuclear japonesa de Fukushima disse nesta quinta-feira que outro tanque com água altamente contaminada transbordou, provavelmente jogando o líquido no oceano Pacífico, no segundo episódio do tipo em menos de dois meses.
Segundo o porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco), Masayuki Ono, o vazamento foi descoberto em um tanque de contenção distante de onde 300 toneladas de água tóxica escaparam em agosto. Cerca de 430 litros de água vazaram em um período de 12 horas após o erro de um funcionário.
O representante afirma que o operário calculou mal a capacidade do tanque, que está inclinado por uma irregularidade no piso. Segundo ele, a água caiu em uma vala que deságua no oceano Pacífico, a 300 metros do reservatório.
A empresa afirmou que a água que vazou continha 200 mil bequerels por litro de isótopos radioativos que emitem radiações beta, como o estrôncio-90. Para este elemento, o limite legal no Japão é de 30 bequerels por litro.
O novo vazamento é apontado com mais uma consequência da falta de capacidade da operadora de estocar a água usada para resfriar os reatores, desprotegidos após o acidente nuclear de 2011, provocado pelo tsunami que atingiu o Japão e a região da usina.
Segundo Ono, a empresa está enchendo os tanques até a borda e bombeia a água da chuva acumulada nas áreas dos tanques de contenção. Na última terça (1º), a empresa anunciou que cerca de quatro toneladas do líquido vazou no solo do terreno da usina em uma operação de transferência.
GOVERNO
Nesta quinta, o principal porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, disse que os últimos vazamentos são um exemplo de que os esforços da Tepco são insuficientes. O governo tomará medidas para tratar da questão da água, ele disse, acrescentando achar que a situação estava sob controle.
A Tepco vem contando com tanques construídos às pressas para conter o excesso de água de resfriamento lançada sobre os reatores danificados em Fukushima Daiichi, onde três unidades sofreram sobrecarga nuclear e explosões de hidrogênio depois de um terremoto e de um tsunami em março de 2011.
Em meio a um crescente alarme internacional, o governo do Japão disse no mês passado que iria financiar os esforços para melhorar o gerenciamento da água na usina.
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