terça-feira, 9 de abril de 2013

EUA admitem que Coreia do Norte pode lançar míssil a qualquer momento Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/mundo/eua-admitem-que-coreia-do-norte-pode-lancar-missil-qualquer-momento-8070515#ixzz2Q1YF7B86 © 1996 - 2013. Todos direitos reservados a Infoglobo Comunicação e Participações S.A. Este material não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.






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O almirante Samuel Locklear durante sessão no Senado
Foto: MARK WILSON / AFP

O almirante Samuel Locklear durante sessão no Senado MARK WILSON / AFP
WASHINGTON — Os EUA admitiram pela primeira vez nesta terça-feira que veem como real a possibilidade de que a Coreia do Norte lance um míssil a qualquer momento e sem aviso prévio, sem esclarecer se o lançamento serviria a um teste ou a um ataque. A informação, dada à emissora CNN por uma fonte das Forças Armadas americanas, foi revelada no mesmo dia que um comandante das forças dos Estados Unidos no Pacífico garantiu que, mesmo tendo a capacidade para interceptar um míssil norte-coreano que venha a ser disparado nos próximos dias, o país pode optar por não fazê-lo, caso a trajetória projetada não se mostre perigosa.
Em uma audiência no Senado, o almirante Samuel Locklear afirmou que recomendaria, no entanto, a interceptação de um míssil que se dirija ao território dos EUA ou de algum país aliado. Ainda de acordo com ele, militares americanos acreditam que a Coreia do Norte tenha levado para a sua costa leste um número não especificado de mísseis Musudan, com alcance de cerca de 5 mil quilômetros. Os mísseis teriam condições de atingir Guam, território americano no Pacífico, mas não ameaçam o Havaí ou o território continental do país.
Ainda nesta terça-feira, um funcionário do governo Obama disse à agência Reuters que “existem dois mísseis que podem estar sendo preparados para ser lançados”. A avaliação coincide com relatos da imprensa sul-coreana. As declarações ocorrem num momento de intensos rumores de que Pyongyang estaria preparando o teste de um míssil - algo que a Casa Branca diz que não seria uma surpresa - ou alguma outra provocação que possa atrair uma resposta militar sul-coreana.
Nas últimas semanas, o Pentágono anunciou mudanças na sua postura a fim de reagir à ameaça norte-coreana, incluindo o posicionamento de dois destroieres da classe Aegis no oeste do Pacífico e a mobilização de um sistema de defesa antimísseis em Guam. Qualquer reação dos Estados Unidos ou da Coreia do Sul a eventuais provocações norte-coreanas poderia elevar ainda mais a tensão na península, num momento em que Pyongyang intensifica as ameaças de um conflito iminente.
Governo norte-coreano adverte estrangeiros a deixarem o Sul
Nesta terça-feira, autoridades norte-coreanas aconselharam que estrangeiros presentes na Coreia do Sul deixem o país, para não serem apanhados em uma “guerra termonuclear”. O alerta, no entanto, não alterou a rotina despreocupada de Seul, onde o tráfego nas ruas continuou intenso, e os escritórios funcionaram normalmente.
No outro lado da fronteira, a Coreia do Norte tampouco dá sinais de preparativos especiais para suas forças armadas, de 1,2 milhão de soldados, e analistas dizem que as ameaças podem servir basicamente para fortalecer internamente o dirigente Kim Jong-un, de 30 anos.
No Sul, a população, acostumada com a retórica norte-coreana, não demonstra pânico com o clima de tensão. A divisão de turismo do governo sul-coreano informou que o número de visitantes não teve grandes alterações, sendo que a quantidade de turistas chineses chegou a dobrar na semana passada. Na política local, entretanto, a irritação com os vizinhos do Norte cresce. O país tentou desenvolver armas nucleares há décadas, mas foi contida pelos EUA. Há um acordo de não proliferação vigente na Península Coreana, violado por Pyongyang, e uma atitude de Seul no mesmo sentido poderia motivar o Norte a reforçar seu poderio nuclear.
- É muito decepcionante. Até quando vamos repetir esse ciclo no qual os norte-coreanos criam tensões e nós oferecemos a eles compromissos e ajuda? - perguntou a presidente sul-coreana, Park Geun-hye, durante uma reunião ministerial.
Já nomes como o deputado Chung Mong-joon, ex-líder do partido atualmente no governo, defendem uma medida ainda mais dura: retirar a Coreia do Sul do Tratado de Não Proliferação Nuclear para fazer frente aos avanços bélicos norte-coreanos, e só retroceder caso os vizinhos concordem em fazer o mesmo.
- A única coisa que manteve fria a Guerra Fria foi a dissuasão mútua proporcionada pelas armas nucleares - defendeu Chung.
Mas para o almirante americano, de acordo com a avaliação dos militares dos Estados Unidos, Kim é mais imprevisível que seu pai ou avô, antecessores à frente do regime comunista, que sempre pareciam incluir em suas cíclicas provocações “uma rampa de saída”.
- E não está claro para mim que ele tenha pensado em como sair dessa. E assim, é isso que torna este cenário, eu acho, particularmente desafiador - afirmou.












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