O teu entendimento sobre o que foi o período que estivemos sob um regime de exceção é proporcional a sua falta de inteligência. Das duas uma, ou realmente não sabe o que foi o regime militar, ou realmente lhe falta inteligência, e não somente ela, mas também juízo.
Felizmente tivemos os militares, se não fossem eles hoje o Brasil estaria dividido.
31 de Março é uma data que os brasileiros não deveriam comemorar, mas não porque não a merecemos. Sim a merecemos, faz parte da nossa história. Mas os brasileiros não a merecem, antes tivéssemos investido em educação e na consolidação de nossas instituições pautadas na democracia, no estado de direito e na defesa da propriedade. Antes o brasileiro tivesse a consciência da importância que tem para uma nação a fiel observação ao princípio da subsidiariedade. Mas não, tivemos ao longo da história brasileira no Século XX a imposição da oclocracia, tivemos Vargas, Juscelino, Jânio e Jango. E depois tivemos Collor, FHC e o PTa. Tivemos outros, por certo, tivemos até mesmo aquele que acabou se tornando o dono do Brasil, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, e tivemos o dono da consciência dos brasileiros. Todos alternaram doses de populismo, de demagogia e de paternalismo. Quanto aos presidentes que tivemos de 1964 até 1985 temos a certeza de que eram pessoas que defendiam valores, entre eles a defesa do povo brasileiro. Cometeram erros, seguramente. O maior deles foi a centralização, a qual deu margem para a concentração do poder que veiro depois, e com sabemos o poder corrome, principalmente quando não temos, como tivemos os militeres, pessoas com valores. O endividamento do Estado é a melhor mostra disso, uma parte foi criada nas crises do petróleo, mas a maior parte tinha destino certo.
Os militares seguramente não a temeriam, mas os que vieram depois, seguramente a temem.
E a auditoria da dívida externa, bandeira do PTa e dos PTistas por mais de 20 anos? Não teria sido a hora de se fazer?
31 de Março tem e deve ter um significado especial na nossa história, foi um momento marcante, deu início a um regime de exceção, foi como se levássemos todos uma bela de uma surra. Mas qual é o filho que anda em bom caminho que não sabe a importância dela? Mas, no meu entender, com base em tudo que ocorria naqueles temos, é sem dúvida hoje uma data simbólica, que representa a união de nosso país.
A destituição de Jango se legitimou e foi oportuna, não apenas pelo fato de ter evitado as tragédias que tenho reiteradamente apontado, que de fato ocorreriam caso os militares não tivessem levado adiante a contrarrevolução de 1964 e se Jango não tivesse desistido de enfrentá-la:
1) O Brasil estaria dividido, como correu em inúmeros outros países, principalmente a Alemanha, embora lá a divisão tenha se dado por outros motivos, mas foi mantida até 1989. Tivemos o Sudeste Asiático, e aqui perto de nós temos ainda hoje as FARC com a atuação em parte significativa do território colombiano.
2) Teríamos uma guerra civil sem precedentes, pois além de grupos de direita fortemente armados, tínhamos as polícias militares de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro sob o comando de Adhemar de Barros, Magalhães Pinto e Carlos Lacerda. Lacerda e Adhemar foram posteriormente cassados pelo regime militar, mas isso não é mencionado.
3) Uma parcela significativa da população teria empreendido sua diáspora, principalmente os brasileiros que descendiam de imigrantes, muitos ainda com vínculos familiares, principalmente na Europa e no Japão.
4) Teríamos uma intervenção militar norte-americana, pois somente ingênuos acreditariam que os Estados Unidos não iriam intervir, ainda mais em seu “quintal”. Afinal porque esta interpretação não é debatida pelos esquerdistas de hoje, que a todo momento dizem ser os Estados Unidos intervencionistas.
Entender o 31 de Março de 1964, principalmente para quem defende a oclocracia, como o fazem os ditos socialistas, neo-socialistas, nacional ou internacional-socialistas, PTa-Ptistas, bolivarianos, socialistas do Século XXI, et cætera ou etc., usw. e assim por diante, quanto ao mais, de resto, e os restantes, e outros tantos mais, ..., é, reconheço, muito difícil, ainda mais quando desconsideram o que é de fato uma democracia: www.if.org.br/analise.php?codAnalise=121
"O Estado não deve, de forma alguma, fazer aquilo que os cidadãos também não possam fazer. Isso é autoritarismo puro. Ao contrário, só se pode atribuir ao Estado tarefas que os próprios cidadãos possam cumprir, mas que não é desejável que as cumpram sozinhos (seja porque isso sairia muito caro [como a prevenção ao crime, como escolta, vigilância, vigias, proteção de autoridades etc. – assim temos a Polícia Militar que atua subsidiariamente], seja porque não teriam forças para executá-las [como a tributação, defesa nacional ou justiça, incluindo os primeiros passos na esfera criminal dado pelas Polícia Civil, Federal e Técnico-científica que desempenham funções privativas do Estado]). O Estado nada mais é do que o resultado da transferência de poder dos indivíduos para uma entidade que os represente em suas próprias ações. E ninguém pode transferir o que não tem." (Marli Nogueira)
Abraços,
Gerhard Erich Boehme
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