quarta-feira, 27 de março de 2013

'Sou um soldado do Feliciano', afirma deputado Jair Bolsonaro


Parlamentar fez defesa do presidente da Comissão de Direitos Humanos.
Rival de ativistas gays, Bolsonaro é membro suplente da comissão.

Fabiano Costa e Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
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Os deputados Marcos Feliciano e Jair Bolsonaro em reunião da Comissão de Direitos Humos da Câmara (Foto: Nathalia Passarinho / G1)Os deputados Marcos Feliciano (esq.) e Jair Bolsonaro na reunião desta quarta (27) da Comissão de Direitos Humanos da Câmara (Foto: Nathalia Passarinho / G1)
O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) afirmou nesta quarta-feira (27), durante encontro da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que se sente como “irmão” do presidente da comissão, deputado Marco Feliciano (PSC-SP). "Como capitão do Exército, sou um soldado do Feliciano", declarou Bolsonaro, membro suplente da comissão.
Feliciano tem sido contestado por parlamentares, ativistas sociais e celebridades pordeclarações interpretadas como racistas ou homofóbicas. Em várias partes do país, manifestantes promoveram atos de protestos pela saída do deputado da presidência da comissão. Líderes partidários e o presidente da Câmara pediram, mas Feliciano se recusa a renunciar.
“A agenda [da comissão] antes era outra, de uma minoria que não tinha nada a ver. Hoje, representamos as verdadeiras minorias. Acredito no Feliciano, de coração. Até parece que ele é meu irmão de muito tempo”, disse Bolsonaro durante uma audiência pública da comissão, que discutiu a situação de trabalhadores baianos contaminados por chumbo.
Bolsonaro tem um histórico de conflito com ativistas sociais e militantes de movimentos gays. Em novembro de 2011, ele chegou a pedir à presidente Dilma Rousseff, da tribuna da Câmara, para que ela assumisse se gostava de homossexuais.  Em março do mesmo ano, respondeu que não discutiria "promiscuidade" ao ser questionado em um programa de TV pela cantora Preta Gil sobre como reagiria caso o filho namorasse uma mulher negra.

Nesta quarta, a sessão da Comissão de Direitos Humanos teve de ser interrompida e transferida de local em razão de protestos. Acusado de "racista" por um dos manifestantes, Feliciano ordenou que a Polícia Legislativa retirasse o ativista do recinto. A iniciativa acirrou a confusão no plenário.

No momento em que saiu em defesa do presidente da comissão, Bolsonaro disse quea comissão estava “descarregada”.

“Não sinto mais aquele cheiro esquisito que tinha aqui dentro e aquele peso nas costas. Aqui, era uma comissão que era voltada contra os interesses humanos, contra os interesses das crianças e contra os interesses da família. Agora, essa comissão está no caminho certo. Parabéns, Feliciano”, afirmou Bolsonaro.

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