03 SETEMBRO 2012
MEDIA WATCH - OUTROS
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No dia 16 de agosto, 36 mineiros grevistas foram mortos a tiros por policiais sul-africanos na mina de platina Lonmin, em Marikana – a noroeste do local de nascimento desta escritora, em Joanesburgo. Setenta e oito dos 3 mil grevistas amotinados ficaram feridos.
A resposta internacional ao massacre de Marikana manteve variações acerca do mesmo tema: "Eles estão matando seu próprio povo", embora eles não tenham dito exatamente assim, pois isso implicaria que os moradores brancos sitiados da África do Sul pós-apartheid não foram totalmente refratados no espectro nacional da ‘nação arco-íris’.
No entanto, como é de se esperar dos animais de carga que compõem a imprensa no Ocidente, a incredulidade sobre "policiais negros atirando nos mineiros negros" foi unânime.
Talvez a intenção do rebanho jornalístico fosse separar violência conduzida pelo Estado de violência tolerada pelo Estado. Essa última é certamente um privilégio de negros contra negros ou negros contra brancos. É assim, pois, na realidade, a maioria dos assassinatos de africanos na África e, incidentalmente, de africanos na América, é cortesia de outros negros.
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