Presidente argentina sentiu um formigamento no braço esquerdo e já realizou exames pré-cirúrgicos
07 de outubro de 2013 | 15h 22
Palacios, correspondente em Buenos Aires
BUENOS AIRES - A presidente argentina, Cristina Kirchner, voltou ao hospital nesta segunda-feira, 7, e será operada terça-feira pela manhã para tratar do hematoma que tem entre duas membranas do cérebro. Os médicos farão uma cirurgia para remover uma "coleção subdural crônica".
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Pablo Molina/AP
Cristina vai passar por cirurgia na terça-feira
Cristina foi internada nesta segunda-feira por volta das 13h no Hospital Fundação Favaloro, no bairro portenho de Monserrat e os médicos fizeram uma série de exames cardiovasculares pré-cirúrgicos. Na noite de domingo, quando estava de repouso, a presidente sentiu um formigamento no braço esquerdo e, segundo os médicos, teve uma perda transitória da força muscular no mesmo membro.
No sábado à noite o porta-voz de Cristina, Alfredo Scoccimarro, anunciou que Cristina ficaria de licença médica durante um mês devido ao hematoma no cérebro. Scoccimarro explicou na ocasião que a presidente havia sofrido um traumatismo craniano no dia 12 de agosto, um dia após as eleições primárias simultâneas e obrigatórias, quando o governo sofreu sua pior derrota nas urnas em uma década.
O porta-voz da Casa Rosada não explicou as circunstâncias do traumatismo. Segundo ele, Cristina fez uma série de exames na época, mas nada foi detectado.
O vice-presidente, Amado Boudou, economista de passado neoliberal que nos últimos dois anos tornou-se suspeito de uma série de escândalos de corrupção, ficará no comando da presidência. Ao meio-dia desta segunda-feira, o poder foi formalmente passado a Boudou por um escrivão.
Nesta manhã, durante uma cerimônia na Casa Rosada, o vice-presidente afirmou que continuará "a gestão" da presidente Cristina. Segundo Boudou, ela terá "um merecido descanso".
Após o anúncio oficial do porta-voz sobre o estado de saúde de Cristina no sábado, os médicos recomendaram à presidente um mês de repouso total, sem "esforços intelectuais". Especulações no âmbito político nesta segunda-feira indicavam que, com o novo cenário da cirurgia cerebral, o tempo requerido de repouso pode ser maior.
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